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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

SEJA CICLOFELIZ EM 2011 !

O novo ano se aproxima e com ele renovamos desejos, sonhos, esperanças e planos. O ano que termina foi de muitas alegrias para mim e agradecendo por tudo quero que você não apague a luz da perseverança em seus objetivos. Aproveite esse momento de novo ciclo e trace suas metas, aproveite mais a vida de bicicleta. Viaje, passeie, brinque e se divirta mais em sua nova bicicleta ou naquela que ainda está ali encostada no cantinho esperando sua decisão. A bicicleta transforma seu corpo e sua mente, encare isso como uma meta simples e eficaz! Participe com seus amigos da bike, seja mais esportivo e tolerante, viva a vida sem ilusões mas com sonhos que podem se tornar realidade! Seja muito mais feliz em 2011, esse é o desejo do 'BICICLETA EM LEITURAS' para você.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Então é Natal !

MEUS SINCEROS VOTOS DE UM NATAL REPLETO DE AMOR E PAZ PARA TODOS E EM TODOS OS LUGARES DESTE PLANETA ! AGRADEÇAM POR SEUS SORRISOS, SEUS BEIJOS, SEUS PRESENTES, SEUS AMORES, SEUS AMIGOS, SEUS PARENTES E PELA PAZ EM SEUS LARES. NESTE NATAL DÊ UM PRESENTE DE PAZ ÀS NOSSAS CRIANÇAS!


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Coragem, meu país, coragem!

Os ruídos dos motores sufocam as vozes denunciantes das indústrias que lhe convidam ao uso do automóvel e roubam seu espaço. Até mesmo o ar que você respira é roubado pelos mais diversos tipos de automotores, e olha que se não fosse o tal ‘catalisador’ a coisa seria ainda pior. A trajetória na história da humanidade mostra algumas curiosidades como, por exemplo, a invenção do automóvel, que revelam a grande farsa da indústria automobilística no mundo. O modelo escolhido pelo mundo capitalista que tenta adaptar as cidades aos automóveis é uma realidade em praticamente todo o planeta. O sistema de transporte público urbano é coisa que sempre está indo pro ‘beleléu’ graças às idéias geradas no século passado pelos norte-americanos Henry Ford e Harvey Firestone. O mundo inteiro hoje preconiza aquela aliança que desestruturou o uso de trens urbanos nos Estados Unidos e abriu estradas para a circulação de suas ‘criaturas motorizadas’. De maneira ímpar, uma das pouquíssimas cidades deste planeta, estou falando de Amsterdã, conseguiu através de um plebiscito em 1992 fazer com que o espaço de automóveis fosse reduzido em 50 % numa atitude corajosa que revelou os benefícios conseguidos com a inclusão da bicicleta na vida diária. Em 1995 foi a vez da cidade italiana de Florença proibir o uso de automóveis pelo centro da cidade. Na verdade, não foram atitudes simples de um povo, foram projetos organizados e de comprometimento com a qualidade de vida da população e muito diferentemente da idéia escravista norte-americana. Para os desavisados, o transporte público americano só existe para 4% de sua população contra a média de 25% (que já foi de 75% na metade do século passado) na grande maioria das cidades européias. Infelizmente, o que vemos é ‘louvação’ a motores poluentes e ruidosos no continente latino-americano em decorrência de uma cultura ‘copiadora’ e cega predominantes. Meus votos para que a nova presidente desse país enxergue a bicicleta como um veículo de transporte possível que não invade espaços nem polui o ar que todos respiramos, mas que não apenas veja... AJA!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Mobilidade Insustentável


