Guias

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dromocracia

Um dos maiores mestres em torno do assunto se chama Paul Virilio. O Filósofo e Urbanista francês tem sido a voz cética em disseminar os efeitos da velocidade, num mundo onde o cidadão é objeto de um constante bombardeio informacional e des-informacional. Dromologia, termo utilizado pelo autor, que o mesmo define como o estudo da velocidade. Dromo, do grego, corrida. Portanto a lógica da corrida. Ou seja, para Virilio foi a entrada no mundo do equivalente-velocidade ao equivalente-riqueza. Para ele, a idéia de velocidade está presente em todos os espíritos e a sua utilização constitui uma espécie de tentação permanente. Considerando em si a velocidade como uma necessidade e a pressa como uma virtude. Essa velocidade exacerbada, própria a uma minoria, não tem e nem busca sentido. Serve à competitividade desabrida, coisa que ninguém sabe para o que realmente serve de um ponto de vista moral ou social. Segundo Virilio, a cidade sempre foi uma caixa de velocidades. A organização das cidades são as ruas. Na Grécia eles não dizem uma rua dizem “uma corrida” ( dromos ). De certa forma, quando analisamos o pensamento de Virilio temos algumas respostas para a idolatria de carros cada vez mais potentes e velozes, pois a velocidade nunca foi distribuída uniformemente, mas sempre funcionou sob a forma de uma hierarquia, de modo que os setores mais poderosos da sociedade são aqueles que se movem em velocidades mais rápidas, enquanto os setores menos poderosos são aqueles que se movem em velocidades mais baixas, por exemplo, a bicicleta. Agora, vamos pensar um pouco! Nas grandes metrópoles será que é possível a utilização da velocidade pelos automóveis? Não seria a bicicleta mais veloz em seu sentido mais adequado? E o que existe no espírito da sociedade seria velocidade e/ou pressa? Essas questões filosóficas apenas me deixam a certeza que o homem moderno se nutre da pura ilusão midiática!

Nenhum comentário: