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domingo, 29 de agosto de 2010

Carta aos futuros motoristas

Uma idéia apresentada pelo ECOURBANA há mais de um ano é digna de repasse aos leitores aqui do blog como forma de conscientização social. Segundo JP Amaral, sua intenção foi aproveitar o tempo ocioso dos mais diversos candidatos nas filas de Detrans e Auto-escolas de São Paulo para apresentar um panfleto denominado "Carta ao futuro motorista". Para os interessados em divulgar essa informação, apresento aqui o modelo da carta distribuída que apresenta o seguinte teor:

Caro(a) futuro(a) motorista,

Você está prestes a se tornar mais um entre os mais de 100 mil motoristas habilitados anualmente e, se adquirir um carro, mais um entre os 3,5 milhões automóveis que circulam pela cidade de São Paulo todos os dias – Boa sorte!
Nesta trajetória para obter uma carteira de habilitação é bem provável que você não tenha ouvido falar sobre os cuidados que os motoristas devem ter com os ciclistas no trânsito. Para isso, dispomos aqui algumas informações para compartilharmos o trânsito com segurança e respeito:
1- A bicicleta é um veículo previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
2- A circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nas beiras das vias, no mesmo sentido de circulação, com preferência sobre os veículos automotores. (art. 58, CTB).
3- Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas (art. 38, CTB), sempre sinalizando com seta.
4- Ao ultrapassar uma bicicleta, reduza a velocidade (art. 220, CTB) e mantenha distância lateral de 1,5 m (art. 201, CTB).
5- O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres (art. 68, CTB).
Se um dia estiver apressado no trânsito, pense na seguinte questão: sua pressa vale uma vida?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

As mulheres e os grupos de passeios ciclísticos

Percebe-se claramente que existe certa relutância por parte das mulheres em geral quando o assunto é a bicicleta. Poucos compreendem essa realidade que é peculiar do público feminino. As mulheres estão cada vez mais adeptas em virtude de certos detalhes que passam até despercebidos, mas muito importantes poder aqui relatar. Desde que sua utilização não seja para o trabalho necessário, a mulher enfrenta resistências para o lazer, passeio e esporte. Dentre muitos fatores só conhecidos por ela, acredito que muitas razões podem ser compreendidas. Para elas é de suma importância que a socialização com os grupos de passeios aconteça de forma sólida e confiável, bem como regado de planejamento e respeito. Ficar para trás no grupo de vários ciclistas é algo decepcionante para elas e para qualquer um na verdade. O ambiente precisa ser favorável e uniforme. As metas do passeio precisam ser conhecidas e planejadas sem surpresas. A participação de um de seus amigos de confiança se torna um convite irrecusável. A presença de outras mulheres ciclistas é muito importante para o diálogo e troca de experiência que só elas conhecem bem. A segurança é item fundamental que precisa ficar bem explícito sobre condições de estrada e trânsito do percurso. A obediência por parte de todos quanto às regras estabelecidas no trajeto garante mais confiabilidade às mulheres. Os exibicionistas de plantão não agradam mulheres, portanto os ‘palhacinhos’ precisam ser desviados para o circo mais próximo. A presença de alguém que resolva panes mecânicas é relevante para todas elas. A inclusão de mulheres é cada vez maior quando existe um comando no grupo que é democrático e respeitado por todos. Muitas outras questões poderiam aqui ser incluídas para o entendimento do ponto de vista delas, entretanto vejo com grande admiração o aumento cada vez maior da beleza feminina nos passeios com bicicletas. Quando isso ocorre é um bom sinal de amadurecimento dos diversos grupos ciclísticos por trilhas e passeios, afinal esse é o termômetro de grupos saudáveis e maduros.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Acompanhe as emissões de carbono no mundo

Esse mapa simula a contagem(*) de emissão de carbono, nascimentos e mortes em todo mundo. Ao entrar nesse Link você poderá acompanhar passando o mouse sobre a região desejada. Nesse instante de meu acesso o Brasil, por exemplo, registra:

População: 203.987.214 habitantes
Uma pessoa nasce a cada 8,6 segundos
Uma pessoa morre a cada 25,3 segundos
CO2 emitidos por pessoa/ano : 1,8 toneladas

*Os dados são estimativas

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Renuncie à violência no trânsito!