A colega, Sônia Soares, conhecida desde a  época do curso de especialização me encaminhou este comentário sobre um artigo do IPEA . O artigo é para ser lido por todos aqueles que de um modo ou de outro se preocupam com a sistemática de locomoção no futuro desse país. O artigo na íntegra pode ser lido AQUI  em PDF. Eis o texto resumido do que me foi encaminhado:
O percentual da população que usa automóveis ou motocicletas para se deslocar aumentou de 45,2% em 2008 para 47%, em 2009. Mesmo assim, quase metade da população ainda depende do transporte público, por não ter alternativa de transporte. Os dados foram divulgados no dia 14/12, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseados em estudos da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
O número de automóveis na área urbana é o dobro do da área rural, onde é maior o número de motocicletas, segundo o estudo. Os veículos de duas rodas estão presentes em cerca de 15% dos lares, com tendência a crescer, levando em conta os preços mais baixos das motocicletas.
Os domicílios da área urbana que têm carro somam 16,5 milhões, motocicletas 4,073 milhões e os lares que têm ambos os veículos são 3,2 milhões. Cerca de 25,9 milhões de residências ainda não têm quaisquer tipos de veículos. Na zona rural, 1,489 milhão de residências têm carro, 1,566 milhão têm motos e 570 mil têm carro e moto. Além disso, 5,123 milhões de lares não dispõem de qualquer tipo de veículo.
O Ipea destaca que a posse de veículos ocorre até mesmo nas camadas mais baixas da população. Na faixa de pobreza extrema, com renda de até um quarto do salário mínimo per capita, 17,7% das famílias têm carro ou motocicleta. Nas casas onde a renda é de até meio salário mínimo per capita cerca de 23% das famílias já têm veículos próprios.
As políticas para aumentar a renda da população mais pobre, segundo avaliação do Ipea, deverão provocar o aumento da aquisição de automóveis nos próximos anos. A posse de veículos é maior no país, proporcionalmente entre a população, em Santa Catarina, no Paraná, no Distrito Federal (DF) e em São Paulo. Em Santa Catarina, cerca de 70% das residências têm algum tipo de veículo. No Paraná 61,7%; no DF, 59,7% e em São Paulo, 59,1%. Em Santa Catarina, 28,5% das residências não dispõem de automóvel ou moto, no Paraná, 38,3%; no DF, 40,3% e em São Paulo, 40,9%.
A maioria dos trabalhadores brasileiros (68%) na área urbana ou rural gasta menos de 30 minutos para ir de casa ao trabalho, independentemente da forma de locomoção. Cerca de 10% da população gasta mais de uma hora nesse percurso. O tempo médio de percurso da residência ao trabalho, segundo o Ipea, mostra que a maior parte dos brasileiros prefere procurar trabalho próximo às suas moradias.
O Ipea considera que a taxa de motorização da população tende a crescer, gerando engarrafamentos e complicações no trânsito. Para o instituto, será necessário que os governos façam investimentos para melhoria da infraestrutura nas próximas décadas para minimizar o problema.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cidadania, para onde?

O desejo de compartilhar um trânsito ordenado, tranqüilo e em paz é algo em comum para pessoas de bem. Transitar deveria ser antes de tudo, um exercício de respeito e expressão solidária, mas não é. Os interesses egoístas de cada um em seus veículos são uma realidade na maioria esmagadora dos mais de cinco mil municípios do país. A falta de cidadania é um fato constatado pelas autoridades de fiscalização do trânsito. A mídia revela isso diariamente também. Os mais frágeis que circulam por ruas e avenidas são vítimas potenciais desse descalabro gesto dos infratores no trânsito. A transgressão de regras e normas parece ser algo comum para a maioria que trafega. Aguardar a vez ou permitir alguma manobra de outros que se também se deslocam já parece ser inaceitável para quem está ao volante sobre seus motores poluidores. Perdeu-se o bom senso! Avançar preferenciais, cortar semáforos, abusar da velocidade é coisa banal. Se algum pedestre ou ciclista atravessar o caminho será apenas uma fatalidade, jamais uma infração intencional... É trágico, mas é realidade! Valores? Que valores? O tempo curto do dia ainda é menor em função dos congestionamentos, então que saiam da frente! Dirigir um pedacinho na contramão é coisinha normal, ninguém está vendo mesmo. Ninguém parece ser contrário às regras do Código de Trânsito, mas elas não são para serem seguidas mesmo, a não ser que haja fiscalização...  Ah, aí sim! É uma pedra no meio do caminho. Cidadania é um estado de direito, mas, sobretudo de deveres, de respeito e de cuidado com o outro.

Permaneça como está!

Não sei se por indignação, revolta ou horror que estou a escrever sobre o que vi como um simples cidadão telespectador no dia de hoje transmitido pela televisão. Em pouco menos de cinco minutos foram realizadas duas sessões, uma na câmara federal e outra no senado federal, para aprovação dos mega-salários de deputados, senadores, presidente e toda corriola política do país. Na sessão, a palavra do presidente da câmara foi bem típica: Quem estiver a favor do aumento, permaneça como está! Ninguém se manifestou... Então a palavra final: Aprovado. E assim foi, meus amigos. Enquanto se busca desesperadamente a conquista de projetos importantes para o país nas mais diversas áreas e que se arrastam por anos no Congresso Nacional, quando por lá chegam, vivemos o infortúnio desses ‘desgraçados’ eleitos pelo povo que lá chegam para legislarem em causa própria... Assim não dá! Quando observo a presença de meia dúzia de gatos pingados numa bicicletada em nossa cidade, conscientizo-me que somos os próprios algozes de nosso atraso. Jamais será possível a conquista de algo com um simples olhar abstrato ao que nos rodeia, não existe ganho algum sem esforço da população. A passividade só é vantajosa para aqueles que lá estão em Brasília sugando nossas veias de trabalho e suor. Quem sabe um dia o povo acorda, talvez os gritos sejam baixos demais ou poucos demais para quem está em sono profundo!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Quanto mais ciclistas nas ruas, menos acidentes com carros!

