Guias

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pedalar é preciso!

Quando observo os movimentos pró-ciclismo que acontecem em todo o país é que vejo claramente a grande desigualdade que aqui existe, e não é só econômica não! A desigualdade social está acompanhada de desigualdades de pensamento, de cultura, de credo, de conhecimento, de coragem, ...enfim, de tudo. É assim que o Brasil encaminha suas reivindicações, com hipocrisia e egoísmo!  Isso está incrustado no povo e, consequentemente, nas políticas públicas do desprezo. O ‘biker show’ que por aí desfila em seus movimentos ciclísticos de lazer nada conhece sobre transporte urbano ou mesmo tem qualquer afinidade para desfazer o desequilíbrio urbano em que vive, pois os beneficiados ‘apenas’ serão os mais desprestigiados que não têm voz e sua integridade sempre estará à sorte de algum interessado que possa vir num disco voador, talvez!  Cada vez mais me convenço sobre a inutilidade de uma ciclovia nova inaugurada ou de um projeto mirabolante engavetado que beneficie usuários em suas bicicletas populares ou quaisquer pessoas, independentes de classe, que acreditam na bicicleta a exemplo de muitos outros povos lá fora. Os exemplos seguidos nos maiores centros culturais da bicicleta ainda é uma esperança de continuidade de luta para o resto do país. São essas ilhotas de visão futurista que fomentam a vontade de jamais desistir por um país mais inteligente e de melhor qualidade de vida. É preciso apenas pedalar, eu sei, mas que essas pedaladas sejam de compromisso, de solidariedade e de exemplo. O Dia Mundial Sem Carro passou quase esquecido, mas o protesto diário não passará!  

domingo, 19 de setembro de 2010

Princípios que incentivam a bicicleta!

Recentemente foi gerado um debate entre amigos sobre como fazer uma política pública voltada em favor do uso da bicicleta. Cada um apresentou idéias interessantíssimas embora muitas vezes divergentes. Depois de tantas sugestões e contradições imaginei algo com base nessas idéias, mas que ainda estão distantes da realidade política de hoje. Dois questionamentos se harmonizam em qualquer pensamento pró-ciclismo: O primeiro deles é que todos têm por objetivo aumentar a segurança para o usuário, e o segundo é como aumentar a quantidade de pessoas que optem pelo seu uso diário. Bom, os benefícios óbvios para os praticantes não são conhecidos pela população, os perigos a que se submetem os ciclistas são hiper-dimensionados pelos que não usam a bicicleta e, por fim, não ocorrem incentivos e vantagens para os que optam pela bicicleta no seu uso cotidiano. Todo esse complexo quebra-cabeça se baseia em uma solução política revolucionária lenta e de longo prazo. Creio que os primeiros sinais de mudança poderão vir a partir de três ações básicas geradoras de outras tantas. Nesse tripé estão medidas de segurança, utilização e mídia. O fator segurança requer medidas corajosas que diminuam a velocidade dos carros nas áreas urbanas, campanhas educativas sistemáticas de comportamento no trânsito dirigidas aos diversos usuários conforme seu veículo de uso e agregar no currículo escolar do ensino fundamental ao médio a educação no trânsito. A conscientização de mais utilização está diretamente ligada à área estrutural das cidades e isso depende de recursos governamentais que poderiam promover a integração dos serviços de transportes coletivos com a bicicleta, desenvolvimento de melhorias no sistema de bicicletários e outros modelos de estacionamento, elaboração e distribuição de rotas que facilitem o trajeto dos diversos usuários que estão pedalando para o lazer ou trabalho e planejamento de medidas antifurtos que garantam a propriedade individual. Na mídia é preciso que se mostre o lado bom de pedalar ressaltando os benefícios para a saúde e ao meio ambiente com redução de gastos quando se deixa o carro em casa  em viagens que são melhor aproveitadas com o uso da bicicleta. Esses principios bem que poderiam estar sendo aplicados pelos novos governantes já a partir de janeiro de 2011.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Conheça o selim!

