Guias

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

SEJA CICLOFELIZ EM 2011 !

O novo ano se aproxima e com ele renovamos desejos, sonhos, esperanças e planos. O ano que termina foi de muitas alegrias para mim e agradecendo por tudo quero que você não apague a luz da perseverança em seus objetivos. Aproveite esse momento de novo ciclo e trace suas metas, aproveite mais a vida de bicicleta. Viaje, passeie, brinque e se divirta mais em sua nova bicicleta ou naquela que ainda está ali encostada no cantinho esperando sua decisão. A bicicleta transforma seu corpo e sua mente, encare isso como uma meta simples e eficaz! Participe com seus amigos da bike, seja mais esportivo e tolerante, viva a vida sem ilusões mas com sonhos que podem se tornar realidade! Seja muito mais feliz em 2011, esse é o desejo do 'BICICLETA EM LEITURAS' para você.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Então é Natal !

MEUS SINCEROS VOTOS DE UM NATAL REPLETO DE AMOR E PAZ PARA TODOS E EM TODOS OS LUGARES DESTE PLANETA ! AGRADEÇAM POR SEUS SORRISOS, SEUS BEIJOS, SEUS PRESENTES, SEUS AMORES, SEUS AMIGOS, SEUS PARENTES E PELA PAZ EM SEUS LARES. NESTE NATAL DÊ UM PRESENTE DE PAZ ÀS NOSSAS CRIANÇAS!


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Coragem, meu país, coragem!

Os ruídos dos motores sufocam as vozes denunciantes das indústrias que lhe convidam ao uso do automóvel e roubam seu espaço. Até mesmo o ar que você respira é roubado pelos mais diversos tipos de automotores, e olha que se não fosse o tal ‘catalisador’ a coisa seria ainda pior. A trajetória na história da humanidade mostra algumas curiosidades como, por exemplo, a invenção do automóvel, que revelam a grande farsa da indústria automobilística no mundo. O modelo escolhido pelo mundo capitalista que tenta adaptar as cidades aos automóveis é uma realidade em praticamente todo o planeta. O sistema de transporte público urbano é coisa que sempre está indo pro ‘beleléu’ graças às idéias geradas no século passado pelos norte-americanos Henry Ford e Harvey Firestone. O mundo inteiro hoje preconiza aquela aliança que desestruturou o uso de trens urbanos nos Estados Unidos e abriu estradas para a circulação de suas ‘criaturas motorizadas’. De maneira ímpar, uma das pouquíssimas cidades deste planeta, estou falando de Amsterdã, conseguiu através de um plebiscito em 1992 fazer com que o espaço de automóveis fosse reduzido em 50 % numa atitude corajosa que revelou os benefícios conseguidos com a inclusão da bicicleta na vida diária. Em 1995 foi a vez da cidade italiana de Florença proibir o uso de automóveis pelo centro da cidade. Na verdade, não foram atitudes simples de um povo, foram projetos organizados e de comprometimento com a qualidade de vida da população e muito diferentemente da idéia escravista norte-americana. Para os desavisados, o transporte público americano só existe para 4% de sua população contra a média de 25% (que já foi de 75% na metade do século passado) na grande maioria das cidades européias. Infelizmente, o que vemos é ‘louvação’ a motores poluentes e ruidosos no continente latino-americano em decorrência de uma cultura ‘copiadora’ e cega predominantes. Meus votos para que a nova presidente desse país enxergue a bicicleta como um veículo de transporte possível que não invade espaços nem polui o ar que todos respiramos, mas que não apenas veja... AJA!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Mobilidade Insustentável


A colega, Sônia Soares, conhecida desde a  época do curso de especialização me encaminhou este comentário sobre um artigo do IPEA . O artigo é para ser lido por todos aqueles que de um modo ou de outro se preocupam com a sistemática de locomoção no futuro desse país. O artigo na íntegra pode ser lido AQUI  em PDF. Eis o texto resumido do que me foi encaminhado:
O percentual da população que usa automóveis ou motocicletas para se deslocar aumentou de 45,2% em 2008 para 47%, em 2009. Mesmo assim, quase metade da população ainda depende do transporte público, por não ter alternativa de transporte. Os dados foram divulgados no dia 14/12, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseados em estudos da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
O número de automóveis na área urbana é o dobro do da área rural, onde é maior o número de motocicletas, segundo o estudo. Os veículos de duas rodas estão presentes em cerca de 15% dos lares, com tendência a crescer, levando em conta os preços mais baixos das motocicletas.
Os domicílios da área urbana que têm carro somam 16,5 milhões, motocicletas 4,073 milhões e os lares que têm ambos os veículos são 3,2 milhões. Cerca de 25,9 milhões de residências ainda não têm quaisquer tipos de veículos. Na zona rural, 1,489 milhão de residências têm carro, 1,566 milhão têm motos e 570 mil têm carro e moto. Além disso, 5,123 milhões de lares não dispõem de qualquer tipo de veículo.
O Ipea destaca que a posse de veículos ocorre até mesmo nas camadas mais baixas da população. Na faixa de pobreza extrema, com renda de até um quarto do salário mínimo per capita, 17,7% das famílias têm carro ou motocicleta. Nas casas onde a renda é de até meio salário mínimo per capita cerca de 23% das famílias já têm veículos próprios.
As políticas para aumentar a renda da população mais pobre, segundo avaliação do Ipea, deverão provocar o aumento da aquisição de automóveis nos próximos anos. A posse de veículos é maior no país, proporcionalmente entre a população, em Santa Catarina, no Paraná, no Distrito Federal (DF) e em São Paulo. Em Santa Catarina, cerca de 70% das residências têm algum tipo de veículo. No Paraná 61,7%; no DF, 59,7% e em São Paulo, 59,1%. Em Santa Catarina, 28,5% das residências não dispõem de automóvel ou moto, no Paraná, 38,3%; no DF, 40,3% e em São Paulo, 40,9%.
A maioria dos trabalhadores brasileiros (68%) na área urbana ou rural gasta menos de 30 minutos para ir de casa ao trabalho, independentemente da forma de locomoção. Cerca de 10% da população gasta mais de uma hora nesse percurso. O tempo médio de percurso da residência ao trabalho, segundo o Ipea, mostra que a maior parte dos brasileiros prefere procurar trabalho próximo às suas moradias.
O Ipea considera que a taxa de motorização da população tende a crescer, gerando engarrafamentos e complicações no trânsito. Para o instituto, será necessário que os governos façam investimentos para melhoria da infraestrutura nas próximas décadas para minimizar o problema.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cidadania, para onde?

O desejo de compartilhar um trânsito ordenado, tranqüilo e em paz é algo em comum para pessoas de bem. Transitar deveria ser antes de tudo, um exercício de respeito e expressão solidária, mas não é. Os interesses egoístas de cada um em seus veículos são uma realidade na maioria esmagadora dos mais de cinco mil municípios do país. A falta de cidadania é um fato constatado pelas autoridades de fiscalização do trânsito. A mídia revela isso diariamente também. Os mais frágeis que circulam por ruas e avenidas são vítimas potenciais desse descalabro gesto dos infratores no trânsito. A transgressão de regras e normas parece ser algo comum para a maioria que trafega. Aguardar a vez ou permitir alguma manobra de outros que se também se deslocam já parece ser inaceitável para quem está ao volante sobre seus motores poluidores. Perdeu-se o bom senso! Avançar preferenciais, cortar semáforos, abusar da velocidade é coisa banal. Se algum pedestre ou ciclista atravessar o caminho será apenas uma fatalidade, jamais uma infração intencional... É trágico, mas é realidade! Valores? Que valores? O tempo curto do dia ainda é menor em função dos congestionamentos, então que saiam da frente! Dirigir um pedacinho na contramão é coisinha normal, ninguém está vendo mesmo. Ninguém parece ser contrário às regras do Código de Trânsito, mas elas não são para serem seguidas mesmo, a não ser que haja fiscalização...  Ah, aí sim! É uma pedra no meio do caminho. Cidadania é um estado de direito, mas, sobretudo de deveres, de respeito e de cuidado com o outro.