Quem enfrenta o trânsito diariamente em qualquer parte do mundo sabe que não é fácil lidar com a diversidade de temperamentos dos condutores de automóveis e motocicletas. Facilmente encontramos casos divulgados na mídia sobre atritos, e até mesmo homicídios, gerados por discussões fúteis e intempestivas por causa do trânsito. A violência está adormecida em cada um de nós e uma pequena fagulha na hora errada pode levar a uma explosão bestial de comportamento tolo, inútil e impensado. O ciclista, por sua fragilidade, é vítima constante de empurra-empurra para fora do circuito dos motores que se acham donos exclusivos das vias urbanas. O pedestre também é vitima sim, mas ainda lhe resta a calçada como refúgio. A bicicleta tem que enfrentar e pronto! Afora os acidentes passíveis, ainda estamos sujeitos à conduta desrespeitosa e amoral dos condutores em suas armaduras modernas. A descarga dos frustrados pós-modernistas se dá através de simples buzinadelas, gestos obscenos, insultos ou palavrões. Podemos lidar de diferentes formas, inclusive a indiferença, mas isso exige um estado de espírito treinado para enfrentar essas situações. Quando a situação se dá em pleno movimento é muito mais fácil abster-se do confronto, embora o sentimento de indignação seja notavelmente mais amargo. Entretanto, quando tudo gira em torno do trânsito parado é melhor estar preparado para o pior e respirar fundo antes de qualquer palavra ou atitude. Tratá-los com silêncio ou com respostas frias ainda é a melhor saída. No silêncio ou com respostas tranqüilas eles se sentem tolos porque estão à procura de conflito e se não lhe dermos a energia que precisam serão fatalmente desarmados. Se estiverem com raiva, certamente não vão admitir que você tem razão. E tem mais, sua integridade física deve estar em primeiro lugar. Afinal quem você pensa que é para consertar o mundo....num dá né!? Uma discussão boba só vai lhe trazer mais frustração. Portanto, deixe-o levar para longe toda aquela raiva e angústia. Fique com uma simples indignação que será bem melhor de cura! Ahhh... se você for o errado nessa história do trânsito, levante sua mão e reconheça seu erro com um pedido de desculpas. Tudo isso tem dois motivos: é bom para seu ego e vai deixá-lo longe das páginas policiais.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dromocracia

Um dos maiores mestres em torno do assunto se chama Paul Virilio. O Filósofo e Urbanista francês tem sido a voz cética em disseminar os efeitos da velocidade, num mundo onde o cidadão é objeto de um constante bombardeio informacional e des-informacional. Dromologia, termo utilizado pelo autor, que o mesmo define como o estudo da velocidade. Dromo, do grego, corrida. Portanto a lógica da corrida. Ou seja, para Virilio foi a entrada no mundo do equivalente-velocidade ao equivalente-riqueza. Para ele, a idéia de velocidade está presente em todos os espíritos e a sua utilização constitui uma espécie de tentação permanente. Considerando em si a velocidade como uma necessidade e a pressa como uma virtude. Essa velocidade exacerbada, própria a uma minoria, não tem e nem busca sentido. Serve à competitividade desabrida, coisa que ninguém sabe para o que realmente serve de um ponto de vista moral ou social. Segundo Virilio, a cidade sempre foi uma caixa de velocidades. A organização das cidades são as ruas. Na Grécia eles não dizem uma rua dizem “uma corrida” ( dromos ). De certa forma, quando analisamos o pensamento de Virilio temos algumas respostas para a idolatria de carros cada vez mais potentes e velozes, pois a velocidade nunca foi distribuída uniformemente, mas sempre funcionou sob a forma de uma hierarquia, de modo que os setores mais poderosos da sociedade são aqueles que se movem em velocidades mais rápidas, enquanto os setores menos poderosos são aqueles que se movem em velocidades mais baixas, por exemplo, a bicicleta. Agora, vamos pensar um pouco! Nas grandes metrópoles será que é possível a utilização da velocidade pelos automóveis? Não seria a bicicleta mais veloz em seu sentido mais adequado? E o que existe no espírito da sociedade seria velocidade e/ou pressa? Essas questões filosóficas apenas me deixam a certeza que o homem moderno se nutre da pura ilusão midiática!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Por que gosto de pedalar! #1

