Guias

terça-feira, 31 de maio de 2011

Os americanos resistem à bicicleta!

As reais causas da grande resistência enfrentada por mulheres, idosos e crianças quanto ao uso da bicicleta na última década ainda não podem ser bem definidas ou estabelecidas, mas para o Dr. John Pucher, professor e pesquisador da Rutgers University em Nova Jersey, as principais dificuldades se devem à falta de segurança e estrutura na maioria das cidades americanas. Apesar de um pequeno aumento de usuários da bicicleta se situarem entre os homens de meia-idade, o professor admite que o país ainda está na contra-mão dos grandes centros europeus quando o assunto é mobilidade e reformulação do sistema de transportes. Para ele, não se pode falar em saúde pública sem o incentivo às  caminhadas e pedaladas, principalmente, quando as pesquisas revelam que 25% dos deslocamentos  estão a menos de uma milha (1,6 km) e 40% se situam a menos de duas milhas (3,2 km). Em suas análises, o professor detectou que as mulheres costumam procurar outros trechos ou ruas de maior segurança, mesmo que isso signifique um maior percurso. Em contrapartida, os homens sempre procuram o caminho mais rápido para chegar ao destino sem critérios de avaliação em segurança. Isso destaca a ausência de projetos seguros para ciclistas e pedestres, pois em muitos subúrbios americanos não há sequer calçadas. O Dr. Pucher, na realidade, esclareceu o que todo mundo já sabia. Os americanos ainda vivem do passado glorioso em que a grande maioria dos povos no planeta não tinha conhecimento sobre o desastre ambiental e na saúde futura causados pelo uso indiscriminado dos automotores. O planeta girou e a consciência para um mundo melhor e menos capitalista avançou. Não há dúvidas que o exemplo americano é seguido por muitos e, nada mais interessante seria que os EUA estabelecessem novos exemplos de modernidade sustentável e saudável para o resto do mundo. Quem sabe alguns “bobinhos” copiassem a idéia?   

terça-feira, 24 de maio de 2011

Não será hora de trocar de loja?!

Comumente nos sentimos seguros naquele mecânico já acostumado no conserto da nossa bike ou mesmo naquele palpite dado pelo vendedor daquela loja preferida de peças. Acontece que nem sempre esse é o melhor investimento dado a nossa bicicleta. Muitas vezes temos que engolir sapo e outras lagartixas na esperança que estamos fazendo a coisa certa. Claro que preço é muito importante, qualidade no serviço também, mas um tratamento diferenciado com atenção e respeito aos seus interesses é o mais importante. Os novatos que realizam suas primeiras visitas em lojas de bicicletas são as principais vítimas do atendimento tendencioso por parte do lojista e, normalmente, saem frustrados por acharem que não entendem nada de bicicleta quando a realidade é outra. Os mais veteranos conseguem contra-argumentos em muitas situações irritantes por parte dos vendedores e até conhecem as “manhas”, mas tudo tem um limite e é bom pensar seriamente em trocar de loja. Não pense que mudando o local de suas compras ou o local de conserto da bike você irá se arrepender. Antes de sua primeira visita ao novo ponto comercial, faça uma pesquisa com pessoas conhecidas e ouça as diversas opiniões. Sempre há uma história positiva e outra negativa, faça um balanço! Compare preços, qualidade e acima de tudo a forma de tratamento com novos clientes. Orientação profissional é diferente de uma opinião meramente comercial, fique atento! Lojas de boa reputação estão sempre organizadas e limpas e com prazos de entrega nos serviços definidos e garantidos, se aquela loja não pode realizar o que você deseja, sem dúvida, haverá uma outra de melhor qualidade que vai atender seu pedido. O que não vale é agüentar piadas e descasos por um produto que você acha ser de qualidade. A concorrência no mercado de bicicletas é crescente e somos responsáveis também na melhoria de seus produtos e serviços. Portanto, analise bem se vale a pena trocar aquela humilde lojinha do bairro por aquela fantasiosa e maravilhosa loja do Shopping Center. O segredo é pesquisar suas compras de peças de reposição e garantir um mínimo de confiança nos serviços lá prestados. A internet é outra boa opção de compra, mas tem suas desvantagens para quem não tem experiência de web ou de peças de bicicletas. Então, olho vivo em suas próximas compras e serviços!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Filmes e Bicicletas

Para quem adora curtir a sétima arte e se delira em ver a bicicleta protagonizada em Hollywood basta relembrar dois bons filmes da década de 80. Não é de se encontrar em qualquer locadora, mas quem sabe bisbilhotando pela web!?

A primeira indicação vai para Quicksilver (1986) que conta a história de um homem (Kevin Bacon) investidor na Bolsa de Valores e, em sua ruína, vê a bicicleta como a chance do seu renascimento.


“American Flyers”, de 1985, é o outro indicado que conta a história de dois irmãos competindo nas montanhas do Colorado. Vale a pena conferir!






quinta-feira, 19 de maio de 2011

Dam Square Amsterdam


Dam Square Amsterdam, Netherlands in Amsterdam


A fotografia é parte do 360Cities.net contendo verdadeiros tesouros panorâmicos do mundo e você ainda pode brincar com controles semelhantes ao Google Maps. Vale a pena dar uma espiada. A foto que escolhi é da praça Dam localizada em Amsterdam aonde se pode ver o Palácio Real, prédios históricos, Museu Nacional... melhor mesmo é dar uma visualizada e apreciar a grande paisagem de bicicletas por todos os lados. O fotógrafo é Jook Leung , o cara! Outras fotos sensacionais podem ser vistas.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Quanto custa investir em transporte limpo ?

Toda despesa efetuada com a construção de algo tem como objetivo oferecer algum benefício, certo? Bem, não é o que parece acontecer na contabilidade de contas públicas quando o assunto é transporte, saúde, educação e segurança. Os setores mais importantes que contribuem para uma melhor qualidade de vida da sociedade sempre estão esquecidos pelos gestores públicos no Brasil e por que será, hein? Isto não é nosso objetivo aqui, mas certamente somos afetados no nosso modo de viver pela simples falta de seriedade na administração do dinheiro público que é meu, seu e de todos. Enquanto estamos acompanhando aumentos sucessivos de verbas destinadas à construção de ciclovias nos Países Baixos, grande parte da Europa e até de nossos vizinhos sul-americanos, nossa realidade brasileira se mostra tímida e lerda. Não podemos concordar com arremedos de projetos sobre mobilidade que não encarem a bicicleta como alternativa modal de investimento futurista com benefícios que passam pela economia de combustíveis, preservação ambiental e, como saldo principal, a saúde da população. Os benefícios trazidos nesta área de transporte são incomensuráveis quando comparamos com projetos caríssimos de construção de mega-viadutos, ampliação de rodovias, desapropriação e de outras medidas paliativas para o trânsito que, na realidade, são absolutamente paliativas de desafogo. Alguns países gastam com a guerra militar ou do transito, outros com a paz. Não é muito difícil determinar o lado em que está nossa administração pública, basta dar uma olhadela através de nossa janela.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A luta é de todos!