Permaneça como está!

Não sei se por indignação, revolta ou horror que estou a escrever sobre o que vi como um simples cidadão telespectador no dia de hoje transmitido pela televisão. Em pouco menos de cinco minutos foram realizadas duas sessões, uma na câmara federal e outra no senado federal, para aprovação dos mega-salários de deputados, senadores, presidente e toda corriola política do país. Na sessão, a palavra do presidente da câmara foi bem típica: Quem estiver a favor do aumento, permaneça como está! Ninguém se manifestou... Então a palavra final: Aprovado. E assim foi, meus amigos. Enquanto se busca desesperadamente a conquista de projetos importantes para o país nas mais diversas áreas e que se arrastam por anos no Congresso Nacional, quando por lá chegam, vivemos o infortúnio desses ‘desgraçados’ eleitos pelo povo que lá chegam para legislarem em causa própria... Assim não dá! Quando observo a presença de meia dúzia de gatos pingados numa bicicletada em nossa cidade, conscientizo-me que somos os próprios algozes de nosso atraso. Jamais será possível a conquista de algo com um simples olhar abstrato ao que nos rodeia, não existe ganho algum sem esforço da população. A passividade só é vantajosa para aqueles que lá estão em Brasília sugando nossas veias de trabalho e suor. Quem sabe um dia o povo acorda, talvez os gritos sejam baixos demais ou poucos demais para quem está em sono profundo!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Quanto mais ciclistas nas ruas, menos acidentes com carros!

Embora me baseie em um estudo realizado há dois anos pela University of New South Wales em Sidney, Austrália, , é na realidade uma pesquisa atualíssima pelos objetivos e fatos ora verificados no mundo inteiro. Parece paradoxal, mas o aumento no número de ciclistas circulantes nas ruas e avenidas de nossas cidades diminui sensivelmente a estatística de mortes e acidentes provocados por colisões entre veículos motorizados. Numa cidade que eleva em duas vezes o número de ciclistas, haverá redução de cerca de um terço de sinistros ocasionados por veículos automotores. Isto não se deve pela redução de carros, mas pelo comportamento a ser adquirido por motoristas que passam a observar mais atentamente o seu modo de dirigir quando estão mais ‘cercados’ de ciclistas e pedestres. Outro paradigma gerado é o maior incentivo para que mais motoristas deixem seus carros e passe a utilizar a bicicleta como transporte. Para os realizadores desse estudo, é importante que os governantes focalizem os benefícios da bicicleta em relação à saúde, meio ambiente e também ao lazer. A abordagem sistemática de requerer apenas a segurança para ciclistas funciona de maneira negativa e colabora não incentivando o aparecimento de novos ciclistas por uma razão muito simples: a criação do medo em toda a sociedade em torno da bicicleta.    

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mulheres ciclistas merecem respeito!

As mulheres que utilizam a bicicleta para o lazer ou trabalho estão sendo assediadas diariamente sob galanteios ridículos e grosseiros. A falta de respeito à mulher está além de nossas fronteiras, é verdade, mas exige que nossas autoridades de trânsito recebam instruções quanto à fiscalização também da cidadania. Já presenciei várias ciclistas que a caminho do trabalho em suas bicicletas são alvo de piadas macabras e descabidas. Os níveis de respeito e cortesia dirigidos às nossas cidadãs brasileiras em meio ao trânsito são cada vez mais vergonhosos. Em meio a essa situação, as mulheres que preferem seus automóveis alegam maior privacidade e isso tem suas razões sim nesse país machista e de indivíduos mal formados para a sociedade. Hoje, as mulheres estão sob olhares de rapina ou desdém, e somente as manifestações de reprovação pública e repressão da violência contra elas é que poderão transformar esse quadro. A admiração e elogio da beleza feminina precisam ser encarados como um direito que nós, homens, temos de observação, mas de modo particular e de discrição. A agressividade que muitas vezes encontro é relevante para desestimular a participação de mais mulheres no uso de bicicletas. Fica aqui minha indignação e apelo aos ciclistas que reivindiquem mais respeito às mulheres ciclistas.     

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Crianças não têm percepção correta de velocidade !

Pesquisadores da Royal Holloway University of London afirmaram em recente pesquisa que as crianças não conseguem avaliar com precisão a velocidade de veículos acima de 32.1 km/h (20mph). A acuidade de percepção foi realizada num grupo de mais de cem crianças em idade escolar primária revelando que o risco em travessias de ruas e avenidas é um fato preocupante quando não acompanhadas de um adulto. O indivíduo adulto consegue avaliar velocidades de até 80 km/h. Outro fator agravante é que o maior perigo está representado quando os veículos vêm no sentido contrário, isto torna uma criança ainda mais indefesa no trânsito. Cientistas sugerem também que a redução de velocidades nas ruas secundárias, onde mais transitam crianças, é fundamental para a diminuição de acidentes com atropelamentos. Dirigir por 1,5 km com velocidade de até 32 km/h versus até 48 km/h em áreas residenciais, só iria adicionar 60 segundos ao tempo total de viagem e reduziria significativamente as estatísticas em mortes de crianças no trânsito. O estudo foi publicado no  Psychological Science  e é parte de um projeto de estudos sociais mais amplos sobre fatores de acidentes no trânsito no Reino Unido.  Seria realmente importante que nossos gestores e técnicos brasileiros se voltassem para a proteção da vida humana e avaliassem seus projetos que apenas ampliam e investem em mais poderes ao automóvel.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Chefões do tráfego estão à solta!

Acompanhei atentamente os problemas vividos ultimamente no Rio de Janeiro em torno da violência gerada pelos narcotraficantes. Pude observar que o problema não está resolvido, mas uma tomada de decisões dos gestores públicos pode realizar milagres. Para isso é preciso coragem, pressão social, indignação pública e, sobretudo, admitir que o problema seja fato e necessita de atitude. Por que não se toma coragem para resolver o outro tráfico, o do trânsito? Mais de 37 mil de funerais por ano são realizados no país em decorrência das vítimas de ruas e estradas, inúmeros cidadãos vivem acuados ou presos em suas próprias celas motorizadas completamente imobilizados em engarrafamentos, 120 mil feridos são internados por ano de acordo com o Ministério da Saúde, milhões de brasileiros são reféns do transporte público caótico, inúmeros se viciam no automóvel a cada dia com o aval público, mas nada disso parece um problema às autoridades e, portanto, não merece atitude. Os projetos de mobilidade urbana são tímidos e míopes nos quatro cantos do país, pouco se faz, poucos têm coragem e muitos nem sabem o que significa a paz no trânsito. Mesmo assim, se quisessem fazer, a invasão de idéias e realizações aconteceria tal qual a do Rio, mas é preciso pressão, comoção, divulgação da verdade, indignação perante a inércia, participação popular. Os chefões do tráfego estão à solta. Somos cidadãos reféns à procura da libertação em nossas calçadas, em nossas avenidas, em nossas bicicletas!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Bicicleta tem trânsito livre, mas exige cuidados!