Esse componente é de fundamental importância para quem procura bem-estar em suas pedaladas. O selim suporta grande parte do peso corporal do ciclista e o desafio ergonômico das peças tenta diminuir o desconforto da pressão exercida sobre a região perineal. As bicicletas reclinadas permitem melhor posicionamento e descanso na região inferior do quadril, mas são as bikes convencionais (MTB e Speed) dominantes no mercado e que exigem mais atenção na hora de instalar esse acessório. A suavidade do material fabricado, a firmeza da superfície e o contorno do formato são fundamentais numa sela que não cause transtornos ao assoalho pélvico. Entretanto, devemos ter sempre em mente que cada pessoa tem uma estrutura óssea particular, portanto, sem generalizações! De modo amplo, podemos afirmar que na bicicleta urbana em que a posição do ciclista é mais ereta, deve-se dar preferência aos selins acolchoados com gel e que possuam uma base mais larga. A presença do bico da sela tem por função manter o equilíbrio e melhorar o domínio da bicicleta, mas por outro lado a forma como nos inclinamos sobre a bicicleta é que vai nos indicar sobre sua necessidade ou não. Os selins fenestrados ajudam a reduzir a pressão na área genital, mas podem ser um incômodo para mulheres ciclistas pela pressão irritante exercida sobre as paredes genitais. Devido às diferenças anatômicas que constituem os quadris dos homens e mulheres, os selins devem possuir área suficiente para um apoio confortável dos ossos inferiores do quadril e evitar maiores traumas na região perineal. A regulação da altura também não deve ser negligenciada para que se obtenham bons resultados no conforto de curtas ou longas pedaladas. Uma maneira rápida de se avaliar a altura correta é sentar-se na bicicleta e encontrar a posição em que, durante a pedalada, o joelho esteja levemente dobrado quando na posição do pé mais embaixo e nunca deixar a perna numa posição totalmente esticada e reta. Se, por outro lado, a altura da sela for muito baixa ocorrerá maior esforço de músculos e joelho com desgaste desnecessário. Portanto, deve-se ter mente que existem no mercado selins para MTB, estrada e para uso urbano. Cada tipo de utilização merece sua atenção na hora da compra, mas o ideal mesmo seria que o assento fosse testado por algumas semanas antes da escolha para se ter a certeza de qual se adapta mais a seu porte físico e forma de uso.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Situações perigosas nas ruas!

Ser atingido por uma porta de automóvel não é assim tão inimaginável. Algumas atitudes por parte dos ciclistas podem ajudar a evitar este tipo de acidente. E pasmem! Carros e ônibus em movimento também lançam objetos por suas janelas sem nenhum critério ou respeito público. Certa vez, quase fui atingido por uma dessas latinhas arremessadas por uma janela desses ônibus de linha interurbana que circula pelas estradas federais e estaduais. É inadmissível, embora seja uma realidade, mas ciclistas podem eventualmente sofrer quedas ou ferimentos provenientes destas situações. Em se tratando das portas de automóveis que abrem de forma inesperada, o melhor é manter-se numa distância de, no mínimo, um metro dos carros parados ou estacionados em via pública. Como sabemos aquele velho hábito de observar e avaliar as atitudes dos ocupantes internos do automóvel já é praticamente impossível em decorrência dos vidros escuros que hoje equipam quase todos eles. Nas ocasiões de choque, o ciclista é surpreendido por uma porta que se abre justamente num segundo antes do impacto ou pode ser arremessado no momento de sua passagem com um golpe que pode desviá-lo para o fluxo da via com conseqüências ainda piores. Durante o período noturno há de se ter cuidados redobrados, pois a falta de uma iluminação adequada pode deixar a bicicleta invisível aos olhos dos motoristas. São situações comuns de perigo ao ciclista: Pedalar por vias em que existe um enfileiramento de automóveis estacionados no acostamento, circular entre os carros durante um engarrafamento, avançar sinal vermelho quando há carros parados ou passar pelos pontos de embarque e desembarque de táxis. Nessas condições, o melhor a fazer é estar atento, reduzir a velocidade e se manter numa distância segura ou mesmo ocupar a faixa central da via de circulação. Esses cuidados básicos ajudam também a se prevenir contra colisões com pedestres que saem inesperadamente entre os carros estacionados ou de veículos ‘invisíveis’ que saem subitamente de suas garagens. Agora, livrar-se de objetos lançados por janelas em movimento só tem um jeito: educação e multa aos infratores pelos órgãos de trânsito....ou, reze para não ser atingido por tal irresponsabilidade!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Do passado ao futuro