Muito provavelmente voltarei neste assunto em outras oportunidades. No fundo, esse texto simples está mais voltado aos que ainda não descobriram a bicicleta, pois ela sempre me trouxe alegrias ao longo da vida. Quando a observo em momentos de pura reflexão, vejo-a frágil, porém brava! Esse pequeno veículo é, para mim, uma máquina em muitas. É meu melhor amuleto, minha melhor máquina para ginástica, meu teletransporte para alegria, minha companheira de bate-papo, meu brinquedo de criança, meu jogo de quebra-cabeça predileto! Tem pontos negativos? Tem. É facilmente alvo de ladrões, não tem capacidade para muita carga, não é muito fácil pedalar no período de chuva, é muito lenta (e pra que pressa?), alguns acham que é um veículo perigoso, outros acham que é coisa de maluco... Bom, mas ela tem vantagens que superam, e em muito, tudo isso. Bicicleta não passa pelos constrangimentos de engarrafamentos, consegue se enfiar por lugares aonde carros e motos nem se atrevem, é econômica, não polui o meio ambiente, ajuda a manter a saúde. Mas tudo isso ainda não representa o principal. Ela me aproxima do mundo, das pessoas, da natureza e, por que não dizer, de mim mesmo! Os diversos espectros da sociedade são bem mais perceptíveis quando estou pedalando, as diferenças de um local para outro são mais bem observadas em suas variadas nuances e tudo se vê com mais detalhes. O uso da bicicleta não me diferencia de outras pessoas, mas me assemelha com as mais simples e mais valorosas em seu real sentido. A liberdade quando pedalo é meu maior tributo, meu grande troféu e meu melhor pódio. Quando recebo convites para participar de grupos de ciclistas, quase nunca isso me seduz! De certa forma, isso me tira um pouco o sentido de minha relação com a bike. Na maior parte pedalo sozinho ou com, no máximo, dois ou três amigos. Muitos grupinhos de ciclistas se reúnem para harmonia, um bom papo e diversão. Outros, porém, põem um sentido competitivo no passeio. E aí não faz parte do meu objetivo. Quando estou só, consigo sentir mais a pedalada, se é que me entendem! Embora, vez por outra, é muito interessante participar de pedaladas em grupos! Sempre aprendemos no conjunto com outras pessoas e nos variados comportamentos humanos também. O que diferencia pedalar uma bicicleta e dirigir um carro é o cérebro. No carro estou sempre preocupado nos problemas da própria vida com seus boletos bancários, com as decisões a tomar no trabalho ou com a organização do lar... Pedalando, por incrível que pareça, isso não passa pela cabeça! O mundo vira uma poesia de passado, presente e futuro. Não me passa medo de cair, machucar-se ou morrer. O que me passa é que estou a viver! Se algo quebrar ou pneu furar, a paciência sem estresse há de me encontrar sempre. Hoje sei que a bicicleta é parte de mim. Em alguns momentos da vida nos distanciamos um pouco pelas atividades do trabalho ou por algumas situações de saúde, mas sempre nos reencontramos em seguida com grande alegria. É uma maravilha pedalar!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Chuveiros já!