Presenciei um pequeno acidente provocado por um motociclista que, em disparada, avançava entre os carros enquanto o semáforo se encontrava fechado e, de modo inadvertido, atingiu duas crianças que atravessavam a rua por entre os carros parados. Apesar de pequenas contusões com as duas crianças, tudo se normalizou. Isso me provocou reflexões sobre o comportamento de alguns ciclistas que também não observam atentamente o comportamento de alguns pedestres que costumam atravessar por entre os veículos perante um sinal vermelho. Ficar de olhos abertos em trânsito parado é muito mais necessário do que se pode imaginar. Crianças ou animais surgem de maneira súbita, atravessam sem a devida cautela e um acidente pode ser inevitável. Portanto, todo cuidado é pouco. Um ciclista desavisado pode sofrer conseqüências ainda piores que a do pedestre em função de sua provável queda no impacto ou susto inesperado. Ao se aproximar de um engarrafamento ou de uma fileira de carros parados em cruzamentos, o melhor é diminuir significativamente a velocidade da bicicleta, observar atentamente a aproximação de motociclistas que sempre estão vindo pela retaguarda, olhos também atentos aos passageiros de veículos que costumam abrir a porta dos automóveis sem precaução e, principalmente, calcular o modo seguro de transitar sem a surpresa de pedestres que podem estar circulando em pontos cegos por entre os carros. Costumo utilizar retrovisores e observar acima do teto dos veículos sobre esses perigos, mas isso não garante muita coisa! Pratique um pedal com segurança defensiva, sua integridade física agradece.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Bicicultura 2010 em Sorocaba, ainda dá tempo!

Depois do evento realizado em 2008 na cidade de Brasília, o Bicicultura 2010 estará reunindo em Sorocaba/SP vários ciclistas, cicloativistas, empresários, gestores, profissionais e técnicos do trânsito para o mais marcante acontecimento sobre a bicicleta como meio de transporte, lazer, aventura ou turismo. É, de fato, um evento que eu gostaria muito de participar, entretanto, as obrigações profissionais não permitem. O Bicicultura é uma promoção bianual da UCB - União de Ciclistas do Brasil e em 2010 está sendo co-organizado com a Prefeitura de Sorocaba, com o apoio de diversas empresas e entidades. Este encontro está recheado de assuntos interessantes e que podem ser conferidos no endereço eletrônico : http://bicicultura2010.site.com.br/ . Pra você que vai participar, meu abraço e bom proveito!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Um passeio para três!

No último sábado à noite realizamos um passeio bem inusitado. Eu, minha esposa e meu filho caçula saímos para um passeio à noite de bicicleta pela cidade e ao Shopping. Tudo me parecia um grande desafio. Não pelos meros cinco quilômetros que nos separam até aquele estabelecimento, mas o período da noite e a companhia da esposa e do filho me davam certo temor por sua segurança até porque tínhamos que percorrer um bom trajeto às margens da BR 304 e às escuras. Tudo combinado, mochila nas costas, bicicletas devidamente conferidas, Lua brilhante no céu e saímos por volta das 19 h num clima de puro êxtase para meu filhote. Fui pedalando na bicicleta de minha esposa com meu guri, e ela me seguia logo atrás. Pedalamos de maneira lenta e suave para evitar surpresas com animais ou buracos, haja vista que os automóveis abusavam de faróis quando em sentido contrário. Quando o percurso atingiu locais mais iluminados foi uma maravilha, senti-me muito mais seguro e pude desfrutar do vento agradável e do certo charme que as luzes provocam nos variados ambientes da cidade, uma maravilha! Ao nos aproximarmos do Shopping Center já começamos a sentir o peso do trânsito barulhento de automóveis, mas rapidamente conseguimos adentrar ao estacionamento. Tristemente o que não existe é uma entrada exclusiva para ciclistas. Os pedestres, motociclistas e motoristas foram contemplados com suas faixas diferenciadas, e por que não para nós ciclistas? Tivemos que cruzar toda a entrada desafiando o trânsito de motos e carros para chegar ao local mais adequado para colocarmos as bicicletas, aliás, não existe nem bicicletário, mas apenas uma barra de ferro é utilizada como tal e esta divide o local entre motocicletas e automóveis, sem nenhum tipo de proteção, péssimo ... Muito péssimo!


 Estacionamos as bicicletas, bati fotos do local e adentramos para compras.  O retorno foi tranqüilo e fiquei surpreso pelo apelo da família por um outro passeio de desafios.





 Um sinal que apesar das dificuldades, todos gostamos!   

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Hegemonia à base do vício


Apesar dos inúmeros apelos e advertências, parece que o carro funciona como uma droga na mente humana. Os riscos e danos ambientais, o estresse psicológico de engarrafamentos, os gastos do orçamento para sua manutenção não parecem intimidar os viciados em carros. A falsa sensação de poder e a fantasia realizada do desejo fazem do automóvel a máquina mortífera mais vendida nos últimos tempos. É bem verdade que para alguns ele é apenas um hábito, mas que diferença faz se todos estão no poço da subserviência comportamental por uma máquina. A alta capacidade de tornar um indivíduo dele dependente faz girar a grande indústria em busca de cada vez mais viciados. De nada vai adiantar argumentos lógicos e à luz da razão que possam desfazer a vontade e o desejo pelo carro, pois é o entorpecente elaborado de modo industrial, em escala. Assim como campanhas anti-tabagistas, dever-se-ia tomar atitudes governamentais de antipatia e opressão aos seus usuários.... mas e quando é o próprio governo que oferece incentivos? Ah, meu caro, não tem jeito! As atitudes que desmobilizam a cultura do carro não acompanham a velocidade de criação de novos viciados. O caminho do colapso é inevitável, e só ele me parece ser a grande moléstia que poderá salvar ou matar de uma vez por todas aqueles viciados ativos e passivos. Carros sim, mas o número abusivo que se verifica a cada novo dia não dá. Os carrólatras certamente irão precisar de ajuda quando se tornarem órfãos de carro e moto.
Ops, não existe aqui pretensão de campanha contra carros, mas um grande alerta do poder da máquina sobre o homem.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nobre missão de um cicloturista

Hoje bem cedo me deparei com um cicloturista à beira da rodovia por onde passo ao trabalho todos os dias. O pouco tempo que me restava para chegar ao destino impediu uma conversa mais demorada, entretanto, os cinco ou dez minutos foram suficientes para conhecer um pouco de Guaiçara Martins Kitzinger, natural da cidade de Natal e que já circulou por quase todos os estados brasileiros em sua bicicleta simples com uma adaptação de dois baús daqueles próprios para motocicletas. O Guaiçara é realmente uma figura carismática e senti muito não poder ficar horas a fio em bate-papo sobre suas viagens. Ele carrega uma série de documentos e fotos que são testemunhas de sua façanha, e me falou do seu projeto no combate às drogas por esse Brasil afora. Deixou-me uma cópia de documento obtido na Policia Federal de Três Lagoas/MS como recordação, devidamente autografada, e me encheu de alegria ao ver tanta disposição, coragem e abnegação. Seu destino a partir de agora é seguir ao Ceará, Piauí, Maranhão e chegar até o Amazonas e depois Roraima. Espero que meus leitores espalhados por essas regiões recebam-lhe com carinho. Pela surpresa do momento e pela indisponibilidade de mais tempo não me foi possível bater umas fotos. Duas fotos apenas foram tiradas pelo celular, mas ainda não consegui passá-las ao meu computador. Também vai esse vídeo encontrado na web com uma entrevista realizada na Paraíba!  


domingo, 14 de novembro de 2010

Segurança do ciclista em foco

Notícias vindas de Londres demonstram, no mínimo, uma preocupação por parte das autoridades locais com a segurança dos ciclistas. O que ocorre, porém, é uma desconfiança por parte dos usuários em torno da distribuição de um kit de faixas e adesivos refletores pelos policiais britânicos àqueles que circulam em suas bicicletas por ruas escuras. Os comentários demonstram que durante a campanha por lá realizada o que existe é apenas uma promoção e marketing do policiamento local, o que não vem sendo muito bem aceita. De verdade, o que existe é uma preocupação de todos com a segurança do ciclista sempre vítima de motoristas imprudentes e hostis. A idéia não deixa de ser elogiável, mas o que se precisa repensar de modo mais inteligente é como amadurecer o conceito de mobilidade compartilhada na paz, na boa. Não se pode, de fato, admitir publicamente uma campanha em que se faz guarnecer o mais fraco com medidas paliativas e que não resolvem. Melhor mesmo seria que toda campanha de proteção ao ciclista, no Brasil e no mundo, fosse voltada para inibir os maus condutores de veículos que não respeitam as leis, nem ciclistas e nem pedestres. As bicicletas não representam perigo para o trânsito, o que representa grande risco é o automóvel por seu volume exagerado, peso desproporcional e capacidade de matar pessoas em médias ou grandes velocidades e, portanto, precisa ser o centro das preocupações da sociedade moderna. As vítimas do automóvel já superam a quantidade de mortos em todas as guerras e de muitas doenças conhecidas. Algo precisa ser feito, mas com foco e coragem na resolução desse problema.  