Ahhhh... O tempo não pára! Por trinta anos minha vida se desenvolveu na capital alencarina de modo tranqüilo e saudoso. Diferentemente dos anos 70, hoje a cidade de Fortaleza se aproxima dos seus três milhões de habitantes e isso só me traz entristecimento. Infância e adolescência me passaram em velhos tempos de menos correria e menos movimentação frenética, mas hoje o quadro é outro e a plástica é surrealista! Quando mais jovem ficava circulando em minha estimada e inesquecível bicicleta dobrável visitando amigos, indo à escola, pedalando em busca de uma namoradinha, apreciando a simplicidade das pessoas, vivendo devagarzinho e sem pressa. A cidade inchou, a loucura metropolitana tomou de conta! Fortaleza querida, eu não lhe pertenço mais! Mudei-me para uma cidade bem menor onde tudo parecia diferente e pacato, mas eis que já sinto os primeiros sinais da repetição de um ciclo que domina o mundo contemporâneo. Aos poucos e sutilmente tudo se transforma em um novo caos urbano, pois nada pode deter o ‘crescimento’ da cidade. Aliás, costuma-se medir o grau de desenvolvimento de um lugar por sua crescente população e por sua expansão. Grande bobagem! A idéia maluca de se colocar primeiramente as pessoas e depois as suas necessidades é a alavanca do caos. Isso não funciona! Fomentam-se idéias consumistas absurdas e ilusórias que simplesmente geram a expectativa do estresse no homem moderno. Jogam-se oportunidades de consumo ao povo como se joga comida aos porcos! O incremento de automóveis pelas ruas é um exemplo de desvario de gestão pública míope e insensata. E a qualidade de vida do cidadão para onde vai? Será que está nas ruas entupidas de carros? No trânsito cada vez mais congestionado e gerador de gases tóxicos? Sinceramente o Brasil segue na contramão daqueles países que buscam um melhor estilo de vida, e isso mais uma vez me entristece. Os políticos se empenham apenas na geração de novos impostos que irrigam as tetas do poder! Meu Brasil... Acorda, levanta e anda! Na trajetória do passado ao futuro não se faz necessário o sofrimento, mas o discernimento do que é bom ou ruim!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quanto você já pedalou?

Nunca fiz uma estimativa de quanto já pedalei, mas certamente não chegaria nem próximo do Chris Davies. Ele detém o recorde de quem mais pedalou no mundo, cerca de um milhão de milhas (aprox. um milhão e seiscentos mil quilômetros), é mole?! Esse inglês de 72 anos de idade pedala desde os doze anos de idade quando registrou em seu diário os primeiros 10,5 km pedalados da cidade de Havant até Hayling Island na Inglaterra. Segundo ele, seu amor pela bicicleta ainda é o mesmo e não pensa em parar de pedalar. Ele mantém guardado todas as anotações, mas hoje utiliza um velocímetro computadorizado para registrar seu trajeto. Parabéns Chris Davies! 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

BICIVIDEOTECA

A Hungria vem desenvolvendo sua parte com a campanha "Pedale para o trabalho" há alguns anos. Vários vídeos foram elaborados para sua divulgação em TV e internet, entre eles encontrei esses dois bem interessantes. Conclusão: Pedalar é sinônimo de vitalidade!



domingo, 5 de setembro de 2010

Vamos pedalar que é bom para a saúde!