Uma questão polêmica entre cicloativistas envolve as formas de defender a utilização da bicicleta em substituição ao automóvel. Não raro, ecoam opiniões de hostilidade contra todo o conjunto de motoristas como se eles estivessem inseridos e catalogados em espécie predadora. Sabemos que isso não é verdade, até porque muitos motoristas também fazem uso da bicicleta em algum momento de suas vidas. Minha opinião muitas vezes se divide diante do elevado grau de atraso cultural em que se encontra o país como um todo. Acredito sim em atitudes conciliadoras que possam contemplar o conjunto de pedestres, ciclistas e motoristas em prol de uma mobilidade pacífica, mas que tenham como objetivo principal a reivindicação de melhor utilização das verbas públicas que melhorem o trânsito e diminua a quantidade de suas vítimas. Algumas cidades holandesas, por exemplo, oferecem estacionamento de carros com preços inacreditavelmente baixos ou gratuitos nas grandes lojas de departamentos e shoppings, entretanto isso não diminui o interesse pela bicicleta. O segredo de tanto sucesso consiste em tornar interessante, atrativo e seguro andar de bicicleta pelas cidades da Holanda. De nada vai adiantar pensar em desestimular o uso do carro com aumento de petróleo, elevando o preço de estacionamentos, estabelecendo rodíleo, ou elevando o preço de estacionamentos no centro, ou estabelecendo rodm tornar atrativo o em prol da mobilidade paczio em alguns pontos da cidade ou promovendo a guerra contra motoristas numa busca frenética de convencimento de algo já público e notório. Certamente isso não vai trazer resultados práticos, pois não há registro de sucesso em nenhuma parte do mundo com atitudes unilaterais e repressivas. Se a bicicleta tornar-se algo atrativo, as pessoas logo se voltarão para seu uso diário desde que seja mais conveniente e prazeroso. Pessoas gostam de realizar suas próprias escolhas e isso não pode ficar esquecido.   

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nos embalos de um sábado !

No último sábado, véspera do dia das Mães, as ruas centrais estavam entupidas de pedestres e veículos diversos. A circulação de pessoas estava um verdadeiro “inferno” num vai-e-vem frenético e estressante, mas naquele frenesi foi possível perceber o quanto estamos dominados pela mídia que modela o comportamento de nossa realidade social. O trânsito se intensifica, a correria explode e as pessoas se exaltam em torno de uma data comemorativa e comercial: o Dia das Mães. Definitivamente é numa situação dessas que percebemos como estamos despreparados para o futuro próximo em que ruas estarão estagnadas diariamente pelo acúmulo de veículos e pessoas, e não só apenas às vésperas de feriados tradicionais no comércio. Os pedestres se aglomeram nas calçadas pobremente dimensionadas e conservadas, os carros se avolumam em tamanho e diminuem ainda mais o pouco espaço existente nas vias. Consequentemente um pedestre quase não mais consegue atravessar uma avenida pela simples falta de “espaço” entre os veículos. O sinal para travessia é de pouquíssimos segundos para tanta gente em busca do outro lado da rua. Pedestre sofre! Os mais jovens esbarram os mais indefesos ou mais velhos à procura de quem lá sabe o quê! Pessoas atropelam pessoas, o barulho de propagandas ensurdece até a alma, e os veículos se tornam meros expectadores do que se passa nas calçadas. No meio daquilo tudo vejo a bicicleta cortando desvairadamente a grande praça lotada de pessoas... Minha Nossa Senhora Mãe dos Ciclistas, quanta loucura pelo presente da mãezinha! Triste realidade de cidades mal planejadas e de cidadãos tangidos pela mídia. Como já cantava Gilberto Gil, gente hipócrita!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Estacionamento em pequenos espaços

Qualquer usuário de bicicleta no Brasil há de convir que espaço para estacionamento de bicicleta na maioria de estabelecimentos comerciais é uma dor de cabeça, apesar do Brasil ser enorme em extensão territorial.
O grande entrave é a falta de criatividade ou mesmo interesse de lojistas em resolver o problema de quem usa a bike para ir às lojas ou shoppings centers. No fundo, o ciclista é sempre esquecido sobre suas necessidades.
O fabricante europeu Velopa desenvolve um sistema para abrigo de bicicletas em pequenos espaços que seriam úteis e fáceis de utilização para a grande maioria de lojas comerciais, repartições públicas, bancos e outros estabelecimentos de longa permanência de usuários.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mamãe, relaxe!

O mês de Maio é o mês especial das Mães e para iniciar comemorando essas personagens tão importantes para nós, aqui vai um vídeo musical bem legal com aquelas frases bem conhecidas de todos. O ritmo enérgico está inserido na abertura da ópera Guilherme Tell de Rossini. Confira!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Evolução é isso !

Um dos muitos exemplos seguidos pelas políticas públicas da Holanda está aqui representado pela cidade de Hoogeveen. Nas fotos a seguir está a principal avenida da cidade, Hoofdstraat, e suas modificações ao longo das décadas. Um detalhe, a qualidade de vida da população é o foco durante todos esses anos. Vamos lá, então:
Nesta primeira fotografia de 1945 se vê um canal à direita que foi durante anos referência para a população.
Nesta segunda foto de 1951, o canal foi literalmente entupido para dar espaço aos novos veículos automotores que estavam chegando.

Em 1960 mais carros estavam surgindo, mas algumas árvores insistiam em permanecer.



Cinco anos mais tarde, em 1965, retiraram árvores para o estacionamento de novos carros.


E, finalmente, em 2010 não existem mais carros, a água está de volta com alegria e charme.


Parabéns Hoogeveen!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Números do trânsito na Holanda

Na semana passada o Ministro holandês de Infra-Estrutura e Meio Ambiente anunciou os últimos números de mortes ocorridas no trânsito. É de impressionar qualquer tupiniquim! Em 2010 ocorreram 640 mortes no trânsito em toda a Holanda, o que representa 11% a menos em relação a 2009 quando foram registrados 720 óbitos. Outro dado importante é que houve decréscimo em praticamente todos os segmentos de usuários no trânsito e, principalmente, há uma tendência de queda para os próximos anos. Em 2009 foram 185 ciclistas mortos nas estradas holandesas e de apenas 162 no ano passado. O único dado negativo é um ligeiro aumento no número de pedestres que vieram a óbito em acidentes de trânsito. Em 2010 foram catalogadas 72 mortes e, entre estas, pouco mais de 60% delas foram de pessoas com idade acima dos 50 anos. O governo ainda não tem uma razão estabelecida para determinar a causa do aumento nesses números, mas prometeu um estudo técnico e cuidadoso. Desde os anos 70 que o governo holandês vem fazendo um trabalho incansável para os problemas de tráfego urbano com a inclusão massiva da bicicleta e de um sistema voltado para o transporte coletivo e , como resultado, os índices despencam a cada ano. Os mais críticos poderiam argumentar que a população holandesa é de 16,5 milhões de habitantes ou cerca de 9% da população brasileira e, portanto, incomparável. Entretanto, é preciso reconhecer que por lá os números relativos ainda estão muito abaixo dos registrados por aqui, bem como os índices de óbitos no trânsito do Brasil se avolumam a cada ano numa direção contrária que certamente reflete a ignorância das pequenas “mentes” que comandam a gestão de trânsito no nosso país.   

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pensando bem ...

Vamos imaginar que o grande líder de uma equipe composta pelos maiores cientistas do planeta reúna a grande cúpula mundial para apresentar a grande invenção do século. O líder cientista relata, antes de tudo, a fascinante e indiscutível mais nova criação. Suas explicações argumentam a incrível eficiência do novo invento que tornará a vida mais fácil para todos. A parte ruim, explica o líder, é que para o seu funcionamento haverá cerca de 40 a 50 mil mortes por ano por efeito direto desta nova “super tecnologia”. Pergunto-lhes: Seria tal proposta aprovada nos dias de hoje? Então, essa máquina já existe e se chama automóvel. A cada 13 minutos ocorre uma morte no país em acidentes de trânsito, a cada 7 minutos há um atropelamento e, além das 48 mil mortes anuais, 300 mil pessoas ficam feridas sendo que mais da metade com lesões permanentes. Entre os mortos, 44% são vítimas de atropelamentos e quase a metade está entre 15 e 34 anos. Os chamados “acidentes” matam mais crianças entre 1 e 14 anos do que doenças. Você ainda concorda com essa “invenção maluca” e seus motoristas irresponsáveis? Aproveite a vida com mais dignidade, saúde e prazer! Comece a pedalar em sua bicicleta e use o carro apenas quando necessário. O meio ambiente agradece, sua saúde vai melhorar e seu bolso vai respirar muito mais. Sua atitude é importante não só para você, mas para todo o planeta, pedale nessa idéia!     

