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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mobilidade e seus desafios em Mossoró !

Mobilidade tem por objetivo garantir acessibilidade para todos dentro de um limite de custos que seja o menor possível, além disso, é necessário que as políticas públicas implantadas possam garantir a modernização do transporte coletivo dentro de padrões aceitáveis quanto à exigência de conservação do meio ambiente. A exclusividade em optar pela bicicleta como alternativa inteligente de transporte urbano não é de exclusividade dos países mais ricos. Exemplos acertados podem ser encontrados na América do Sul em cidades como Bogotá ou Sorocaba. A solução definitiva para o gargalo que se forma por tantos automóveis ainda está longe de ser alcançada, porém de maneira gradual se observa alguns avanços que merecem estar sempre na mídia para que sirvam de conhecimento e modelo para todos. A visão futurista só é apenas sentida, nesse momento, por quem conhece e utiliza a bicicleta e talvez a formação de opinião encontre resistência por simples desconhecimento. A bicicleta, porém, não é solução solitária. A interação com o transporte coletivo é primordial para que se agregue comodidade e conforto aos usuários, tendo como conseqüência o abandono do automóvel. Subitamente nada se pode criar com perfeição, mas se faz necessário a colaboração de todos os simpatizantes da bicicleta na transformação do paradigma no sistema de transporte. Fácil não é, claro! Quando se volta para a realidade aqui no segundo maior município do RN, o que verificamos é um total desinteresse político dessa ótica futurista de inclusão da bicicleta inserida no contexto de mobilidade. Propostas virtuais e tênues não faltam, embora sejam alvo de aplausos até por ‘pseudo-cicloativistas’ que desconhecem a vida rude de cidadãos simples que dependem de sua bicicleta como meio de locomoção. No fundo, a ‘moda’ ciclística verificada na cidade nada tem a ver com mobilidade e sustentabilidade, mas sim com interesses pessoais de lazer, compromissos de formação política de opinião ou simples estratégias de marketing pessoal. De outro modo, uma grande esperança ainda surge de mentes aguerridas que, inseridas nesses grupos de lazer ciclístico, podem em algum momento alavancar reivindicações sólidas em prol de todos os usuários da bicicleta. Certamente que a inovação de diversas ciclofaixas e ciclovias pela cidade iriam deixar muitos ‘magnatas’ do comodismo automotivo de cabelo em pé, e essa ‘loucura’ interferiria em muitos interesses de uma politicagem já enraizada nas entranhas da elite mossoroense. Resta-nos saber que avanços gerenciais de transporte podem ser esperados para uma cidade de médio porte que ainda peca, e muito, no seu sistema de mobilidade!      

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