Embora me baseie em um estudo realizado há dois anos pela University of New South Wales em Sidney, Austrália, , é na realidade uma pesquisa atualíssima pelos objetivos e fatos ora verificados no mundo inteiro. Parece paradoxal, mas o aumento no número de ciclistas circulantes nas ruas e avenidas de nossas cidades diminui sensivelmente a estatística de mortes e acidentes provocados por colisões entre veículos motorizados. Numa cidade que eleva em duas vezes o número de ciclistas, haverá redução de cerca de um terço de sinistros ocasionados por veículos automotores. Isto não se deve pela redução de carros, mas pelo comportamento a ser adquirido por motoristas que passam a observar mais atentamente o seu modo de dirigir quando estão mais ‘cercados’ de ciclistas e pedestres. Outro paradigma gerado é o maior incentivo para que mais motoristas deixem seus carros e passe a utilizar a bicicleta como transporte. Para os realizadores desse estudo, é importante que os governantes focalizem os benefícios da bicicleta em relação à saúde, meio ambiente e também ao lazer. A abordagem sistemática de requerer apenas a segurança para ciclistas funciona de maneira negativa e colabora não incentivando o aparecimento de novos ciclistas por uma razão muito simples: a criação do medo em toda a sociedade em torno da bicicleta.    

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mulheres ciclistas merecem respeito!

As mulheres que utilizam a bicicleta para o lazer ou trabalho estão sendo assediadas diariamente sob galanteios ridículos e grosseiros. A falta de respeito à mulher está além de nossas fronteiras, é verdade, mas exige que nossas autoridades de trânsito recebam instruções quanto à fiscalização também da cidadania. Já presenciei várias ciclistas que a caminho do trabalho em suas bicicletas são alvo de piadas macabras e descabidas. Os níveis de respeito e cortesia dirigidos às nossas cidadãs brasileiras em meio ao trânsito são cada vez mais vergonhosos. Em meio a essa situação, as mulheres que preferem seus automóveis alegam maior privacidade e isso tem suas razões sim nesse país machista e de indivíduos mal formados para a sociedade. Hoje, as mulheres estão sob olhares de rapina ou desdém, e somente as manifestações de reprovação pública e repressão da violência contra elas é que poderão transformar esse quadro. A admiração e elogio da beleza feminina precisam ser encarados como um direito que nós, homens, temos de observação, mas de modo particular e de discrição. A agressividade que muitas vezes encontro é relevante para desestimular a participação de mais mulheres no uso de bicicletas. Fica aqui minha indignação e apelo aos ciclistas que reivindiquem mais respeito às mulheres ciclistas.     

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Crianças não têm percepção correta de velocidade !

Pesquisadores da Royal Holloway University of London afirmaram em recente pesquisa que as crianças não conseguem avaliar com precisão a velocidade de veículos acima de 32.1 km/h (20mph). A acuidade de percepção foi realizada num grupo de mais de cem crianças em idade escolar primária revelando que o risco em travessias de ruas e avenidas é um fato preocupante quando não acompanhadas de um adulto. O indivíduo adulto consegue avaliar velocidades de até 80 km/h. Outro fator agravante é que o maior perigo está representado quando os veículos vêm no sentido contrário, isto torna uma criança ainda mais indefesa no trânsito. Cientistas sugerem também que a redução de velocidades nas ruas secundárias, onde mais transitam crianças, é fundamental para a diminuição de acidentes com atropelamentos. Dirigir por 1,5 km com velocidade de até 32 km/h versus até 48 km/h em áreas residenciais, só iria adicionar 60 segundos ao tempo total de viagem e reduziria significativamente as estatísticas em mortes de crianças no trânsito. O estudo foi publicado no  Psychological Science  e é parte de um projeto de estudos sociais mais amplos sobre fatores de acidentes no trânsito no Reino Unido.  Seria realmente importante que nossos gestores e técnicos brasileiros se voltassem para a proteção da vida humana e avaliassem seus projetos que apenas ampliam e investem em mais poderes ao automóvel.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Chefões do tráfego estão à solta!

Acompanhei atentamente os problemas vividos ultimamente no Rio de Janeiro em torno da violência gerada pelos narcotraficantes. Pude observar que o problema não está resolvido, mas uma tomada de decisões dos gestores públicos pode realizar milagres. Para isso é preciso coragem, pressão social, indignação pública e, sobretudo, admitir que o problema seja fato e necessita de atitude. Por que não se toma coragem para resolver o outro tráfico, o do trânsito? Mais de 37 mil de funerais por ano são realizados no país em decorrência das vítimas de ruas e estradas, inúmeros cidadãos vivem acuados ou presos em suas próprias celas motorizadas completamente imobilizados em engarrafamentos, 120 mil feridos são internados por ano de acordo com o Ministério da Saúde, milhões de brasileiros são reféns do transporte público caótico, inúmeros se viciam no automóvel a cada dia com o aval público, mas nada disso parece um problema às autoridades e, portanto, não merece atitude. Os projetos de mobilidade urbana são tímidos e míopes nos quatro cantos do país, pouco se faz, poucos têm coragem e muitos nem sabem o que significa a paz no trânsito. Mesmo assim, se quisessem fazer, a invasão de idéias e realizações aconteceria tal qual a do Rio, mas é preciso pressão, comoção, divulgação da verdade, indignação perante a inércia, participação popular. Os chefões do tráfego estão à solta. Somos cidadãos reféns à procura da libertação em nossas calçadas, em nossas avenidas, em nossas bicicletas!