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Reflexões urbanas !

Uma coisa é importante que se diga aos gestores públicos municipais desse país e, em especial, aos desta cidade na qual resido há exatos 14 anos: boas calçadas são sinalizadores de um estado evolutivo da sociedade. Não é o que acontece aqui e em muitas cidades espalhadas pelo país onde calçadas não merecem a mínima atenção, diferentemente das vias urbanas em que se prioriza mais espaço para os automóveis. E a sociedade tem sua culpa em parte, pois não recordo de nenhuma notícia reivindicatória do povo em prol das calçadas com qualidade. Entretanto, é fácil verificar o inconformismo diante de buracos no asfalto ou dos congestionamentos constantes, mas buracos em calçadas... Quase não se faz notícias e por quê? São questões culturais que dependem de uma boa base educacional e de conceitos democráticos que ainda não estão ao alcance de todos. Exemplos de abstinência educacional estão em cada esquina para quem quiser analisar. O egoísmo,  falta de respeito, intolerância e individualismo estão crescendo como ervas daninhas nos jardins da classe média  principalmente. A desestruturação no trânsito é apenas um sintoma de décadas de uma grande ilusão social urbana em que o Estado tenta alimentar uma idéia consumista sem fim  e desequilibrada em suas raízes. Outro grande engano é achar que o aumento da oferta de transporte público irá diminuir congestionamentos. A solução é diminuir e desestimular o uso de carros com coragem e ousadia, coisa que não faz parte de nossos políticos. Na outra ponta decisória sobre compartilhamento de trânsito está a força de fiscalização com penas mais duras aplicáveis sobre motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. Todos devem ser responsabilizados pela segurança do outro. Urbanizar não é criar mais espaço para carros e viadutos. Urbanizar é tornar o ambiente das cidades mais agradável para todos e isso não está acontecendo por aqui. Será tão difícil assim enxergar algo tão óbvio?    

terça-feira, 12 de abril de 2011

Dicas em cicloturismo

Quem me conhece de perto sabe que o objetivo de minha paixão pela bike se volta quase que exclusivamente para um só objetivo: viajar de bicicleta. Todos os assuntos que tenho lido sobre bicicleta nos últimos quatro anos estão ligados, de uma forma ou de outra, ao cicloturismo. Tenho vários artigos guardados que me servem de base para minhas futuras viagens. As pequenas “viagens” que já realizei são apenas impressões do que realmente ainda quero fazer no futuro quando tiver mais tempo, mas, enquanto isso, eu vou estudando cada vez mais. Hoje repasso algumas orientações bem oportunas sobre esse tipo de viagem que foram publicadas há algum tempo atrás por Lex Blagus e escritas por Mario Amaya com mais de 17 anos de experiência em moutain bike e também fotógrafo. Aqui vão as dicas para os cicloturistas. Espero, dessa forma, contribuir com aqueles que se interessam pelo assunto.




Segurança pessoal


Sua segurança pessoal é o mais importante. Todo o resto deve curvar-se a esse princípio.


• Cada membro de um grupo de viagem deve ter suas próprias ferramentas, itens de segurança e provisões. Nada de filar coisas dos outros. Autonomia é segurança.


• Não se arrisque à toa. Pedalando em grupo, você precisa assumir muito menos riscos na pilotagem do que o que é normalmente confortável para você. Não é só para não se machucar, mas também para não estragar a viagem dos amigos. Assim como não é legal pedalar com alguém mal-humorado, não é legal pedalar com candidatos a suicida. Histórias fabulosas de capotes animalescos descendo a serra a milhão rendem histórias engraçadas para contar e alguma habilidade nova para pilotar, mas não compensam a aflição e o transtorno causados aos seus companheiros.


• Se você se comportar como moleque, não será convidado para a próxima viagem


• Ande com algum dinheiro trocado. Não fique dependente do caixa eletrônico da próxima cidade que pode estar ainda bem longe. Coisas como travessias do mar em canoas demandam dinheiro na mão.






Suprimentos


• Mesmo contando com a compra de mantimentos no caminho, leve comida de emergência sempre, e muito mais água do que você acha que vai beber. Se algo que deu errado tomar seu tempo e o supermercado da vila fechar, não tem perdão.


• Caramanhola serve para espantar cachorros. Água de beber mesmo vai no CamelBak (bolsa de hidratação), que tem capacidade muito maior. Compre o seu, em vez de ficar sem água no meio do percurso e beber a do companheiro.


• Sua salvação no final de um dia ruim pode estar num par de PowerBars insossas e um CamelBak de água morna pela metade. Não comer nada ao pedalar não traz a sensação esperada de fome, e sim uma sensação de cansaço, confusão e mau humor, que você simplesmente não associa à falta de nutrientes. Você sofre à toa e ainda põe a culpa na estrada, ou nos seus pobres companheiros que inventaram de pegar aquela subida.


• Desidratação não avisa quando está chegando, só depois. Por isso, beba água antes de chegar a sentir sede. Acostume-se a dar um gole a cada 10 minutos. Encha ao máximo o CamelBak e as garrafinhas em todas as paradas com água limpa.


Vestuário


• Use camisa de manga comprida nos dias de sol sem nuvens. Parece contraditório, mas isso é muito melhor para os braços, que são a parte que mais queima.


• Camisas cobertas de logos para quê? Você não é atleta, não precisa fazer propaganda de ninguém. Toda loja de bike vende camisas lisas, discretas e elegantes. Camiseta de futebol ou de corrida também servem.


• Camiseta de algodão, nunca. Encharca, não refresca, suja e fede. Camisetas sintéticas leves, além de não terem esses problemas, você pode lavar em qualquer pia de posto de gasolina e logo estará seca, ou pode sair usando ainda úmida nos dias mais quentes.


• Prefira usar uma bermuda de gente comum, mais discreta, por cima da bermuda acolchoada de ciclismo, que é confortável mas esquisita em paragens urbanas


• Se for acampar, um truque legal contra os pernilongos é pedalar com uma calça de ciclismo comprida (legging) e não tirar para dormir. A barraca normalmente barra os bichos, também. Tem que saber armá-la rapidamente.


• Leve e use o protetor solar. Cuidado especial com a área atrás do pescoço, nariz e orelhas.


• Se o sol pegar forte, coloque a sua toalha por cima dos ombros e costas.


• Leve também um chapéu de aba larga, pois quando o sol frita sua cabeça e rosto por horas a fio, o capacete não é a melhor solução. O melhor chapéu é o de algodão com abas largas, que pode ser dobrado e guardado em qualquer lugar.


• Óculos escuros sempre. Para quem não usa óculos de grau, um transparente para tempo nublado bloqueia insetos e pedrinhas voando nos olhos.


• Para evitar assaduras, leve uma bisnaguinha de Chamois Butt’r, produto à venda em bike shops


Equipamento


• Cicloturismo propriamente dito é feito com barraca, isolante, sleeping bag, saco estanque (à prova d’água), uma toalha do tipo esportivo que fica bem pequena dobrada, jogo de ferramentas de bike completo, lanterna de cabeça de LED, kit de primeiros socorros e um corta-vento impermeável num local acessível da tralha. Tudo isso vai amarrado com tensores elásticos (aranhas) na garupa e dentro do alforje.