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Bicicleta conceito!

Essas belas bikes, por enquanto, são apenas um conceito, muito embora seu designer, Juri Zaech, esteja tentando realizá-las em protótipos. Espero que seus protótipos se tornem realidade. Uma obra de arte sobre duas rodas! Quer ver mais? Clica aqui.


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um bebê a bordo

É muito comum encontrarmos um desses adesivos colado no vidro traseiro de um automóvel. Seu significado é bastante perturbador quando imaginamos a fragilidade de um pequeno ser dentro de uma grande gaiola metálica a uma velocidade que pode ultrapassar os 100km/h. Esse reflexo intuitivo de adesivar o automóvel é o reconhecimento da própria falta de respeito e cuidado com o outro, pois vivemos num mundo cada vez mais particular e de isolamento com a ausência de preocupação por quem se encontra ao lado. Essa forma individualizada de comunicar e implorar por respeito é o grito de alerta para que se tome mais cuidado no trânsito. Do mesmo modo, todos deveríamos espalhar adesivos em carros, motos e bicicletas e até na testa dos pedestres com os mais diversos apelos: "Uma familia a bordo" ou "Idoso a bordo" ou "Um cidadão a bordo" ou "Estou em minha bike, cuidado" ou "Tem pessoas aqui do lado de fora" ...e por aí vai! O real sentido de tudo isso é lembrar que todos merecemos cuidados, merecemos respeito e segurança em qualquer meio de mobilidade que escolhermos. Todos temos direito a uma mobilidade segura!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Limite de velocidade polêmico

Foi com espanto que recebi a notícia do novo limite de velocidade para as viaturas policiais que circulam na capital cearense no projeto denominado "Ronda do Quarteirão". A medida adotada pela Secretaria de Segurança está causando (pasmem!) polêmica e antipatia na própria população com a redução do limite para os 50km/h. A justificativa dada é para que se reduza os diversos acidentes gerados por essas viaturas tipo Hilux de aproximadamente R$150.000,00/cada. Outro argumento é a própria segurança de transeuntes e ciclistas quando em rota de colisão durante as perseguições a bandidos na capital alencarina. A perseguição policial em viaturas se torna assim proibida de agora em diante no trânsito de perímetro urbano, e toda e qualquer ação que exija maior velocidade terá de ser autorizada por uma central. As ações de cerco policial terão que ser agora mais inteligentes com o apoio das outras unidades, aliás são mais de uma centena desses super-carros de policiamento. Muito bem, as autoridades por um lado estão dessa forma admitindo que velocidades acima dos 50km/h no perímetro urbano é o grande problema na causa dos acidentes e, obviamente, admitem que guiadores sem treinamento adequado são fatores de risco para nós pedestres e ciclistas...então?!!!... por que não estender tal medida para todos os veículos particulares e assim reduzir por vez o número de óbitos e pacientes em hospitais vítimas de motoristas despreparados e automóveis vorazes que circulam à caça de suas presas urbanas? Numa análise mais detalhada não acredito que a medida adotada esteja diretamente ligada ao benefício de pedestres e ciclistas, entretanto, é algo importante que se deve avaliar com o tempo e utilizar tais informações estatísticas aos futuros gerentes de trânsito do país numa redução definitiva da velocidade para todos os automóveis particulares! 

Fonte:  http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2010/11/05/noticiafortalezajornal,2060442/viatura-do-ronda-nao-pode-passar-dos-50-km-h.shtml

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O poeta e a bicicleta

O título acima se refere ao curta-metragem apresentado este ano pelo projeto Curta Mossoró em grande homenagem ao poeta mossoroense Antônio Francisco Teixeira de Melo. Homem simples, cordelista, bacharel em História e ocupando hoje a cadeira 15 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré. Após longos dias ausentes aqui do blog, venho hoje retomar  através do registro desse potiguar que antes de tudo é um cidadão que ama sua bicicleta e a utiliza para diversos fins. Aliás, este ilustre cordelista, iniciou-se aos 46 anos em sua trajetória poética e hoje aos 61 não abandona sua bicicleta companheira de suas andanças. Muitas de suas viagens ao Ceará foram realizadas de bicicleta e isto prova que sua alma é liberta, limpa e artística. Assistindo ao video-documentário 'o poeta e a bicicleta'  fiquei impressionado com a riqueza cultural desse cordelista que contempla o tesouro de viver uma vida simples em louvor à liberdade. A bicicleta está presente em cada um de nós, o que se faz necessário é deixá-la nos invadir com sua grandeza multifacetária responsável por uma vida mais rica de simplicidade e alegrias. Em honra aos poetas e às bicicletas renovo aqui meu compromisso em defesa pelo uso da bicicleta para o cidadão urbano ou rural de norte a sul desse maravilhoso Brasil.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pedalar é preciso!

Quando observo os movimentos pró-ciclismo que acontecem em todo o país é que vejo claramente a grande desigualdade que aqui existe, e não é só econômica não! A desigualdade social está acompanhada de desigualdades de pensamento, de cultura, de credo, de conhecimento, de coragem, ...enfim, de tudo. É assim que o Brasil encaminha suas reivindicações, com hipocrisia e egoísmo!  Isso está incrustado no povo e, consequentemente, nas políticas públicas do desprezo. O ‘biker show’ que por aí desfila em seus movimentos ciclísticos de lazer nada conhece sobre transporte urbano ou mesmo tem qualquer afinidade para desfazer o desequilíbrio urbano em que vive, pois os beneficiados ‘apenas’ serão os mais desprestigiados que não têm voz e sua integridade sempre estará à sorte de algum interessado que possa vir num disco voador, talvez!  Cada vez mais me convenço sobre a inutilidade de uma ciclovia nova inaugurada ou de um projeto mirabolante engavetado que beneficie usuários em suas bicicletas populares ou quaisquer pessoas, independentes de classe, que acreditam na bicicleta a exemplo de muitos outros povos lá fora. Os exemplos seguidos nos maiores centros culturais da bicicleta ainda é uma esperança de continuidade de luta para o resto do país. São essas ilhotas de visão futurista que fomentam a vontade de jamais desistir por um país mais inteligente e de melhor qualidade de vida. É preciso apenas pedalar, eu sei, mas que essas pedaladas sejam de compromisso, de solidariedade e de exemplo. O Dia Mundial Sem Carro passou quase esquecido, mas o protesto diário não passará!  

domingo, 19 de setembro de 2010

Princípios que incentivam a bicicleta!