Talvez poucos entendam minha atenção em defesa por instalações de banheiros dotados com chuveiros para os mais diversos trabalhadores neste município situado a 5°11’de latitude sul. É uma verdadeira tormenta a pouca umidade do ar e o calor que gira em torno dos 33°C a 36°C nos quatro cantos desta cidade no período que vai de julho a janeiro. Grandes indústrias dispõem de uma melhor estrutura com banheiros e chuveiros que amenizam o suor dos que se deslocam em suas bicicletas, embora não seja uma regalia mas sim uma imposição legal que garante asseio e bem-estar antes e após a jornada de trabalho. Acredito que se essa opção fosse estendida aos demais setores do comércio em geral, muito mais pessoas se propusessem a realizar seu trajeto de bicicleta para o trabalho. Outra deficiência, claro, é a ausência de lugar seguro para guardar a bicicleta. Essas duas atitudes já seriam suficientes para o incremento no número de trabalhadores ciclistas e, consequentemente, o aumento de pessoas em bicicletas pode interferir numa tomada de decisões por parte dos gestores municipais na melhoria estrutural de pavimentação e trânsito. Afinal, nesse país, os políticos só trabalham sob pressão para rever seus conceitos! No mercado americano existem produtos semelhantes a um ‘banho francês’ que eliminam odores e tal, mas por aqui isso seria uma grande piada devido à sua ineficácia diante de tanto calor. Um banho antes do início das atividades no trabalho é fundamental para quem pedala por um longo trajeto sob sol forte. Um bom banho traz conforto, disposição e higiene em seus afazeres. Pequenas atitudes podem ajudar na saúde e qualidade de vida dos cidadãos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Câmera no guidão e bicicleta no pedal

Se você é um daqueles entusiastas de foto e vídeo e adora pedalar, acho que tenho uma boa idéia para que você possa conciliar as duas coisas. No site da Photojojo há uma matéria em inglês muito interessante para você montar sua câmera ao guidão da bicicleta de maneira fácil e barata, melhor ainda é que se torna facilmente removível. Ainda não testei, mas caso alguém queira se habilitar antes deixo aqui as pequenas dicas. Se você encontrar dificuldades na minha ilustração, sugiro que consulte o link acima. Bem, a primeira coisa é obter o material que irá precisar na montagem conforme os itens da primeira foto: sua câmera, um alicate, uma chave de fenda, um parafuso e porca com bitola compatível à sua câmera, uma arruela de metal, duas anilhas de borracha, uma porca tipo borboleta, uma abraçadeira de plástico, um pedaço de borracha que servirá como calço e seu cérebro.
Em seguida, monte a abraçadeira no guidão e use a tira de borracha para melhor ajuste necessário.
Faça o encaixe do parafuso conforme a foto.
Ponha a anilha de borracha, a arruela e depois aperte o conjunto com a porca utilizando seu alicate.
Nesse momento, utilize a porca borboleta com as asas para baixo e use a última anilha de borracha.
Pegue sua câmera e encaixe-a na rosca situada no lado inferior, e pronto!
Agora é sair pedalando e filmando com as mãos livres para seu maior conforto. Veja também o pequeno filme dessa aventura em ação lá no site!



terça-feira, 10 de agosto de 2010

Responsabilidades do ciclista

Nem seria necessário avisar sobre as regras presentes no Código de Trânsito Brasileiro para se ter idéia do que deve ser respeitado pelo ciclista. Embora se reconheça as más condições e planejamento de ruas e avenidas do país, isso não deve ser motivo para que haja tanto desrespeito aos demais usuários do trânsito. O que se observa regularmente é o comportamento relapso de uma grande maioria dos usuários de bicicleta em circulação nos diversos pontos aqui da cidade. Essas atitudes influenciam negativamente a opinião pública em geral e acaba se estendendo para todos os outros. Muito pouco, ou quase nada, se faz para que se reverta essa situação. Não é difícil encontrar motoristas e até pedestres que se acham incomodados com os ciclistas oportunistas do trânsito livre, muitos se acham acima da lei ou esquecidos por ela. Não é bem assim! Seria interessante que se criasse uma logística com um projeto de mais atenção ao ciclista que abrangessem os mais diversos setores envolvidos no trânsito: câmara municipal, gerência de trânsito e toda a rede de peças e serviços, pois todos são responsáveis. Antes disso, muito bom seria o reconhecimento do que é moral e não apenas legal. Em Londres, por exemplo, o governo e a rede de comércio de bikes se unem na criação de cursos voltados ao respeito para circulação por vias e avenidas da cidade. Veja algumas das irregularidades que são passíveis de punição com multa por lá: Ultrapassar sinal vermelho, circular após ter ingerido bebida alcoólica, circular sobre calçadas, circular pela contramão, ultrapassar o limite de velocidade, circular ouvindo mp3 ou atendendo celular, participar de ‘racha’ em bicicletas, etc. Então, muito do que se vê por aqui não está nem no plano legal, mas todos deveriam considerá-los, pelo menos, no seu plano moral de respeito a si e aos outros.