• Não pretende pernoitar? Mesmo assim, ainda precisa do bagageiro, alforjes e saco estanque.


• O que vai no saco estanque: muda de roupa, os documentos, câmera, celular e todas as outras coisas que não podem molhar.


• Também é necessário levar um saco hermético ZipLoc contendo um frasco de sabonete líquido e outro de shampoo com condicionador, mais a escova e pasta de dentes, um barbeador simples e um espelhinho. Lenços úmidos ajudam numa parada para almoçar em que você não quer tomar banho na pia do restaurante antes de sentar à mesa.


• Dentro de outro saco hermético vão as pilhas reserva para o farol, a lanterna e a luz de cabeça. Podem ser recarregáveis de NiMH ou alcalinas sem uso.


• Um saco comum de supermercado deve partir vazio para você colocar todo o lixo gerado durante o pedal, como embalagens de comida. Não deixe rastros que não sejam dos seus pneus.


• Mochila é para o CamelBak e no máximo um lanche etc. Tem que ser leve. Coisas pesadas – roupa, ferramentas, barraca – vão no alforje. Se contar apenas com a mochila, você vai se arrepender depressa, e bem antes disso os seus ombros e costas vão reclamar bastante.


• A toalha, o corta-vento impermeável e o saco estanque você acha em casas de camping e produtos para esportes de aventura.


• Aproveite e pegue também alguns mosquetões, aqueles anéis de alumínio que podem ser usados para tudo: prendedores, chaveiros etc.


• Faça uma pedalada de teste do alforje antes da viagem. Sempre precisa ajustar a instalação para o calcanhar não bater, tiras soltas não enroscarem na roda etc. Ter que fazer isso em plena viagem é terrível. Se puder, faça um pedal antes da viagem com ele carregado, ainda que seja parcialmente, como treino.


• Furos de pneus são o incômodos mais comuns em qualquer saída de bicicleta. A maioria dos furos pode ser evitada. Primeiramente, os pneus devem estar bem calibrados; quando fora da pressão recomendada, eles furam mais fácil. Segundamente, os pneus devem obrigatoriamente ser dotados da fita antifuro, uma espécie de manchão de plástico resistente que dá a volta em todo o pneu, protegendo a câmara. A eficácia da fita é extraordinária, não se percebe que está instalada ao rodar, e nem dá para reclamar do preço.


• Beira de estrada é fatal com sujeira perigosa, especialmente cacos de vidro e lascas de metal que você nem sequer enxerga quando está na bike. A mesma precaução vale na cidade.


• Na bolsa de ferramentas TEM que ter duas câmaras de ar zeradas para cada bicicleta, a fim de não obrigar a arriscar um remendo no escuro em local perigoso e embaixo de chuva, que é uma situação terrível, mas evitável.


• Também é indispensável um kit de reparo de pneus, vendido pronto nas bike shops, que consiste em remendos, cola, espátulas plásticas e uma lixa. Remendar furos toma bastante tempo, que você poderá não ter na ocasião. Por isso, o kit só será usado para consertar furos quando as câmaras reservas já estiverem em uso. Saiba como se aplica um remendo. Mais uma vez, não conte incondicionalmente com a ajuda do companheiro.


• Sua bomba de ar será do tipo miniatura, com um cilindro de alumínio estreito e não um de plástico largo, porque cansa menos e atinge pressões mais altas. O modelo da Topeak é caro mas impecável. Saiba “sentir” com os dedos quando a pressão do pneu está boa.


• Sabe abrir e fechar uma corrente de bicicleta? Hora de aprender. Não tem ainda a multiferramenta? Esperando o quê?.


• Leve um tubinho de lubrificante para a corrente. Você certamente vai precisar.


• Luzes de sinalização são obrigatórias. Motorista em estrada com neblina ou chuva simplesmente não enxerga a tempo um ciclista sem luz; pior ainda com chuva.


Geografia


• Estude bem o mapa antes da trip, aprenda os nomes dos lugares e as distâncias entre eles. Confira os locais bons para descansar. Tome nota da altitude a subir ou descer. Tudo isso é fácil de verificar no Google Maps ou Google Earth.


• Busque usar as estradas locais e secundárias em vez das rodovias movimentadas


• Imprima um mapa da viagem a partir do Google Maps, ponha o papel dentro de um saco hermético ZipLoc e leve consigo. Ou então, se vai carregar a câmera digital na viagem, ponha dentro dela o mapa em JPEG – ou fotografe diretamente o monitor do PC.


• Durante a viagem, até certo ponto você pode substituir o diário escrito pela sua câmera, simplesmente fotografando o local onde está. A hora da captura fica gravada junto com a foto, o que é bem útil para o levantamento do trajeto posterior à viagem. Melhor ainda com um GPS para assinalar cada ponto.


• Até mesmo as leituras do odômetro da bike podem ser registradas em fotos, em vez de anotadas em papéis que a próxima chuva podem estragar.


• Leve uma bússola básica pequena, que pode até ser de chaveiro. Nem sempre vai dar para achar a direção pelas estrelas, e as bucólicas estradas interioranas dão muitas voltas e podem desorientar.


Rotina de viagem


• Programa bom: acordar cedo, pegar a estrada às 8h, dar uma pausa entre 11h e 14h para almoçar evitando o pior do sol, voltar a pedalar até as 19h, escolher o local para dormir – pousada, acampamento etc.


• Evite a todo custo ser pego pelo cair da noite, nem em local ermo nem em local transitado. Não pegue rodovia com a bike no escuro; nunca dá para contar com a boa visão nem com o bom senso dos motoristas, em particular à noite.


• Encher a cara na madruga não rola. Não é verdade que no dia seguinte vai dar para compensar.


• A chuva não vai parar você, mas vai tirar muita velocidade. Mais um motivo para não querer planejar cada perna da viagem comprida demais. Varia muito de acordo com a topografia do lugar, mas entre 40 km e 70 km por dia é suficiente para cobrir uma boa distância aproveitando o percurso.


• Tenha sempre um “plano B” para contornar a perda de tempo causada pelos imprevistos.


Interação humana


• O grupo não deve ter muita gente, ao menos se todos os membros não se conhecerem bem. Quanto menos gente, mais ágil e mais fácil de coordenar.


• O nível de esforço do pedal precisa ser compatível com todo mundo. Sempre há a chance de uma só pessoa ser mais lenta que as demais e isso vai causar paradas e atrasos além do planejado, irritando os mais rápidos. A pessoa mais lenta vai ficar constrangida, sentindo-se pressionada pelo grupo, e terminará desmotivada para futuras viagens.


• Problemas também acontecem com quem é mais rápido. Se a pessoa não estiver de acordo com seguir um ritmo mais relaxado que o seu, vai se entediar e se irritar. Mas ela tem que entender que cicloviagem não é treino nem competição.


• Em grupos grandes, a diferença de ritmo vira um fator de risco, devido à facilidade de os lentos e rápidos se desgarrarem uns dos outros. Quando alguém no meio ou atrás no grupo sofre um acidente ou falha mecânica, os que gostam de correr na frente só ficam sabendo depois e perdem a oportunidade de ajudar.


• Coisas como distâncias e horários devem ser combinadas entre todos de antemão e por consenso para evitar irritações durante a viagem. Cada um deve se comprometer com a agenda que todos estabeleceram.


• Evite ao máximo os atritos com motoristas na estrada. Dê passagem, mesmo que pela lei de trânsito eles devessem dar. Uma estrada estreita perdida num local completamente estranho, percorrida por motoristas que você nunca mais vai ver novamente, não é lugar para praticar ideologia.


• Manobre de forma previsível, permitindo sempre que o motorista perceba sua intenção.