Recentemente foi gerado um debate entre amigos sobre como fazer uma política pública voltada em favor do uso da bicicleta. Cada um apresentou idéias interessantíssimas embora muitas vezes divergentes. Depois de tantas sugestões e contradições imaginei algo com base nessas idéias, mas que ainda estão distantes da realidade política de hoje. Dois questionamentos se harmonizam em qualquer pensamento pró-ciclismo: O primeiro deles é que todos têm por objetivo aumentar a segurança para o usuário, e o segundo é como aumentar a quantidade de pessoas que optem pelo seu uso diário. Bom, os benefícios óbvios para os praticantes não são conhecidos pela população, os perigos a que se submetem os ciclistas são hiper-dimensionados pelos que não usam a bicicleta e, por fim, não ocorrem incentivos e vantagens para os que optam pela bicicleta no seu uso cotidiano. Todo esse complexo quebra-cabeça se baseia em uma solução política revolucionária lenta e de longo prazo. Creio que os primeiros sinais de mudança poderão vir a partir de três ações básicas geradoras de outras tantas. Nesse tripé estão medidas de segurança, utilização e mídia. O fator segurança requer medidas corajosas que diminuam a velocidade dos carros nas áreas urbanas, campanhas educativas sistemáticas de comportamento no trânsito dirigidas aos diversos usuários conforme seu veículo de uso e agregar no currículo escolar do ensino fundamental ao médio a educação no trânsito. A conscientização de mais utilização está diretamente ligada à área estrutural das cidades e isso depende de recursos governamentais que poderiam promover a integração dos serviços de transportes coletivos com a bicicleta, desenvolvimento de melhorias no sistema de bicicletários e outros modelos de estacionamento, elaboração e distribuição de rotas que facilitem o trajeto dos diversos usuários que estão pedalando para o lazer ou trabalho e planejamento de medidas antifurtos que garantam a propriedade individual. Na mídia é preciso que se mostre o lado bom de pedalar ressaltando os benefícios para a saúde e ao meio ambiente com redução de gastos quando se deixa o carro em casa  em viagens que são melhor aproveitadas com o uso da bicicleta. Esses principios bem que poderiam estar sendo aplicados pelos novos governantes já a partir de janeiro de 2011.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Conheça o selim!

Esse componente é de fundamental importância para quem procura bem-estar em suas pedaladas. O selim suporta grande parte do peso corporal do ciclista e o desafio ergonômico das peças tenta diminuir o desconforto da pressão exercida sobre a região perineal. As bicicletas reclinadas permitem melhor posicionamento e descanso na região inferior do quadril, mas são as bikes convencionais (MTB e Speed) dominantes no mercado e que exigem mais atenção na hora de instalar esse acessório. A suavidade do material fabricado, a firmeza da superfície e o contorno do formato são fundamentais numa sela que não cause transtornos ao assoalho pélvico. Entretanto, devemos ter sempre em mente que cada pessoa tem uma estrutura óssea particular, portanto, sem generalizações! De modo amplo, podemos afirmar que na bicicleta urbana em que a posição do ciclista é mais ereta, deve-se dar preferência aos selins acolchoados com gel e que possuam uma base mais larga. A presença do bico da sela tem por função manter o equilíbrio e melhorar o domínio da bicicleta, mas por outro lado a forma como nos inclinamos sobre a bicicleta é que vai nos indicar sobre sua necessidade ou não. Os selins fenestrados ajudam a reduzir a pressão na área genital, mas podem ser um incômodo para mulheres ciclistas pela pressão irritante exercida sobre as paredes genitais. Devido às diferenças anatômicas que constituem os quadris dos homens e mulheres, os selins devem possuir área suficiente para um apoio confortável dos ossos inferiores do quadril e evitar maiores traumas na região perineal. A regulação da altura também não deve ser negligenciada para que se obtenham bons resultados no conforto de curtas ou longas pedaladas. Uma maneira rápida de se avaliar a altura correta é sentar-se na bicicleta e encontrar a posição em que, durante a pedalada, o joelho esteja levemente dobrado quando na posição do pé mais embaixo e nunca deixar a perna numa posição totalmente esticada e reta. Se, por outro lado, a altura da sela for muito baixa ocorrerá maior esforço de músculos e joelho com desgaste desnecessário. Portanto, deve-se ter mente que existem no mercado selins para MTB, estrada e para uso urbano. Cada tipo de utilização merece sua atenção na hora da compra, mas o ideal mesmo seria que o assento fosse testado por algumas semanas antes da escolha para se ter a certeza de qual se adapta mais a seu porte físico e forma de uso.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Situações perigosas nas ruas!

Ser atingido por uma porta de automóvel não é assim tão inimaginável. Algumas atitudes por parte dos ciclistas podem ajudar a evitar este tipo de acidente. E pasmem! Carros e ônibus em movimento também lançam objetos por suas janelas sem nenhum critério ou respeito público. Certa vez, quase fui atingido por uma dessas latinhas arremessadas por uma janela desses ônibus de linha interurbana que circula pelas estradas federais e estaduais. É inadmissível, embora seja uma realidade, mas ciclistas podem eventualmente sofrer quedas ou ferimentos provenientes destas situações. Em se tratando das portas de automóveis que abrem de forma inesperada, o melhor é manter-se numa distância de, no mínimo, um metro dos carros parados ou estacionados em via pública. Como sabemos aquele velho hábito de observar e avaliar as atitudes dos ocupantes internos do automóvel já é praticamente impossível em decorrência dos vidros escuros que hoje equipam quase todos eles. Nas ocasiões de choque, o ciclista é surpreendido por uma porta que se abre justamente num segundo antes do impacto ou pode ser arremessado no momento de sua passagem com um golpe que pode desviá-lo para o fluxo da via com conseqüências ainda piores. Durante o período noturno há de se ter cuidados redobrados, pois a falta de uma iluminação adequada pode deixar a bicicleta invisível aos olhos dos motoristas. São situações comuns de perigo ao ciclista: Pedalar por vias em que existe um enfileiramento de automóveis estacionados no acostamento, circular entre os carros durante um engarrafamento, avançar sinal vermelho quando há carros parados ou passar pelos pontos de embarque e desembarque de táxis. Nessas condições, o melhor a fazer é estar atento, reduzir a velocidade e se manter numa distância segura ou mesmo ocupar a faixa central da via de circulação. Esses cuidados básicos ajudam também a se prevenir contra colisões com pedestres que saem inesperadamente entre os carros estacionados ou de veículos ‘invisíveis’ que saem subitamente de suas garagens. Agora, livrar-se de objetos lançados por janelas em movimento só tem um jeito: educação e multa aos infratores pelos órgãos de trânsito....ou, reze para não ser atingido por tal irresponsabilidade!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Do passado ao futuro

Ahhhh... O tempo não pára! Por trinta anos minha vida se desenvolveu na capital alencarina de modo tranqüilo e saudoso. Diferentemente dos anos 70, hoje a cidade de Fortaleza se aproxima dos seus três milhões de habitantes e isso só me traz entristecimento. Infância e adolescência me passaram em velhos tempos de menos correria e menos movimentação frenética, mas hoje o quadro é outro e a plástica é surrealista! Quando mais jovem ficava circulando em minha estimada e inesquecível bicicleta dobrável visitando amigos, indo à escola, pedalando em busca de uma namoradinha, apreciando a simplicidade das pessoas, vivendo devagarzinho e sem pressa. A cidade inchou, a loucura metropolitana tomou de conta! Fortaleza querida, eu não lhe pertenço mais! Mudei-me para uma cidade bem menor onde tudo parecia diferente e pacato, mas eis que já sinto os primeiros sinais da repetição de um ciclo que domina o mundo contemporâneo. Aos poucos e sutilmente tudo se transforma em um novo caos urbano, pois nada pode deter o ‘crescimento’ da cidade. Aliás, costuma-se medir o grau de desenvolvimento de um lugar por sua crescente população e por sua expansão. Grande bobagem! A idéia maluca de se colocar primeiramente as pessoas e depois as suas necessidades é a alavanca do caos. Isso não funciona! Fomentam-se idéias consumistas absurdas e ilusórias que simplesmente geram a expectativa do estresse no homem moderno. Jogam-se oportunidades de consumo ao povo como se joga comida aos porcos! O incremento de automóveis pelas ruas é um exemplo de desvario de gestão pública míope e insensata. E a qualidade de vida do cidadão para onde vai? Será que está nas ruas entupidas de carros? No trânsito cada vez mais congestionado e gerador de gases tóxicos? Sinceramente o Brasil segue na contramão daqueles países que buscam um melhor estilo de vida, e isso mais uma vez me entristece. Os políticos se empenham apenas na geração de novos impostos que irrigam as tetas do poder! Meu Brasil... Acorda, levanta e anda! Na trajetória do passado ao futuro não se faz necessário o sofrimento, mas o discernimento do que é bom ou ruim!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quanto você já pedalou?