sábado, 7 de agosto de 2010

Draisiennes futuristas

Desde 1816, quando o alemão Karl Friedrich Drais projetou a primeira bicicleta com um sistema de freio e direção, a bicicleta tem sofrido poucas inovações em seu design que representem relevância no seu uso cotidiano. De certa forma, ela tem se renovado pelo mundo afora com modelos estilizados e modernos, diferentemente do Brasil que nada de inovador trouxe a esse conceito futurista. Embora esses modelos encham nossos olhos, são protótipos criados por diversos designers que contribuem para uma visão futurista de nossas bikes. Vale a pena conferir esses dez notáveis projetos, escolha sua preferida:

ANIMAL, de Alex Suvage : Inspiração barroca construída em fibra de carbono e titânio em seu chassi e rodas.

ORYX, de Harald Cramer : Design inovador feita em fibra de carbono numa única estrutura de assento, quadro, suspensão e guidon. Maravilha!


WILD BUFALLO, de Jason Su : Tradicional e novo se misturam com estrutura única do quadro em largos tubos de alumínio, selim em balanço e garfos de peça única instalados em lados opostos.


DAVID LARSSON : Construída para uso diário, ela possui peças fortes com suspensão em molas e freios a disco.
RED, de James Thomas: O seu quadro vermelho é de uma só peça.



FERRARI : A construtora Ferrari desenvolveu um projeto integrado em que todas as partes da bike se fundem com selim suspenso, pedaleiras retas, eixo traseiro ligado ao quadro e as cores fortes da Ferrari.


IZZY : Toda em plástico, selim reto e sem tubos de encaixe, garfo dianteiro fixo no quadro.

TONG CITY, de Rudi Moosmeier: Desenvolvido na China, é um modelo com iluminação por leds embutidos no quadro em forma de U deitado e projetada para andar durante a noite, suspensão traseira tipo pró-link com transmissão por correias.

NULLA, de Bradford Waugh: Um novo conceito minimalista, muito atraente, quadro em V deitado com um selim em sua ponta, roda presa fora do eixo central e num sistema deslizante tipo roldana. No mínimo, muito estranha!
POLYGON, de Reindy Alendra: Bela e moderna em seus conceitos é uma bicicleta com quadro curvo, e ainda tem um Ipod que recarrega ao pedalar. Fantástica! Nessa eu adoraria pedalar!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pára-lamas para quê?

