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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Coragem, meu país, coragem!

Os ruídos dos motores sufocam as vozes denunciantes das indústrias que lhe convidam ao uso do automóvel e roubam seu espaço. Até mesmo o ar que você respira é roubado pelos mais diversos tipos de automotores, e olha que se não fosse o tal ‘catalisador’ a coisa seria ainda pior. A trajetória na história da humanidade mostra algumas curiosidades como, por exemplo, a invenção do automóvel, que revelam a grande farsa da indústria automobilística no mundo. O modelo escolhido pelo mundo capitalista que tenta adaptar as cidades aos automóveis é uma realidade em praticamente todo o planeta. O sistema de transporte público urbano é coisa que sempre está indo pro ‘beleléu’ graças às idéias geradas no século passado pelos norte-americanos Henry Ford e Harvey Firestone. O mundo inteiro hoje preconiza aquela aliança que desestruturou o uso de trens urbanos nos Estados Unidos e abriu estradas para a circulação de suas ‘criaturas motorizadas’. De maneira ímpar, uma das pouquíssimas cidades deste planeta, estou falando de Amsterdã, conseguiu através de um plebiscito em 1992 fazer com que o espaço de automóveis fosse reduzido em 50 % numa atitude corajosa que revelou os benefícios conseguidos com a inclusão da bicicleta na vida diária. Em 1995 foi a vez da cidade italiana de Florença proibir o uso de automóveis pelo centro da cidade. Na verdade, não foram atitudes simples de um povo, foram projetos organizados e de comprometimento com a qualidade de vida da população e muito diferentemente da idéia escravista norte-americana. Para os desavisados, o transporte público americano só existe para 4% de sua população contra a média de 25% (que já foi de 75% na metade do século passado) na grande maioria das cidades européias. Infelizmente, o que vemos é ‘louvação’ a motores poluentes e ruidosos no continente latino-americano em decorrência de uma cultura ‘copiadora’ e cega predominantes. Meus votos para que a nova presidente desse país enxergue a bicicleta como um veículo de transporte possível que não invade espaços nem polui o ar que todos respiramos, mas que não apenas veja... AJA!

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