Nunca fiz uma estimativa de quanto já pedalei, mas certamente não chegaria nem próximo do Chris Davies. Ele detém o recorde de quem mais pedalou no mundo, cerca de um milhão de milhas (aprox. um milhão e seiscentos mil quilômetros), é mole?! Esse inglês de 72 anos de idade pedala desde os doze anos de idade quando registrou em seu diário os primeiros 10,5 km pedalados da cidade de Havant até Hayling Island na Inglaterra. Segundo ele, seu amor pela bicicleta ainda é o mesmo e não pensa em parar de pedalar. Ele mantém guardado todas as anotações, mas hoje utiliza um velocímetro computadorizado para registrar seu trajeto. Parabéns Chris Davies! 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

BICIVIDEOTECA

A Hungria vem desenvolvendo sua parte com a campanha "Pedale para o trabalho" há alguns anos. Vários vídeos foram elaborados para sua divulgação em TV e internet, entre eles encontrei esses dois bem interessantes. Conclusão: Pedalar é sinônimo de vitalidade!



domingo, 5 de setembro de 2010

Vamos pedalar que é bom para a saúde!

Um estudo realizado pelo Instituto de Ciências do Desporto da Universidade Alemã de Desporto (DSHS), na cidade de Colônia, mostrou que o uso da bicicleta contribui para o restabelecimento ou prevenção de doenças do coração e problemas de coluna. O autor da pesquisa, Dr Ingo Froböse, mostra que a melhoria do sistema circulatório se dá pela economia de energia do coração ao aumentar o ritmo cardíaco com redução da pressão arterial, isso tudo contribuindo para uma diminuição das taxas de colesterol ruim (LDL) e ajudando na manutenção das paredes das artérias. Outra informação importante é que a postura correta ao pedalar diminui impactos à coluna vertebral e reduz chances de hérnia discal, além de fortalecer os músculos que sustentam as vértebras dorsais. As articulações e o sistema imunológico também são beneficiados pelo uso diário da bicicleta. Dez minutos diários pedalando já trazem benefícios para a musculação, fluxo sanguíneo e articulações. Trinta minutos diários repercutem em melhorias para o batimento cardíaco e a partir dos cinqüenta minutos há um estímulo sobre o equilíbrio dos ácidos graxos (colesterol). Se, por exemplo, uma mulher entre 45 e 60 anos pedala vinte minutos diários e passa a pedalar sessenta minutos, os benefícios ao sistema imunológico aumentam em três vezes.

sábado, 4 de setembro de 2010

O raio quebrou, e agora?

Aconteceu comigo! Essa é uma ocasião rara, mas aquele passeio que ia tão bem, de repente ocorre um estalo e a roda parece desalinhada. É um raio quebrado! Você precisa parar de imediato ou vai piorar a situação de todos os outros raios. Se não quiser voltar empurrando, existe uma solução, afinal você não dispõe de peça substituta e nem de mecânico no meio do caminho. Então, aqui vai uma solução ‘gambiarra’ ou ‘quebra-galho’ como queiram! Só há um probleminha, você vai precisar de uma chave de raios, no mínimo! Portanto, o ideal é ter sempre uma dessas guardada em sua bolsa, além de um raio de tamanho adequado ao aro e um niple caso opte por trocá-lo ali mesmo! Lembre-se que raios fixados no lado direito do cubo puxam o aro para direita e os fixados na esquerda puxam o aro para a esquerda. Outra coisa, ao girar a chave de raios no sentido horário, você aperta o raio. Girar no sentido anti-horário, você afrouxa o raio! Lembrando que vamos fazer um ‘quebra-galho’ apenas, pois o correto mesmo seria a troca do raio. Como isso exige um pouco mais de perícia, vamos dar uma pequena alinhada para seguir em frente! Primeiramente localize o raio, se não puder retirá-lo é só prendê-lo com fita ou fio no raio mais próximo. Se um raio da direita (por exemplo) se quebrar, você deve soltar os dois raios vizinhos da esquerda e apertar os dois vizinhos mais próximos da direita, para que a roda se desloque para a direita, entrando em alinhamento. Usando as sapatas do freio como referência de alinhamento, você deve ir revezando lentamente entre os raios dando um quarto de volta com a chave de raios ( aperta um, afrouxa outro, aperta um, afrouxa outro). Com calma e devagar o aro vai se alinhando! Um último lembrete, como não foi realizado substituição do raio é importante saber que a roda está enfraquecida. Volte para casa devagar, marchas leves, evite pedras e buracos e nada de pedalar em pé para não forçar o conjunto. Muito bem, o melhor mesmo é que não aconteça, mas se acontecer já sabe como se virar!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Desafio Intermodal

Repasso ( clique no link para ver o original) esta matéria por demais curiosa! Observem quão interessante é a bicicleta, meus amigos!

Com o tempo de 28 minutos e 39 segundos, o ciclista Davi completou o desafio com o menor tempo. Já o deficiente visual Gilmar foi o que levou mais tempo para realizar o percurso utilizando o transporte coletivo, 1h45min45s.
A bicicleta foi a grande vencedora do quarto Desafio Intermodal de Curitiba. Assim como ocorreu nas três edições anteriores, os ciclistas percorreram o trajeto em menor tempo. Os 24 participantes que saíram às 18h do Cietep/Fiep, na Avenida das Torres, no bairro Jardim Botânico, e chegaram no estacionamento do Estádio Joaquim Américo (Arena da Baixada), no Água Verde, podiam escolher o percurso, mas precisavam passar pela Praça Santos Andrade. Com o tempo de 28 minutos e 39 segundos, o ciclista Davi completou o desafio com o menor tempo. Já o deficiente visual Gilmar foi o que levou mais tempo para realizar o percurso utilizando o transporte coletivo, 1h45min45s. De acordo com José Carlos Assunção Belotto, coordenador do projeto Ciclovida da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o balanço do evento é positivo. “A nossa intenção é fomentar a discussão sobre mobilidade urbana e mostrar que a cidade ainda precisa mudar muito até a Copa do Mundo de 2014”, disse Belotto. Ao todo, 24 pessoas – seis ciclistas, dois corredores, quatro motoristas, quatro pedestres, três usuários de ônibus, três motociclistas, um cadeirante e um deficiente visual (estes, de ônibus) – participaram da prova. Segundo Belotto, diferente do que é difundido, o Desafio Intermodal não é uma corrida e as leis de trânsito e as regras de segurança do meio de transporte precisavam ser respeitadas. O desafio é apenas uma das dezenas de atividades programadas para setembro, conhecido como o mês da Arte, Bicicleta e Mobilidade. Confira os tempos e a forma de locomoção de cada um dos participantes do desafio: - Davi (bicicleta) - 28min39s - Felipe (bicicleta) - 28min56s - Ricardo (moto) - 32min22s - Vanderson (moto) - 32min36s - Plá (bicicleta) - 37min20s - Adir (moto) - 37min58s - Miranda (bicicleta) - 38min55s - Themys (bicicleta) - 40min47s - Iara (carro) - 43min30s - Anderson (correndo) - 43min59s - Regina (correndo) - 49min - Renata (carro) - 54min25s - Rodrigo (ônibus) - 54min40s - Julião (van) - 56min44s - Nicole (bicicleta) - 59min12s - Fanini (carro) - 1h03min02s - Stella (ônibus) - 1h08min08s - Marcelo (ônibus) - 1h08min20s - Gabriel (andando) - 1h09m39s - Loheine (andando) - 1h12m8s - Larissa (andando) - 1h12m15s - José Cascaes (andando) - 1h21m34s - Osiris (cadeirante/ônibus) - 1h35min50s - Gilmar (deficiente visual/ônibus) - 1h45min45s



Fonte: Gazeta do Povo, 02/09/2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Redução da velocidade no trânsito!