• As pessoas do interior em geral gostam de ajudar os viajantes de bike. Puxe conversa, informe-se, aprenda dicas, troque histórias, faça amizades.















domingo, 10 de abril de 2011

A rua não é de todos !

Quem observa o comportamento das pessoas no trânsito sabe muito bem do que estou falando. Nas grandes cidades o trânsito é encarado como um campo de batalha em que se defende o direito particular e inalienável de ir e vir, ou seja, cada um acha que tem prioridade sobre todos os demais e na ponta dos ‘sem direitos’ se encontra o pedestre. Neste engodo é absolutamente normal se pensar que é preciso, antes de tudo, ter um carro. No carro o mundo é particular e para torná-lo ainda mais ‘impenetrável’, já que não se pode colocar uma cerca elétrica, é importante que seja equipado com películas obscuras, ar-condicionado, som ambiente e com muito espaço para levar objetos inúteis, embora nunca seja permitido levar mais do que uma pessoa, o dono obviamente. A comunicação com o mundo exterior só é permitida através de um simples mecanismo que se denomina buzina, mas alguns palavrões podem ser emitidos nos casos em que haja violação de seu direito prioritário. Como bom pagador de impostos, o motorista acredita que deve exigir mais espaço para seu uso e para esse efeito que se danem prédios públicos ou desapropriações indevidas. O que ele quer mesmo é que tudo venha abaixo, mas criem mais espaço para seu carrinho como numa enorme planície asfáltica. Andar na frente de todos é o maior objetivo de um motorista e para conseguir isto é necessário acelerar ou, simplesmente, intimidar seus concorrentes à sua frente. Satisfações ou explicações são desnecessárias porque seu direito é sagrado de parar repentinamente, virar para um dos lados sem sinalizar suas intenções ou mesmo mudar de faixa para ir mais rápido. Ônibus? Táxi? Bicicleta? Metrô? Qual é, meu chapa!? O motorista que se preza tem esses elementos como “grandes inimigos da natureza”, mas fique sabendo que tem até alguns que acham bonitinho andar de bicicleta vez por outra, entretanto, ela deverá ser transportada no carro até o local do passeio como símbolo de sua hipocrisia desportista. Até quando isso vai durar? Até quando seremos reféns das caixinhas metálicas que privatizam o espaço público com total apoio do Estado? Difícil responder.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Bicicleta, seja sempre bem-vinda!

O século XXI futurista e tecnológico nos traz a revelação simplista quanto à realidade dos conceitos de mobilidade urbana. Enquanto se realiza o gasto de milhões de dólares em pesquisas sobre o melhor combustível ou quanto ao melhor desempenho de automóveis em pistas de corridas, o mundo gira em bicicletas espalhadas pelo mundo sem problemas relacionados à contaminação ambiental e nem preocupado com os enormes custos em pesquisas dispensáveis ao bom uso da tecnologia a serviço da saúde e bem-estar da humanidade. Cada vez mais nos deparamos com mais pessoas que estão se conscientizando do velho hábito saudável de pedalar. A retomada ao conceito modal verificada nos tempos áureos da bicicleta no mundo é inevitável. Muitas comunidades já estão cientes disso com exemplos que se disseminam pelo planeta. As bicicletas voltaram para ficar e não adianta a relutância de alguns segmentos em provar do contrário. O que ainda alimenta a estúpida ‘carrocracia’ são apenas alguns elementos dos ideais capitalistas que se apoderam dos pecados humanos em busca de sua idolatria, entretanto o homem vem aos poucos acordando desse sono anestésico e inebriante. As cidades necessitam de espaços livres, silêncio para seus moradores, ar puro e segurança nos passeios de suas crianças e, principalmente, qualidade de vida para todos. O automóvel não é benéfico para todos, mas um privilégio em que poucos atormentam a vida de todos com um custo altíssimo para o meio ambiente e para a sociedade.        

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A arte pede passagem !

Um artigo publicado ainda ontem, domingo 03, no jornal De Fato aqui da cidade me encheu de satisfação pelo reconhecimento de um artista mas, ao mesmo tempo, de profunda lamentação pela falta de apoio e atenção dada aos representantes culturais do país. Segue na íntegra o artigo publicado:

A vida, o jeito e o talento do poeta Antônio Francisco cruzam as fronteiras do Estado e levam para as telas dos cinemas um 'tesouro' em forma de gente, para quem quiser conhecê-lo. Tem sido assim desde que o curtametragem 'O poeta e a bicicleta' passou a ser apresentado em festivais de cinema pelo Brasil após sua exibição dentro do Projeto Curta Mossoró, realizado em 2010. E não há quem não se encante pelo poeta e por sua simplicidade. Principalmente porque não há 'arrudeios'. É pura verdade em forma de imagens. Para os mossoroenses acostumados a cruzar com Antônio Francisco nas ruas, nas praças, nos eventos culturais, é fácil pensar que 'de tão nosso' Antônio não precise de mais essa homenagem. Mas, basta perceber a reação dos que o conhecem apenas pelo que ele já publicou para entender que ele merece, pelo talento e a sinceridade de seus versos.O documentário de curta metragem O poeta e a bicicleta (12 minutos) é dirigido por Gustavo Luz, Thalles Chaves e Toinha Lopes, retrata o cotidiano de Antônio Francisco expondo suas duas paixões: a bicicleta e a poesia. Traz depoimentos dos seus amigos e seus versos. Já foi exibido no Cine Carajás (Festival de Cinema de Parauapebas - PA), em 2010, e está inscrito no Cine Sul (Festival de Cinema no Rio de Janeiro), Cine PE (Festival de Cinema do Pernambuco). Agora o vídeo foi selecionado para uma importante mostra competitiva dentro do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTin), que acontece de 26 de abril a 1o de maio no cinema São Jorge em Lisboa. A grande questão é que a equipe precisa de ajuda de custo. "Estamos realizando uma verdadeira campanha de sensibilização para mostrar a importância de levarmos esse vídeo ao festival representando e exaltando o nome da cidade de Mossoró. Estamos a todo o tempo mostrando essa importância porque não vamos a passeio, mas para ampliar as possibilidades de mostrar e realizar outros trabalhos culturais. A ideia é levar Antônio Francisco, lançar sua obra na Europa e fazer um documentário da viagem para exibir no retorno ao Brasil", explica Thalles Chaves. Para tentar viabilizar essa ida, um projeto já foi encaminhado a diversas instituições como a Câmara Municipal, Assembleia Legislativa, Petrobras, Gerência Executiva da Cultura de Mossoró, Secretaria da Cidadania, dentre outros. "A Prefeitura de Assu, que não tem nada a ver com a história, já concedeu a ida de Gilvan Lopes, que fez as xilogravuras que abrem o vídeo. Queremos que a cidade do poeta, Mossoró, entenda a importância de estar representada no festival. É o nome da cidade que está atravessando o oceano. Quando um produto audiovisual de Mossoró foi selecionado para uma mostra competitiva de um festival de cinema na Europa? É uma grande oportunidade de se valorizar os talentos dessa cidade", ressalta Thalles.

Como se trata de um festival itinerante, a equipe que realizou o filme acredita que o filme vai poder percorrer os países que fazem parte da comunidade da língua portuguesa, como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Macau na China, e que também participam do evento em Portugal. A grande preocupação de toda a equipe é a corrida contra o tempo para obter essa ajuda de custos. Cada dia sem respostas, o prazo fica menor e as chances de participar do FESTin também. As empresas, empresários e instituições que tiverem interesse em ajudar ao poeta e aos membros da equipe do documentário a alçar mais esse importante degrau terão seus nomes e marcas incluídas nos produtos culturais oriundos da viagem. Para ajudar podem manter contato com o grupo através de e-mail thalles_chaves@hotmail.com e pelos telefones: (84) 3316-9182 e 8819-5109.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Série de alongamentos para ciclistas

Em outras ocasiões relatei a necessidade de alongamentos antes e depois das pedaladas. Hoje repasso, de modo ilustrativo, uma série de alongamentos que serão úteis para todos. Se estiver com pressa e não dispuser de alguns poucos 5-6 minutos, então realize no mínimo as séries de 10 a 16 ilustradas abaixo:




Fonte: Retirado do livro " Stretching" - Bob Anderson

domingo, 27 de março de 2011

O inventor do cicloturismo !

