Pesquisadores da Royal Holloway University of London afirmaram em recente pesquisa que as crianças não conseguem avaliar com precisão a velocidade de veículos acima de 32.1 km/h (20mph). A acuidade de percepção foi realizada num grupo de mais de cem crianças em idade escolar primária revelando que o risco em travessias de ruas e avenidas é um fato preocupante quando não acompanhadas de um adulto. O indivíduo adulto consegue avaliar velocidades de até 80 km/h . Outro fator agravante é que o maior perigo está representado quando os veículos vêm no sentido contrário, isto torna uma criança ainda mais indefesa no trânsito. Cientistas sugerem também que a redução de velocidades nas ruas secundárias, onde mais transitam crianças, é fundamental para a diminuição de acidentes com atropelamentos. Dirigir por 1,5 km com velocidade de até 32 km/h versus até 48 km/h em áreas residenciais, só iria adicionar 60 segundos ao tempo total de viagem e reduziria significativamente as estatísticas em mortes de crianças no trânsito. O estudo foi publicado no Psychological Science e é parte de um projeto de estudos sociais mais amplos sobre fatores de acidentes no trânsito no Reino Unido. Seria realmente importante que nossos gestores e técnicos brasileiros se voltassem para a proteção da vida humana e avaliassem seus projetos que apenas ampliam e investem em mais poderes ao automóvel.
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