Cambrigdge, cidade inglesa próxima a Londres, está investindo nessa idéia. Motoristas estão sob uma forte repressão nos novos limites de velocidade estabelecidos, e tudo isso para incentivar a utilização da bicicleta deixando o uso do automóvel para quem realmente precisa. Após a determinação dos limites nas avenidas centrais, agora é a vez da periferia. Pois bem, eles estão realizando um mega-investimento de sistema cicloviário e de novas regras capazes de persuadir e incentivar mais pessoas a trocar o carro pela bicicleta. Fica claro que, mesmo em cidades médias onde o trânsito corre livre, é possível a tomada de decisões antecipadas para o controle e melhoria da mobilidade nos centros urbanos. No Brasil se costuma agir após anos e anos de problemas acumulados por ingerências absurdas da administração pública. O transporte público fica em segundo plano, as alternativas que aliviam o fluxo de veículos nas médias e grandes cidades são meramente esquecidas, a maior parte de investimentos da área se desviam no percurso e toda uma população vê crescer o câncer crônico da desordem no tráfego de veículos já em pequenas cidades do país, um absurdo! Soluções existem e estão espalhadas em várias partes do mundo, mas será preciso a força da população para a tomada de decisões a seu favor. Com uma simples redução de velocidade dos automóveis e os devidos mecanismos de fiscalização já é possível se obter vantagens com o desestímulo do uso do carro em viagens curtas na cidade. De nada adianta sentar à beira da praça e ver a vida passar a toda velocidade!

domingo, 29 de agosto de 2010

Carta aos futuros motoristas

Uma idéia apresentada pelo ECOURBANA há mais de um ano é digna de repasse aos leitores aqui do blog como forma de conscientização social. Segundo JP Amaral, sua intenção foi aproveitar o tempo ocioso dos mais diversos candidatos nas filas de Detrans e Auto-escolas de São Paulo para apresentar um panfleto denominado "Carta ao futuro motorista". Para os interessados em divulgar essa informação, apresento aqui o modelo da carta distribuída que apresenta o seguinte teor:

Caro(a) futuro(a) motorista,

Você está prestes a se tornar mais um entre os mais de 100 mil motoristas habilitados anualmente e, se adquirir um carro, mais um entre os 3,5 milhões automóveis que circulam pela cidade de São Paulo todos os dias – Boa sorte!
Nesta trajetória para obter uma carteira de habilitação é bem provável que você não tenha ouvido falar sobre os cuidados que os motoristas devem ter com os ciclistas no trânsito. Para isso, dispomos aqui algumas informações para compartilharmos o trânsito com segurança e respeito:
1- A bicicleta é um veículo previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
2- A circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nas beiras das vias, no mesmo sentido de circulação, com preferência sobre os veículos automotores. (art. 58, CTB).
3- Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas (art. 38, CTB), sempre sinalizando com seta.
4- Ao ultrapassar uma bicicleta, reduza a velocidade (art. 220, CTB) e mantenha distância lateral de 1,5 m (art. 201, CTB).
5- O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres (art. 68, CTB).
Se um dia estiver apressado no trânsito, pense na seguinte questão: sua pressa vale uma vida?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

As mulheres e os grupos de passeios ciclísticos

Percebe-se claramente que existe certa relutância por parte das mulheres em geral quando o assunto é a bicicleta. Poucos compreendem essa realidade que é peculiar do público feminino. As mulheres estão cada vez mais adeptas em virtude de certos detalhes que passam até despercebidos, mas muito importantes poder aqui relatar. Desde que sua utilização não seja para o trabalho necessário, a mulher enfrenta resistências para o lazer, passeio e esporte. Dentre muitos fatores só conhecidos por ela, acredito que muitas razões podem ser compreendidas. Para elas é de suma importância que a socialização com os grupos de passeios aconteça de forma sólida e confiável, bem como regado de planejamento e respeito. Ficar para trás no grupo de vários ciclistas é algo decepcionante para elas e para qualquer um na verdade. O ambiente precisa ser favorável e uniforme. As metas do passeio precisam ser conhecidas e planejadas sem surpresas. A participação de um de seus amigos de confiança se torna um convite irrecusável. A presença de outras mulheres ciclistas é muito importante para o diálogo e troca de experiência que só elas conhecem bem. A segurança é item fundamental que precisa ficar bem explícito sobre condições de estrada e trânsito do percurso. A obediência por parte de todos quanto às regras estabelecidas no trajeto garante mais confiabilidade às mulheres. Os exibicionistas de plantão não agradam mulheres, portanto os ‘palhacinhos’ precisam ser desviados para o circo mais próximo. A presença de alguém que resolva panes mecânicas é relevante para todas elas. A inclusão de mulheres é cada vez maior quando existe um comando no grupo que é democrático e respeitado por todos. Muitas outras questões poderiam aqui ser incluídas para o entendimento do ponto de vista delas, entretanto vejo com grande admiração o aumento cada vez maior da beleza feminina nos passeios com bicicletas. Quando isso ocorre é um bom sinal de amadurecimento dos diversos grupos ciclísticos por trilhas e passeios, afinal esse é o termômetro de grupos saudáveis e maduros.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Acompanhe as emissões de carbono no mundo

Esse mapa simula a contagem(*) de emissão de carbono, nascimentos e mortes em todo mundo. Ao entrar nesse Link você poderá acompanhar passando o mouse sobre a região desejada. Nesse instante de meu acesso o Brasil, por exemplo, registra:

População: 203.987.214 habitantes
Uma pessoa nasce a cada 8,6 segundos
Uma pessoa morre a cada 25,3 segundos
CO2 emitidos por pessoa/ano : 1,8 toneladas

*Os dados são estimativas

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Renuncie à violência no trânsito!

Quem enfrenta o trânsito diariamente em qualquer parte do mundo sabe que não é fácil lidar com a diversidade de temperamentos dos condutores de automóveis e motocicletas. Facilmente encontramos casos divulgados na mídia sobre atritos, e até mesmo homicídios, gerados por discussões fúteis e intempestivas por causa do trânsito. A violência está adormecida em cada um de nós e uma pequena fagulha na hora errada pode levar a uma explosão bestial de comportamento tolo, inútil e impensado. O ciclista, por sua fragilidade, é vítima constante de empurra-empurra para fora do circuito dos motores que se acham donos exclusivos das vias urbanas. O pedestre também é vitima sim, mas ainda lhe resta a calçada como refúgio. A bicicleta tem que enfrentar e pronto! Afora os acidentes passíveis, ainda estamos sujeitos à conduta desrespeitosa e amoral dos condutores em suas armaduras modernas. A descarga dos frustrados pós-modernistas se dá através de simples buzinadelas, gestos obscenos, insultos ou palavrões. Podemos lidar de diferentes formas, inclusive a indiferença, mas isso exige um estado de espírito treinado para enfrentar essas situações. Quando a situação se dá em pleno movimento é muito mais fácil abster-se do confronto, embora o sentimento de indignação seja notavelmente mais amargo. Entretanto, quando tudo gira em torno do trânsito parado é melhor estar preparado para o pior e respirar fundo antes de qualquer palavra ou atitude. Tratá-los com silêncio ou com respostas frias ainda é a melhor saída. No silêncio ou com respostas tranqüilas eles se sentem tolos porque estão à procura de conflito e se não lhe dermos a energia que precisam serão fatalmente desarmados. Se estiverem com raiva, certamente não vão admitir que você tem razão. E tem mais, sua integridade física deve estar em primeiro lugar. Afinal quem você pensa que é para consertar o mundo....num dá né!? Uma discussão boba só vai lhe trazer mais frustração. Portanto, deixe-o levar para longe toda aquela raiva e angústia. Fique com uma simples indignação que será bem melhor de cura! Ahhh... se você for o errado nessa história do trânsito, levante sua mão e reconheça seu erro com um pedido de desculpas. Tudo isso tem dois motivos: é bom para seu ego e vai deixá-lo longe das páginas policiais.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dromocracia

