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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Porto Alegre triste

O blog Massa crítica POA lançou o vídeo abaixo com edição na lingua inglesa em que mostra os momentos mais tenebrosos da tentativa de homicidio contra ciclistas que participavam da bicicletada na capital gaúcha. As imagens falam por si e nos remetem à reflexão da violência estúpida no trânsito. Homens e máquinas absortos pela fúria estão em cada esquina desse país "sem lei" ameaçando vidas humanas. Esperamos punição exemplar pelo crime cometido!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

E por falar em pedalar seguro!

Não é por acaso que a Holanda é considerada como local mais seguro do mundo para a bicicleta. Suas políticas de sustentação de projetos voltados para o ciclista levaram alguns anos para a realidade em que se encontra hoje. Muitos fatores contribuíram para o avanço de sua infra-estrutura cicloviária, entretanto é a segurança em números que parece ser mais significativa para a adesão em massa. Numa análise superficial é provável que infra-estrutura e segurança sejam as verdadeiras colunas do sucesso por lá. Minha opinião é que existem alguns conceitos sobre segurança que são determinantes para que o cidadão comum escolha a bicicleta como opção primeira em seus deslocamentos pela cidade. Em primeiro plano, a segurança real é aquela proporcionada pelas ações governamentais e dependem essencialmente de investimentos. Neste modelo de segurança real, o ciclista percebe ao seu redor a construção de elementos estruturantes que lhe garantem o bem-estar em sua bicicleta. A segurança subjetiva se relaciona com seu psíquico e minimiza seu estresse mental de medo sobre sua integridade física. E um terceiro conceito parece ser a segurança social em que as ações públicas de segurança e policiamento garantem a tranqüilidade do ciclista e de sua bicicleta. Pouco vai adiantar o esforço de cicloativistas sem a garantia desses conceitos em prática. O que se nota é que apesar do grande esforço em mostrar o quanto é seguro andar de bicicleta, não há uma relação direta de confiança para novos adeptos enquanto esse conjunto não for contemplado de fato. Normalmente, o principiante investe seus olhares na segurança subjetiva e social, pois é a partir daí que ele pode dar confiabilidade para si e para seus parentes e amigos como modal de escolha. Voltando-se para o exemplo holandês, verifica-se que a segurança subjetiva é conquistada por meio de algumas atitudes básicas como em não se misturar o tráfego de automóveis em alta velocidade com ciclistas; separação das ciclovias a uma distância razoável daquelas avenidas de intenso trânsito de carros e daquelas de alta velocidade; redução de velocidade dos automóveis em ruas residenciais; separação de ciclovias adequadas é importante na conquista da segurança subjetiva do ciclista e não pode estar compartilhada com o fluxo de pedestres; entroncamentos precisam garantir a prioridade do ciclista ou, no mínimo, preservar sua vez de modo seguro e também a criação de barreiras acústicas naturais ou distanciamento de locais de trânsito barulhento também proporciona segurança subjetiva. A segurança social referida anteriormente nada mais é do que a tomada de ações em que o ciclista se permita a entrar em ruas e túneis com tranqüilidade de iluminação e vigília das autoridades públicas, estacionar com segurança e tranqüilidade em sua bike, bem como transitar por ciclovias amplas, sem barreiras e limpas são itens determinantes para que mais e mais pessoas se sintam incentivadas à prática do ciclismo como meio de transporte urbano. Por outro lado, não deve ser nada incentivador aos principiantes observar a circulação de ciclistas equipados com joelheiras, capacetes, cotoveleiras e outras armaduras, pois desta forma passam a grande imagem de insegurança do veículo... Mas, como não estamos numa Holanda, fazer o quê, não é mesmo?!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Valdo é saudade !

Estamos na semana do primeiro aniversário do falecimento de Valdo e a saudade profunda me faz lembrar o grande exemplo que foi para o cicloturismo e, aliás, para todos que amam pedalar.   O seu desprendimento de uma vida confortável e segura foi preenchido com a riqueza do conhecimento de inúmeras culturas e povos pelo mundo. O futuro previsível não fazia parte de seus planos, mas a aventura de seu espírito era o seu guia. Hoje, após um ano, bate forte a saudade de alguém significativo e importante que em muito contribuiu por minha paixão à arte de andar de bicicleta. Aos conhecidos, amigos e parentes do Valdo, deixo aqui reservado, meu grande abraço de uma saudade eterna.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Chicane : para diminuir a velocidade dos automóveis.