Paul de Vivie nasceu em meados do século XIX na França e lhe cabe a honra de ser o inventor do sistema multi-câmbio traseiro para bicicletas. Mas não pára por aí! Ele foi o fundador da revista “Le cycliste” , também inventou o termo “cicloturismo” e fundou o primeiro clube de cicloturistas na França, bem como se tornou um dos patronos na criação de provas de longa distância não competitivas. Seu amor pela bicicleta foi eterno, inclusive teve grande influência na mudança de rumo em seus negócios pessoais. Seu apelido era “Vélocio”, uma mistura de bicicleta e velocidade a partir de termos franceses. O seu sistema de câmbio criado foi uma grande novidade e sua produção em série foi iniciada em 1906, mas sem muita aceitação. Por sinal, os organizadores do Tour de France diziam que a novidade era para velhos, moças ou inválidos. Logicamente não tinham sequer idéia ou perspectiva do futuro da nova invenção para bicicletas. Os sete mandamentos dos cicloturistas são de sua autoria e bastante conhecidos por praticantes do cicloturismo, são eles:

1. Para não perder ritmo, deve-se parar poucas vezes e de maneira curta.

2. Comer antes de ter fome e beber antes de ter sede, de modo freqüente e em poucas quantidades.

3. Não pedalar até alcançar a fadiga anormal, pois isto faz perder a fome e o sono.

4. Abrigar-se antes de ter frio e despir-se antes de sentir calor. Não ter medo de enfrentar o sol, o ar e a água.

5. Durante a cicloviagem, elimine a carne, o álcool e o tabaco.

6. Jamais ultrapassar os limites de sua capacidade, especialmente nas primeiras horas quando parecemos ter mais “gás”.

7. Nunca pedale sem amor próprio.

Uma de suas melhores declarações sobre a bicicleta pode ser traduzida na seguinte frase: “A bicicleta não é apenas uma ferramenta de transporte, mas um meio de emancipação, uma arma de libertação. Liberta o espírito e o corpo das inquietudes morais e das doenças físicas do mundo moderno, da ostentação, da convenção e da hipocrisia onde a aparência é tudo, mas não somos nada”.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O ciclista mais antigo do mundo!

Octavio Orduño é um desses modelos de ser humano que sabe aproveitar a vida. O mecânico aeroespacial aposentado completou 103 anos na última segunda-feira e, provavelmente, é o ciclista mais idoso do mundo. Sua performance não deixa nada a desejar perante os olhos dos habitantes de Long Beach, EUA. Na verdade, a cidade quer elevá-lo à categoria de embaixador do ciclismo com placas e homenagens. Até pouco tempo atrás, ele se utilizava de uma bicicleta em duas rodas, mas por insistência de sua esposa ele agora pedala uma de três rodas (trike). Seu ritual de quase 40 anos é pedalar diariamente ao mercado público, ir ao parque e depois à praia dar uma espiada nas meninas bonitas com suas saias floridas. Ele afirma que isso é melhor do que ficar sentado na sala ou ficar observando a passagem dos carros da sacada de seu prédio onde mora. Ele não lembra a idade em que começou a pedalar, mas lembra que insistiu muito para que seu pai lhe comprasse a primeira bicicleta. De lá pra cá nunca mais parou de pedalar. Ele está no seu segundo casamento e, no próximo ano, irá completar seu 60° aniversário. Vida boa hein, Mr. Orduño!?
Fonte : Los Angeles Times

domingo, 20 de março de 2011

A criança, a bicicleta e a internet!

A preocupação de pais com seus filhos sobre o ambiente interativo em que se encontram é coisa antiga. Olhando para o passado é possível destacar o rádio, a televisão, as histórias em quadrinhos, o celular e outras novidades tecnológicas que tiravam o sono de qualquer família ao observar o mergulho individual de muitas crianças nas novidades surgidas. Neste momento, a internet é a moda do mundo virtual e, apesar de seus recursos de interatividade com outras crianças, não se dispensa cuidados com relação à segurança delas. Nesse engodo está o dilema de todos os pais em saber como manter filhos seguros e, ao mesmo tempo, guiar a meninada para um convívio social sadio. Em contrapartida, esquecem-se os pais que a atividade saudável está no uso da mente e do corpo como equilíbrio de uma futura geração saudável. Muitos inscrevem seus filhos em atividades esportivas que se tornam muito mais um compromisso para as crianças do que uma experiência social divertida. Criança precisa interagir com outras crianças e os adultos precisam compreendê-las sobre seus anseios e orientá-las sobre seus destinos. Claro que o computador, o filme, a música e o celular fazem parte do cotidiano e da vida. A criança dentro de casa parece estar até mais segura do que andando de bicicleta por aí, mas isso é puro engano. A diferença é que vivemos num mundo em que os pais já não valorizam a bicicleta e nem mesmo sabem ‘andar nessa coisa’ para poder acompanhá-los. Torna-se mais cômodo entregar-lhe um computador e achar que algumas regrinhas vão tornar as crianças mais seguras dentro de casa em seu ‘isolamento virtual’. O que falta de verdade é a conscientização para que os adultos participem mais de atividades físicas e psicossociais com suas crianças e adolescentes. O sedentarismo, a ganância do poder ou do dinheiro e o medo das ruas estão transformando nossos brasileirinhos em cópias autênticas de adultos acomodados e sem habilidades manuais que são tão necessárias para os mais jovens. É possível sim retomar a eterna paixão de crianças por suas bicicletas para formarmos cidadãos mais humanos e futuros pais conscientes na formação de gerações cada vez mais saudáveis.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pedale com segurança na chuva

Nossa região se encontra em plena estação das chuvas e é tempo de tomar medidas de precaução nas pedaladas. Particularmente não aprecio sair debaixo de chuva na bicicleta, são riscos que me amedrontam, mas sempre existe a possibilidade de tomar um banho no meio do caminho. Além do banho, há algumas medidas básicas necessárias quanto à segurança do passeio. Considere sempre a possibilidade de utilizar um colete de alta visibilidade por medida de precaução. Ficar de olho nas condições da pista molhada é outra medida importante para evitar tombos desnecessários, pois a aderência de pneus está diminuída e se houver pedriscos ou cascalhos sobre o asfalto, o melhor mesmo é diminuir velocidade para evitar freadas bruscas ou movimentos repentinos na mudança de rumo. Testar freios é algo que não deve ser negligenciado antes e durante as pedaladas, além de verificar sistematicamente a presença de areia ou lama entre as sapatas dos freios e as rodas. Tente evitar poças formadas pelas águas porque escondem buracos, pedras e outras armadilhas que levam muitos ciclistas a acidentes. Lembre que as águas também podem esconder bocas de lobo, tampas de esgotos, passagens de nível entre outras surpresas. Evite passar por cima de placas metálicas que encobrem alguns sistemas de drenagem, pois há a possibilidade de patinar e ir ao chão com a bicicleta. Se estiver usando óculos, será interessante levar uma pequena toalha para enxugar suas lentes. Outros cuidados podem ser tomados em relação à bike, como por exemplo usar um pára-lamas dianteiro, lavar e lubrificar engrenagens após o uso em áreas alagadas, drenar água que se acumula no interior do quadro e outras medidas preventivas de manutenção também ajudam na segurança do passeio.  

terça-feira, 15 de março de 2011

Alimentos de poder !