Um dos maiores mestres em torno do assunto se chama Paul Virilio. O Filósofo e Urbanista francês tem sido a voz cética em disseminar os efeitos da velocidade, num mundo onde o cidadão é objeto de um constante bombardeio informacional e des-informacional. Dromologia, termo utilizado pelo autor, que o mesmo define como o estudo da velocidade. Dromo, do grego, corrida. Portanto a lógica da corrida. Ou seja, para Virilio foi a entrada no mundo do equivalente-velocidade ao equivalente-riqueza. Para ele, a idéia de velocidade está presente em todos os espíritos e a sua utilização constitui uma espécie de tentação permanente. Considerando em si a velocidade como uma necessidade e a pressa como uma virtude. Essa velocidade exacerbada, própria a uma minoria, não tem e nem busca sentido. Serve à competitividade desabrida, coisa que ninguém sabe para o que realmente serve de um ponto de vista moral ou social. Segundo Virilio, a cidade sempre foi uma caixa de velocidades. A organização das cidades são as ruas. Na Grécia eles não dizem uma rua dizem “uma corrida” ( dromos ). De certa forma, quando analisamos o pensamento de Virilio temos algumas respostas para a idolatria de carros cada vez mais potentes e velozes, pois a velocidade nunca foi distribuída uniformemente, mas sempre funcionou sob a forma de uma hierarquia, de modo que os setores mais poderosos da sociedade são aqueles que se movem em velocidades mais rápidas, enquanto os setores menos poderosos são aqueles que se movem em velocidades mais baixas, por exemplo, a bicicleta. Agora, vamos pensar um pouco! Nas grandes metrópoles será que é possível a utilização da velocidade pelos automóveis? Não seria a bicicleta mais veloz em seu sentido mais adequado? E o que existe no espírito da sociedade seria velocidade e/ou pressa? Essas questões filosóficas apenas me deixam a certeza que o homem moderno se nutre da pura ilusão midiática!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Por que gosto de pedalar! #1

Muito provavelmente voltarei neste assunto em outras oportunidades. No fundo, esse texto simples está mais voltado aos que ainda não descobriram a bicicleta, pois ela sempre me trouxe alegrias ao longo da vida. Quando a observo em momentos de pura reflexão, vejo-a frágil, porém brava! Esse pequeno veículo é, para mim, uma máquina em muitas. É meu melhor amuleto, minha melhor máquina para ginástica, meu teletransporte para alegria, minha companheira de bate-papo, meu brinquedo de criança, meu jogo de quebra-cabeça predileto! Tem pontos negativos? Tem. É facilmente alvo de ladrões, não tem capacidade para muita carga, não é muito fácil pedalar no período de chuva, é muito lenta (e pra que pressa?), alguns acham que é um veículo perigoso, outros acham que é coisa de maluco... Bom, mas ela tem vantagens que superam, e em muito, tudo isso. Bicicleta não passa pelos constrangimentos de engarrafamentos, consegue se enfiar por lugares aonde carros e motos nem se atrevem, é econômica, não polui o meio ambiente, ajuda a manter a saúde. Mas tudo isso ainda não representa o principal. Ela me aproxima do mundo, das pessoas, da natureza e, por que não dizer, de mim mesmo! Os diversos espectros da sociedade são bem mais perceptíveis quando estou pedalando, as diferenças de um local para outro são mais bem observadas em suas variadas nuances e tudo se vê com mais detalhes. O uso da bicicleta não me diferencia de outras pessoas, mas me assemelha com as mais simples e mais valorosas em seu real sentido. A liberdade quando pedalo é meu maior tributo, meu grande troféu e meu melhor pódio. Quando recebo convites para participar de grupos de ciclistas, quase nunca isso me seduz! De certa forma, isso me tira um pouco o sentido de minha relação com a bike. Na maior parte pedalo sozinho ou com, no máximo, dois ou três amigos. Muitos grupinhos de ciclistas se reúnem para harmonia, um bom papo e diversão. Outros, porém, põem um sentido competitivo no passeio. E aí não faz parte do meu objetivo. Quando estou só, consigo sentir mais a pedalada, se é que me entendem! Embora, vez por outra, é muito interessante participar de pedaladas em grupos! Sempre aprendemos no conjunto com outras pessoas e nos variados comportamentos humanos também. O que diferencia pedalar uma bicicleta e dirigir um carro é o cérebro. No carro estou sempre preocupado nos problemas da própria vida com seus boletos bancários, com as decisões a tomar no trabalho ou com a organização do lar... Pedalando, por incrível que pareça, isso não passa pela cabeça! O mundo vira uma poesia de passado, presente e futuro. Não me passa medo de cair, machucar-se ou morrer. O que me passa é que estou a viver! Se algo quebrar ou pneu furar, a paciência sem estresse há de me encontrar sempre. Hoje sei que a bicicleta é parte de mim. Em alguns momentos da vida nos distanciamos um pouco pelas atividades do trabalho ou por algumas situações de saúde, mas sempre nos reencontramos em seguida com grande alegria. É uma maravilha pedalar!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Chuveiros já!

Talvez poucos entendam minha atenção em defesa por instalações de banheiros dotados com chuveiros para os mais diversos trabalhadores neste município situado a 5°11’de latitude sul. É uma verdadeira tormenta a pouca umidade do ar e o calor que gira em torno dos 33°C a 36°C nos quatro cantos desta cidade no período que vai de julho a janeiro. Grandes indústrias dispõem de uma melhor estrutura com banheiros e chuveiros que amenizam o suor dos que se deslocam em suas bicicletas, embora não seja uma regalia mas sim uma imposição legal que garante asseio e bem-estar antes e após a jornada de trabalho. Acredito que se essa opção fosse estendida aos demais setores do comércio em geral, muito mais pessoas se propusessem a realizar seu trajeto de bicicleta para o trabalho. Outra deficiência, claro, é a ausência de lugar seguro para guardar a bicicleta. Essas duas atitudes já seriam suficientes para o incremento no número de trabalhadores ciclistas e, consequentemente, o aumento de pessoas em bicicletas pode interferir numa tomada de decisões por parte dos gestores municipais na melhoria estrutural de pavimentação e trânsito. Afinal, nesse país, os políticos só trabalham sob pressão para rever seus conceitos! No mercado americano existem produtos semelhantes a um ‘banho francês’ que eliminam odores e tal, mas por aqui isso seria uma grande piada devido à sua ineficácia diante de tanto calor. Um banho antes do início das atividades no trabalho é fundamental para quem pedala por um longo trajeto sob sol forte. Um bom banho traz conforto, disposição e higiene em seus afazeres. Pequenas atitudes podem ajudar na saúde e qualidade de vida dos cidadãos.