Muitos acessórios que eram comuns a qualquer bicicleta estão em desuso, e isto porque são muitas vezes confundidos como algo retrógrado ou estão muito além dos padrões de design estético. As bicicletas esportivas, MTB ou Speed, tomam cada vez mais espaço entre os usuários urbanos e empurram as clássicas bicicletas de passeio ao plano inferior. Originalmente as bicicletas se tornaram atraentes e charmosas por seus acessórios chamativos e reluzentes. Os diversos penduricalhos eram usados como forma de atrair mais mercado. E assim está desaparecendo o protetor para correntes, retrovisores, a cestinha, o selim grande e macio, a buzina ‘trim’, e também o pára-lama. O uso urbano de bicicletas MTB está em alta, e aquelas peças úteis estão em baixa. Engraçado como a bicicleta se diferencia nesse aspecto. Carros e motocicletas esportivas não abandonam seus principais acessórios e, ao contrário, aperfeiçoam o ‘design’ para a utilidade necessária. Já as bicicletas estão cada vez mais peladas ou, de modo mais estilizável, estão mais ‘naked’. Sou fã de acessórios que são úteis. Outro dia vi uma ‘speed’ com pára-lamas, achei-a lindíssima! Tenho apenas um dos pára-lamas em minha bicicleta, pois o dianteiro não se tornou adequado devido ao tipo do garfo. Além de sua utilidade, encaro essa peça como um diferencial entre tantas outras nos casos de um furto, por exemplo. Cito aqui algumas das vantagens que encontro para o uso de pára-lamas: Não prejudica desempenho, prolonga a vida útil de vários componentes da bike (coroa, corrente, catraca, cubos), evita o incômodo de contato com sujeiras ou lama em roupas e no próprio quadro, conforme o tipo da peça reduz sensivelmente a freqüência de lubrificação de corrente, em tempos de chuva são eficazes em evitar aquela ‘lameação’ nas costas... Uma orientação é mantê-los sempre bem fixados ao conjunto a fim de evitar barulhos enfadonhos.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Conversa de pedestre!

Participávamos de uma conversa informal sobre trânsito, condutores desinformados, direitos de pedestres e eis que ao nosso lado estava um sujeito em silêncio, ouvia tudo, mas nenhum interesse demonstrava pelo assunto. Pela sua postura, pensei tratar-se de mais um daqueles arrogantes chefes de setor público que ali nos espreitava com seu nariz empinado e antena ligada. No fundo, só eu não tinha conhecimento sobre a identidade de tal triste criatura e somente a descobri depois de sua retirada intempestiva numa típica atitude dos sobreviventes das cavernas! Naquela conversa, todos estavam conversando de modo educado e sintonizado acerca das barbaridades cometidas por condutores de automóveis e motocicletas nesse trânsito maluco que hoje vivemos. Lembramos da falta de paciência, da ausência de gentilezas, da violência em torno de coisas levianas no trânsito, da falta de respeito e solidariedade, desrespeito aos ciclistas, etc e tal. De modo súbito, o indivíduo salta de lá em sua abominável arrogância e vomita a seguinte frase: “Pedestre é muito folgado”... Peraí, respondi, ôô cidadão explica isso melhor! ... Responde ele: “Pedestre precisa aprender a solicitar travessia aos motoristas quando estiver cruzando a faixa de pedestre, tem que pedir!”... Olha, respirei fundo para evitar chamá-lo de imbecil ou algo semelhante, e retruquei: Cidadão, você precisa ler, aprender e entender o Código de Trânsito Brasileiro em seus artigos 69, 70 e 214. Aliás, será melhor estudar tudo. Algo que você certamente nunca tomou conhecimento! Outra coisa camarada, todo condutor deve manter-se atento, principalmente ao se aproximar dessas faixas, entenda que a preferência é do pedestre. O indivíduo ruborizou-se, dilatou suas pupilas, e antes de se retirar falou: “Eu já li, sou motorista oficial dessa repartição pública há mais de vinte anos na cidade de Natal”. Outros dois também motoristas oficiais comentaram após a ausência do tosco individuo: “Imaginem quantos andam à solta e pensam dessa maneira.” Pois é, quantos assim circulam com o pensamento em guerra aos mais fracos, um indivíduo sem nenhuma capacidade intelectual ou mental para permanecer atrás de um volante... Vale ressaltar que a legislação prevê que os condutores de veículos parem antes da faixa quando há pedestre, mesmo que ele não estenda a mão solicitando passagem. No caso de desrespeito ao pedestre o motorista será punido com multa gravíssima e a perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Agora convenhamos, o tal sujeito passa o dia dentro de um automóvel e se sente a própria lata-velha.