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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Hegemonia à base do vício


Apesar dos inúmeros apelos e advertências, parece que o carro funciona como uma droga na mente humana. Os riscos e danos ambientais, o estresse psicológico de engarrafamentos, os gastos do orçamento para sua manutenção não parecem intimidar os viciados em carros. A falsa sensação de poder e a fantasia realizada do desejo fazem do automóvel a máquina mortífera mais vendida nos últimos tempos. É bem verdade que para alguns ele é apenas um hábito, mas que diferença faz se todos estão no poço da subserviência comportamental por uma máquina. A alta capacidade de tornar um indivíduo dele dependente faz girar a grande indústria em busca de cada vez mais viciados. De nada vai adiantar argumentos lógicos e à luz da razão que possam desfazer a vontade e o desejo pelo carro, pois é o entorpecente elaborado de modo industrial, em escala. Assim como campanhas anti-tabagistas, dever-se-ia tomar atitudes governamentais de antipatia e opressão aos seus usuários.... mas e quando é o próprio governo que oferece incentivos? Ah, meu caro, não tem jeito! As atitudes que desmobilizam a cultura do carro não acompanham a velocidade de criação de novos viciados. O caminho do colapso é inevitável, e só ele me parece ser a grande moléstia que poderá salvar ou matar de uma vez por todas aqueles viciados ativos e passivos. Carros sim, mas o número abusivo que se verifica a cada novo dia não dá. Os carrólatras certamente irão precisar de ajuda quando se tornarem órfãos de carro e moto.
Ops, não existe aqui pretensão de campanha contra carros, mas um grande alerta do poder da máquina sobre o homem.

2 comentários:

Pedalando & Olhando disse...

dj. Só nos resta esperar o apocalipse motorizado, quando os todos os carrocratas se encontrarão para um café no meio do maior engarrafamento da terra. E nós, felizes, passaremos para dar um olá, e sentir a inveja que causamos ao passar livres, leves e soltos pela frustração imóvel deles! Resta-nos apenas esperar...desde que nem gritando conseguimos vencer o ruído "cardíaco" dos motores que pulsam nas mentes tapadas!

DJANILSON disse...

Sem dúvidas, meu caro, sem dúvidas!