Certamente você já ouviu essa palavra em algum domingo de Fórmula 1. Saiba, porém, que ela também pode ser útil em nossas ruas e avenidas. Cicloabraços !

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um trânsito sem educação!

Diariamente se verifica nas avenidas desse país um verdadeiro absurdo de irregularidades no trânsito em decorrência de um simples costume motivado pelo poder público: a impunidade. Percorrendo as ruas da cidade com olhos de “guarda” é possível identificar uma população de delinqüentes do trânsito com muita facilidade, e isso graças a um conjunto de fatores conspiradores do povo e seus governantes. Apesar das últimas propagandas sobre o avanço do poder econômico das massas, em nada isso reflete o comportamento humano vivido no ambiente de trânsito urbano. A guerra vivida por pedestres, ciclistas e motorizados é algo lamentável de se observar por qualquer ser extraterreno. No fundo, as vias de circulação deveriam ser locais de exercício dos padrões de ética e solidariedade de um mesmo contingente que compartilha alimento e abrigo numa mesma cidade, mas parece não querer dividir o seu caminho com mais ninguém. Falta a essa gente o discernimento sobre a vida em sociedade com respeito e educação. A ausência da autoridade fiscalizadora é outro agravante e estimula a irracionalidade que está em todos. Os pífios programas de educação para o trânsito através de panfletagens, outdoors e propagandas na mídia pouco têm a oferecer ante uma omissa ação fiscalizadora da lei e da ordem. É necessário investir em medidas de longo prazo. A educação é complementar a outras atitudes sócio-colaborativas e precisa ter como foco os jovens e as crianças. O que torna difícil esse horizonte é presenciar as atuais formas de governar que incentivam a compra de automóveis como uma saída de mobilidade sem nenhum compromisso com a qualidade de vida e saúde de seu povo.   

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Bicicletas & Leituras

Quando decidi escrever sobre o tema pensei sobre como eu poderia me expressar de tal maneira que todos pudessem imaginar meu fascínio pelas bicicletas e leituras. Mas, pensando bem, acho que a improvisação das palavras é o que revela o verdadeiro sentimento por algo ou alguém. E assim me dispus a realizar este pequeno texto sobre o que me une às duas coisas. Acredito que o elo principal entre ambas está no sentimento e paixão pela viagem que ambas proporcionam. Nelas eu encontro a satisfação sensorial e emotiva que me transportam pelo tempo e espaço sem a relevância de suas dimensões ou escalas. Gostar de bicicletas não significa se satisfazer apenas com o último modelo lançado ou por determinada marca, mas está no simples pedalar. Gostar de ler não significa ser elitista e apreciar apenas os clássicos da literatura, mas apenas a arte de leitura em suas diversas variedades. Se na bicicleta o corpo viaja, é na leitura que a alma se transporta. O desafio inicial de gostar de ler passa pela qualidade na escolha, pois nada mais irritante do que realizar leitura forçada de algo que não interessa ao coração. Assim, tão importante quanto à escolha do que se vai ler é a sua qualidade, haja vista que informações ali contidas são essenciais na formação de nossas idéias e opiniões sobre aquilo que se lê. Assim como a bicicleta, o material de leitura precisa estar adaptado ao seu leitor com a finalidade de oferecer suavidade em sua dinâmica de ampliação de novos horizontes. Vale muito a pena investir um pequeno espaço de tempo do seu dia na leitura, isso é cultura! Boas pedaladas e boas leituras!     

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Exercícios regulares ajudam na perda de peso até durante o repouso.

Pedalar com freqüência em sua bicicleta é um dos bons motivos para perder peso até na hora em que você está descansando em seu sofá e vendo a TV. O motivo é bem simples, a regularidade de uma atividade física estimula o metabolismo do corpo até vinte e quatro horas depois. Quem afirma é o professor Ingo Froboese do centro de Saúde no Esporte da Faculdade alemã em Colônia. Isso significa que você perde peso mesmo quando já tenha terminado sua rotina de exercícios e, conforme ressalta o professor, o melhor tipo de atividade é aquela que alia a construção de massa muscular com resistência porque cada quilograma de músculo aumenta o consumo de energia em cerca de 50 calorias mesmo na hora do relaxamento. O treino de resistência, por outro lado, cria o comando de regeneração em nossas células do corpo e isso melhora o desempenho de muitas outras atividades. Além de atividades diárias como andar a pé, natação ou pedalar a magrela, é importante que se use mais a escada do prédio ou troque o carro pela bicicleta para ir ao trabalho, salienta o professor. O efeito Iô-iô de dietas pode muito bem ser evitado com uma reestruturação na atividade física e numa dieta equilibrada. Froboese afirma que é primordial que se obtenha um balanço de consumo energético correto para que se mantenha dentro do peso desejado, e isso pode ser muito bem planejado com a simples utilização de sua bicicleta no dia a dia. Portanto, se você pedala, durma tranqüilo que a hora do sono é também a hora de perder peso!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Câmeras para capacetes !