Quem pratica alguma atividade física sabe muito bem o que significa ter uma alimentação saudável. Para quem usa a bicicleta para o lazer ou como transporte é importante ter em mente que nosso organismo precisa estar muito bem alimentado e energizado, afinal o corpo é o verdadeiro motor que movimenta a bike. Os carboidratos, encontrados principalmente nas massas, são a principal fonte de energia necessária para nossas pedaladas. Entretanto, outros alimentos se tornam valiosos por seu valor nutritivo e que ajudam no rendimento diário do ciclista. Os alimentos a seguir podem aumentar sua resistência, reduzir a fadiga muscular e melhorar a performance. OVOS: É uma ótima dica para o início do dia. São bastante ricos em riboflavina. Durante as pedaladas é bastante comum a perda de riboflavina no suor e a manutenção regular desta vitamina no organismo se torna crucial através de uma alimentação sadia. Pedaladas exigem um fluxo de energia a partir de carboidratos e a riboflavina se torna peça importante na quebra dessas moléculas para geração de energia. CARNE: Logicamente não é aconselhável a ingestão de um belo bife antes de pedalar, mas uma alimentação regular com carnes magras, rica em carnitina, pode ser uma boa idéia. A carnitina é um tipo de molécula presente no nosso corpo que ajuda no transporte da glicose para o interior das mitocôndrias, sendo a seguir quebradas gerando energia que tanto necessitamos. Desta forma, a carnitina ajuda na redução de acúmulo do ácido lático em nossos músculos. IOGURTE: Esse e outros produtos lácteos são ricos em leucina que são responsáveis pela construção de nossas células musculares e manutenção da massa muscular. Além de tudo é facilmente digerido. BRÓCOLIS E ESPINAFRE: Contendo grande quantidade de vitamina C, é um alimento que não deve faltar. O poder antioxidante dessa vitamina evita a tensão muscular e as dores em função do estresse oxidativo da atividade física. Como é um tipo de vitamina que não podemos estocar no corpo e nem produzir em nossas células, é bom que se mantenha numa dieta diária contendo esse elemento. Claro que umas laranjas a mais não fazem mal a ninguém. BANANA: Alimento rico em Potássio e em Vitamina B6. A Vitamina B6 participa na conversão dos carboidratos em energia. Isso mantém regulares seus níveis de açúcar no sangue e suas reservas em alta. PEIXE: Alimento que ingerido regularmente pode aumentar os níveis de Tiamina. Essa vitamina do complexo B regula vários processos metabólicos que o corpo utiliza durante a atividade física.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Modismo ou comodismo do automóvel?

Em julho de 2010 publiquei, aqui no blog, um post relacionado com o endeusamento de automóveis e tendo como título “O totemismo do automóvel”. O assunto jamais estará desatualizado e, por isso, volto a comentar sobre um outro aspecto. Não tenho a mínima intenção de condenar o automóvel, mas o que sempre me preocupa é o destino de vidas humanas enquanto escravas de uma máquina ineficiente embora ainda de utilidade para muitos que necessariamente dependem dela. O modismo do automóvel já perdura por um século ou mais e dá sinais que ainda pode continuar por muito tempo. O problema não está apenas na máquina automotiva em si, mas e muito mais em seus condutores. À máquina reserva-se a ineficiência de seu projeto que, ocupando um espaço de 6 m² e pesando aproximadamente 2ton, transporta em média 1,3 pessoas com um custo altíssimo para o meio ambiente e para o sistema de saúde pública. Ao seu condutor está a ineficiência de operacionalidade de uma máquina capaz de matar e mutilar. Como conseqüência deste dueto perigoso, a vida em grandes e médias cidades se torna estressante quando o assunto é mobilidade. A máquina traz consigo sofisticações tecnológicas que permitem atingir velocidades absurdas, mas para quê? As leis estabelecem limites! Ok.. Ok... Diriam alguns que é para serem burladas! Deus do céu! A sedução provocada pelos fabricantes automotivos investe na tentação de beber ao volante (tem até porta-cervejinha), aposta em distração ao volante com inúmeros acessórios e eletrônicos em seu interior e joga todas as fichas no desejo de ostentação que é a grande arma do mundo capitalista. Já não se fala mais a que ou a quem serve o carro, a ordem agora é para que se tenha um deles mesmo que seja útil só de vez em quando. Afora gafes estruturais de eficiência na conversão de energia em trabalho, o automóvel ainda assim é útil para muitos que sabem usá-lo e para variados serviços de utilidade coletiva de um povo. Retirar o automóvel de moda é um desafio que não parece muito difícil em virtude do mau uso dado a ele nas últimas décadas. Como a exemplo dos velhos casacos de pele, cigarros “hollywoodianos” ou antiquados chapéus de pena que ficaram no passado!     
     

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulheres!

Mulheres negras, brancas ou pardas

Mulheres ricas ou pobres

Mulheres que lutam, riam ou choram

Mulheres mães, tias ou avós

Mulheres magras ou gordas

Mulheres altas ou baixas

Mulheres tímidas ou extrovertidas

Mulheres são pérolas humanas

Mulheres são fortes

Mulheres são frágeis

Mulheres são ágeis

Mulheres: Feliz dia 08 de Março !

quinta-feira, 3 de março de 2011

Perigo no ar !

Todos nós vivemos momentos preocupantes com trânsito, saúde, meio ambiente, educação e vários outros problemas que nos cercam na vida diária. Quando defendemos a utilização da bicicleta é porque muitos deles poderiam ser minimizados com essa simples mudança de paradigma. Um inquietante e prejudicial elemento que nos rodeia de forma silenciosa com alto poder cancerígeno é o enxofre eliminado pelos motores movidos a diesel no Brasil. Com certa benevolência das autoridades governamentais, o enxofre vem sendo jogado em nossos pulmões numa dose criminosa só vista por aqui. Os exibicionistas desses veículos movidos a diesel provavelmente nem saibam, mas estão literalmente sentados em máquinas mortíferas que exalam puro veneno. Para se ter uma idéia, a concentração de enxofre no diesel usado no Brasil vai de 500 ppm a 2000 ppm. Nos Estados Unidos essa concentração é de 15 ppm e de 10 ppm na Europa, ou seja, sempre sobra para ‘nosotros’ a pior parte. Logicamente há um grande benefício entre Petrobrás e a indústria automotiva que relutam em limpar esse combustível. Nesse joguinho de empurra há uma grande complacência do Conselho Nacional do Meio Ambiente, pois a Resolução de 2002 que minimizava esse teor já deveria estar em vigor desde 2009. Entretanto, nas manobras ocultas das políticas ambientais essas medidas foram adiadas para 2014... quem sabe esticarão mais um pouquinho até lá?! De acordo com o Movimento Nossa São Paulo, veículos movidos a diesel representam 10% da frota do país, mas são responsáveis por 45% da emissão dos poluentes. Apenas em São Paulo, 3 mil pessoas morrem anualmente em virtude da poluição causada pelo diesel, segundo dados de estudos do professor da USP Paulo Saldiva. Será que eu deveria andar e pedalar com máscara?! É! Talvez sim!

terça-feira, 1 de março de 2011

Todos precisamos compartilhar !