Um estudo realizado pelo Instituto de Ciências do Desporto da Universidade Alemã de Desporto (DSHS), na cidade de Colônia, mostrou que o uso da bicicleta contribui para o restabelecimento ou prevenção de doenças do coração e problemas de coluna. O autor da pesquisa, Dr Ingo Froböse, mostra que a melhoria do sistema circulatório se dá pela economia de energia do coração ao aumentar o ritmo cardíaco com redução da pressão arterial, isso tudo contribuindo para uma diminuição das taxas de colesterol ruim (LDL) e ajudando na manutenção das paredes das artérias. Outra informação importante é que a postura correta ao pedalar diminui impactos à coluna vertebral e reduz chances de hérnia discal, além de fortalecer os músculos que sustentam as vértebras dorsais. As articulações e o sistema imunológico também são beneficiados pelo uso diário da bicicleta. Dez minutos diários pedalando já trazem benefícios para a musculação, fluxo sanguíneo e articulações. Trinta minutos diários repercutem em melhorias para o batimento cardíaco e a partir dos cinqüenta minutos há um estímulo sobre o equilíbrio dos ácidos graxos (colesterol). Se, por exemplo, uma mulher entre 45 e 60 anos pedala vinte minutos diários e passa a pedalar sessenta minutos, os benefícios ao sistema imunológico aumentam em três vezes.

sábado, 4 de setembro de 2010

O raio quebrou, e agora?

Aconteceu comigo! Essa é uma ocasião rara, mas aquele passeio que ia tão bem, de repente ocorre um estalo e a roda parece desalinhada. É um raio quebrado! Você precisa parar de imediato ou vai piorar a situação de todos os outros raios. Se não quiser voltar empurrando, existe uma solução, afinal você não dispõe de peça substituta e nem de mecânico no meio do caminho. Então, aqui vai uma solução ‘gambiarra’ ou ‘quebra-galho’ como queiram! Só há um probleminha, você vai precisar de uma chave de raios, no mínimo! Portanto, o ideal é ter sempre uma dessas guardada em sua bolsa, além de um raio de tamanho adequado ao aro e um niple caso opte por trocá-lo ali mesmo! Lembre-se que raios fixados no lado direito do cubo puxam o aro para direita e os fixados na esquerda puxam o aro para a esquerda. Outra coisa, ao girar a chave de raios no sentido horário, você aperta o raio. Girar no sentido anti-horário, você afrouxa o raio! Lembrando que vamos fazer um ‘quebra-galho’ apenas, pois o correto mesmo seria a troca do raio. Como isso exige um pouco mais de perícia, vamos dar uma pequena alinhada para seguir em frente! Primeiramente localize o raio, se não puder retirá-lo é só prendê-lo com fita ou fio no raio mais próximo. Se um raio da direita (por exemplo) se quebrar, você deve soltar os dois raios vizinhos da esquerda e apertar os dois vizinhos mais próximos da direita, para que a roda se desloque para a direita, entrando em alinhamento. Usando as sapatas do freio como referência de alinhamento, você deve ir revezando lentamente entre os raios dando um quarto de volta com a chave de raios ( aperta um, afrouxa outro, aperta um, afrouxa outro). Com calma e devagar o aro vai se alinhando! Um último lembrete, como não foi realizado substituição do raio é importante saber que a roda está enfraquecida. Volte para casa devagar, marchas leves, evite pedras e buracos e nada de pedalar em pé para não forçar o conjunto. Muito bem, o melhor mesmo é que não aconteça, mas se acontecer já sabe como se virar!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Desafio Intermodal

Repasso ( clique no link para ver o original) esta matéria por demais curiosa! Observem quão interessante é a bicicleta, meus amigos!