Mesmo em países como a Inglaterra é comum verificarmos a reclamação de ciclistas no que se refere ao desrespeito de motoristas, principalmente os de ônibus e veículos maiores, que empurram a bicicleta para a calçada. Ontem a ‘BBC News’ publicou uma reportagem sobre a nova mania de utilização de câmeras nos capacetes de ciclistas como forma de ‘pressionar’ o cumprimento da lei no trânsito por aqueles que ainda subjugam a bicicleta pelas ruas e avenidas de Londres. Um site da Policia Metropolitana Londrina mantém um espaço em que é possível para qualquer pessoa postar um vídeo para análise e identificação dos infratores pelo departamento de trânsito e, dessa forma, garantir punição na forma da lei. Vários casos já foram identificados e julgados pela prova material de descumprimento às regras de trânsito ou por desrespeito ao ciclista. Apesar de ainda não contar com o apoio da maioria dos usuários de bicicleta, esse instrumento tem se destacado como a grande ‘arma’ de defesa contra o abuso de motoristas. Outro fator importante de disseminação dessas câmeras filmadoras é que estão menores e discretas, bem como os preços estão cada vez mais baratos e acessíveis, uma vez que podem ser encontradas por até menos de 15 libras pelo site da Ebay (no Mercado Livre se encontra por até R$ 40,00). Fica a dica para uma boa utilidade de sua câmera que ainda está guardada sem saber para quê utilizar!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mobilidade e seus desafios em Mossoró !

Mobilidade tem por objetivo garantir acessibilidade para todos dentro de um limite de custos que seja o menor possível, além disso, é necessário que as políticas públicas implantadas possam garantir a modernização do transporte coletivo dentro de padrões aceitáveis quanto à exigência de conservação do meio ambiente. A exclusividade em optar pela bicicleta como alternativa inteligente de transporte urbano não é de exclusividade dos países mais ricos. Exemplos acertados podem ser encontrados na América do Sul em cidades como Bogotá ou Sorocaba. A solução definitiva para o gargalo que se forma por tantos automóveis ainda está longe de ser alcançada, porém de maneira gradual se observa alguns avanços que merecem estar sempre na mídia para que sirvam de conhecimento e modelo para todos. A visão futurista só é apenas sentida, nesse momento, por quem conhece e utiliza a bicicleta e talvez a formação de opinião encontre resistência por simples desconhecimento. A bicicleta, porém, não é solução solitária. A interação com o transporte coletivo é primordial para que se agregue comodidade e conforto aos usuários, tendo como conseqüência o abandono do automóvel. Subitamente nada se pode criar com perfeição, mas se faz necessário a colaboração de todos os simpatizantes da bicicleta na transformação do paradigma no sistema de transporte. Fácil não é, claro! Quando se volta para a realidade aqui no segundo maior município do RN, o que verificamos é um total desinteresse político dessa ótica futurista de inclusão da bicicleta inserida no contexto de mobilidade. Propostas virtuais e tênues não faltam, embora sejam alvo de aplausos até por ‘pseudo-cicloativistas’ que desconhecem a vida rude de cidadãos simples que dependem de sua bicicleta como meio de locomoção. No fundo, a ‘moda’ ciclística verificada na cidade nada tem a ver com mobilidade e sustentabilidade, mas sim com interesses pessoais de lazer, compromissos de formação política de opinião ou simples estratégias de marketing pessoal. De outro modo, uma grande esperança ainda surge de mentes aguerridas que, inseridas nesses grupos de lazer ciclístico, podem em algum momento alavancar reivindicações sólidas em prol de todos os usuários da bicicleta. Certamente que a inovação de diversas ciclofaixas e ciclovias pela cidade iriam deixar muitos ‘magnatas’ do comodismo automotivo de cabelo em pé, e essa ‘loucura’ interferiria em muitos interesses de uma politicagem já enraizada nas entranhas da elite mossoroense. Resta-nos saber que avanços gerenciais de transporte podem ser esperados para uma cidade de médio porte que ainda peca, e muito, no seu sistema de mobilidade!