O vídeo em língua francesa aqui apresentado não se torna tão difícil de compreensão em virtude até de seus gráficos e números apresentados. É na realidade o que acontece nas ruas e avenidas de quase todas as capitais do mundo, ou seja, o desrespeito aos ciclistas impera em virtude do reinado automotivo. Seja em Paris ou em qualquer capital brasileira, o que podemos constatar é um profundo estado de alerta do ciclista numa situação de rua em que o número de veículos automotores é dominante. Isto se torna desagradável para qualquer um que queira enfrentar o poderio bélico dos motociclistas e motoristas que simplesmente ignoram o ciclista como se não o enxergasse em meio ao caótico trânsito, daí o termo usado no vídeo como “ponto cego” para o ciclista. Claro que cenas como essas não seriam possíveis de edição em Amsterdam ou Assen na Holanda, por exemplo. Lá a realidade é outra. As estatísticas exibidas no início mostram que em Paris, e certamente para o resto do mundo em que há dominância do carro, 47% dos trajetos realizados por automóveis estão abaixo dos 3 km, 22% estão abaixo de 1 km e 12 % estão a menos de 500 metros, surpreendente não é mesmo!? As situações e cenas mostradas que infringem o direito de ciclistas serão facilmente reconhecidas por quem anda de bicicleta. A importância de movimentos mundiais do cicloativismo não é utopia, mas uma realidade que precisa de manifestação e garra na conquista do direito universal para que um ciclista possa ir e vir com segurança.  As leis até existem em todos os lugares, mas falta rigor e fiscalização para o cumprimento delas. Na prática é como se não existissem! O cicloativismo é para que a sociedade enxergue o ciclista “oculto e esquecido” e para que as autoridades exerçam o cumprimento da lei que nos garante compartilhar o trânsito, nada mais!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Porto Alegre triste

O blog Massa crítica POA lançou o vídeo abaixo com edição na lingua inglesa em que mostra os momentos mais tenebrosos da tentativa de homicidio contra ciclistas que participavam da bicicletada na capital gaúcha. As imagens falam por si e nos remetem à reflexão da violência estúpida no trânsito. Homens e máquinas absortos pela fúria estão em cada esquina desse país "sem lei" ameaçando vidas humanas. Esperamos punição exemplar pelo crime cometido!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

E por falar em pedalar seguro!

Não é por acaso que a Holanda é considerada como local mais seguro do mundo para a bicicleta. Suas políticas de sustentação de projetos voltados para o ciclista levaram alguns anos para a realidade em que se encontra hoje. Muitos fatores contribuíram para o avanço de sua infra-estrutura cicloviária, entretanto é a segurança em números que parece ser mais significativa para a adesão em massa. Numa análise superficial é provável que infra-estrutura e segurança sejam as verdadeiras colunas do sucesso por lá. Minha opinião é que existem alguns conceitos sobre segurança que são determinantes para que o cidadão comum escolha a bicicleta como opção primeira em seus deslocamentos pela cidade. Em primeiro plano, a segurança real é aquela proporcionada pelas ações governamentais e dependem essencialmente de investimentos. Neste modelo de segurança real, o ciclista percebe ao seu redor a construção de elementos estruturantes que lhe garantem o bem-estar em sua bicicleta. A segurança subjetiva se relaciona com seu psíquico e minimiza seu estresse mental de medo sobre sua integridade física. E um terceiro conceito parece ser a segurança social em que as ações públicas de segurança e policiamento garantem a tranqüilidade do ciclista e de sua bicicleta. Pouco vai adiantar o esforço de cicloativistas sem a garantia desses conceitos em prática. O que se nota é que apesar do grande esforço em mostrar o quanto é seguro andar de bicicleta, não há uma relação direta de confiança para novos adeptos enquanto esse conjunto não for contemplado de fato. Normalmente, o principiante investe seus olhares na segurança subjetiva e social, pois é a partir daí que ele pode dar confiabilidade para si e para seus parentes e amigos como modal de escolha. Voltando-se para o exemplo holandês, verifica-se que a segurança subjetiva é conquistada por meio de algumas atitudes básicas como em não se misturar o tráfego de automóveis em alta velocidade com ciclistas; separação das ciclovias a uma distância razoável daquelas avenidas de intenso trânsito de carros e daquelas de alta velocidade; redução de velocidade dos automóveis em ruas residenciais; separação de ciclovias adequadas é importante na conquista da segurança subjetiva do ciclista e não pode estar compartilhada com o fluxo de pedestres; entroncamentos precisam garantir a prioridade do ciclista ou, no mínimo, preservar sua vez de modo seguro e também a criação de barreiras acústicas naturais ou distanciamento de locais de trânsito barulhento também proporciona segurança subjetiva. A segurança social referida anteriormente nada mais é do que a tomada de ações em que o ciclista se permita a entrar em ruas e túneis com tranqüilidade de iluminação e vigília das autoridades públicas, estacionar com segurança e tranqüilidade em sua bike, bem como transitar por ciclovias amplas, sem barreiras e limpas são itens determinantes para que mais e mais pessoas se sintam incentivadas à prática do ciclismo como meio de transporte urbano. Por outro lado, não deve ser nada incentivador aos principiantes observar a circulação de ciclistas equipados com joelheiras, capacetes, cotoveleiras e outras armaduras, pois desta forma passam a grande imagem de insegurança do veículo... Mas, como não estamos numa Holanda, fazer o quê, não é mesmo?!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Valdo é saudade !

Estamos na semana do primeiro aniversário do falecimento de Valdo e a saudade profunda me faz lembrar o grande exemplo que foi para o cicloturismo e, aliás, para todos que amam pedalar.   O seu desprendimento de uma vida confortável e segura foi preenchido com a riqueza do conhecimento de inúmeras culturas e povos pelo mundo. O futuro previsível não fazia parte de seus planos, mas a aventura de seu espírito era o seu guia. Hoje, após um ano, bate forte a saudade de alguém significativo e importante que em muito contribuiu por minha paixão à arte de andar de bicicleta. Aos conhecidos, amigos e parentes do Valdo, deixo aqui reservado, meu grande abraço de uma saudade eterna.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Chicane : para diminuir a velocidade dos automóveis.

Certamente você já ouviu essa palavra em algum domingo de Fórmula 1. Saiba, porém, que ela também pode ser útil em nossas ruas e avenidas. Cicloabraços !

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um trânsito sem educação!

Diariamente se verifica nas avenidas desse país um verdadeiro absurdo de irregularidades no trânsito em decorrência de um simples costume motivado pelo poder público: a impunidade. Percorrendo as ruas da cidade com olhos de “guarda” é possível identificar uma população de delinqüentes do trânsito com muita facilidade, e isso graças a um conjunto de fatores conspiradores do povo e seus governantes. Apesar das últimas propagandas sobre o avanço do poder econômico das massas, em nada isso reflete o comportamento humano vivido no ambiente de trânsito urbano. A guerra vivida por pedestres, ciclistas e motorizados é algo lamentável de se observar por qualquer ser extraterreno. No fundo, as vias de circulação deveriam ser locais de exercício dos padrões de ética e solidariedade de um mesmo contingente que compartilha alimento e abrigo numa mesma cidade, mas parece não querer dividir o seu caminho com mais ninguém. Falta a essa gente o discernimento sobre a vida em sociedade com respeito e educação. A ausência da autoridade fiscalizadora é outro agravante e estimula a irracionalidade que está em todos. Os pífios programas de educação para o trânsito através de panfletagens, outdoors e propagandas na mídia pouco têm a oferecer ante uma omissa ação fiscalizadora da lei e da ordem. É necessário investir em medidas de longo prazo. A educação é complementar a outras atitudes sócio-colaborativas e precisa ter como foco os jovens e as crianças. O que torna difícil esse horizonte é presenciar as atuais formas de governar que incentivam a compra de automóveis como uma saída de mobilidade sem nenhum compromisso com a qualidade de vida e saúde de seu povo.