Com o tempo de 28 minutos e 39 segundos, o ciclista Davi completou o desafio com o menor tempo. Já o deficiente visual Gilmar foi o que levou mais tempo para realizar o percurso utilizando o transporte coletivo, 1h45min45s.
A bicicleta foi a grande vencedora do quarto Desafio Intermodal de Curitiba. Assim como ocorreu nas três edições anteriores, os ciclistas percorreram o trajeto em menor tempo. Os 24 participantes que saíram às 18h do Cietep/Fiep, na Avenida das Torres, no bairro Jardim Botânico, e chegaram no estacionamento do Estádio Joaquim Américo (Arena da Baixada), no Água Verde, podiam escolher o percurso, mas precisavam passar pela Praça Santos Andrade. Com o tempo de 28 minutos e 39 segundos, o ciclista Davi completou o desafio com o menor tempo. Já o deficiente visual Gilmar foi o que levou mais tempo para realizar o percurso utilizando o transporte coletivo, 1h45min45s. De acordo com José Carlos Assunção Belotto, coordenador do projeto Ciclovida da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o balanço do evento é positivo. “A nossa intenção é fomentar a discussão sobre mobilidade urbana e mostrar que a cidade ainda precisa mudar muito até a Copa do Mundo de 2014”, disse Belotto. Ao todo, 24 pessoas – seis ciclistas, dois corredores, quatro motoristas, quatro pedestres, três usuários de ônibus, três motociclistas, um cadeirante e um deficiente visual (estes, de ônibus) – participaram da prova. Segundo Belotto, diferente do que é difundido, o Desafio Intermodal não é uma corrida e as leis de trânsito e as regras de segurança do meio de transporte precisavam ser respeitadas. O desafio é apenas uma das dezenas de atividades programadas para setembro, conhecido como o mês da Arte, Bicicleta e Mobilidade. Confira os tempos e a forma de locomoção de cada um dos participantes do desafio: - Davi (bicicleta) - 28min39s - Felipe (bicicleta) - 28min56s - Ricardo (moto) - 32min22s - Vanderson (moto) - 32min36s - Plá (bicicleta) - 37min20s - Adir (moto) - 37min58s - Miranda (bicicleta) - 38min55s - Themys (bicicleta) - 40min47s - Iara (carro) - 43min30s - Anderson (correndo) - 43min59s - Regina (correndo) - 49min - Renata (carro) - 54min25s - Rodrigo (ônibus) - 54min40s - Julião (van) - 56min44s - Nicole (bicicleta) - 59min12s - Fanini (carro) - 1h03min02s - Stella (ônibus) - 1h08min08s - Marcelo (ônibus) - 1h08min20s - Gabriel (andando) - 1h09m39s - Loheine (andando) - 1h12m8s - Larissa (andando) - 1h12m15s - José Cascaes (andando) - 1h21m34s - Osiris (cadeirante/ônibus) - 1h35min50s - Gilmar (deficiente visual/ônibus) - 1h45min45s



Fonte: Gazeta do Povo, 02/09/2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Redução da velocidade no trânsito!

Cambrigdge, cidade inglesa próxima a Londres, está investindo nessa idéia. Motoristas estão sob uma forte repressão nos novos limites de velocidade estabelecidos, e tudo isso para incentivar a utilização da bicicleta deixando o uso do automóvel para quem realmente precisa. Após a determinação dos limites nas avenidas centrais, agora é a vez da periferia. Pois bem, eles estão realizando um mega-investimento de sistema cicloviário e de novas regras capazes de persuadir e incentivar mais pessoas a trocar o carro pela bicicleta. Fica claro que, mesmo em cidades médias onde o trânsito corre livre, é possível a tomada de decisões antecipadas para o controle e melhoria da mobilidade nos centros urbanos. No Brasil se costuma agir após anos e anos de problemas acumulados por ingerências absurdas da administração pública. O transporte público fica em segundo plano, as alternativas que aliviam o fluxo de veículos nas médias e grandes cidades são meramente esquecidas, a maior parte de investimentos da área se desviam no percurso e toda uma população vê crescer o câncer crônico da desordem no tráfego de veículos já em pequenas cidades do país, um absurdo! Soluções existem e estão espalhadas em várias partes do mundo, mas será preciso a força da população para a tomada de decisões a seu favor. Com uma simples redução de velocidade dos automóveis e os devidos mecanismos de fiscalização já é possível se obter vantagens com o desestímulo do uso do carro em viagens curtas na cidade. De nada adianta sentar à beira da praça e ver a vida passar a toda velocidade!