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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Uma Lei Municipal polêmica!

Aos dois de Dezembro do ano passado, a Câmara Municipal de Mossoró aprovou a Lei 2.678 que obriga concessionárias de automóveis a plantar uma árvore a cada duas unidades desses veículos vendidas. Alguns questionamentos se estabelecem em torno da Lei e, desse modo, fica a pergunta no ar: será que vai pegar mesmo? O autor sustenta o argumento que é preciso diminuir a poluição ambiental através do plantio de árvores amenizando emissões do dióxido de carbono proveniente dos automóveis. A lei ainda necessita de regulamentação, até porque muitas perguntas não têm respostas. Outro caso intrigante é que a Lei não abrange lojas de venda de carros e outros setores como motocicletas, ônibus e caminhões. Ora meus amigos, francamente! Não nos resta dúvidas sobre a poluição emitida por todos os veículos automotores, bem como não nos resta dúvidas sobre a ineficácia de uma legislação que não ajuda em nada na redução de emissão de gases nocivos ao meio ambiente. Em fevereiro está prevista a reunião do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente para abrir discussões sobre o tipo de árvore a plantar, manutenção do plantio, onde plantar, etc... Bahhh! Assim não dá! Gastam-se fortunas de impostos no pagamento de políticos e gestores para mesas redondas sobre o “sexo dos anjos”. Autoridades ambientais precisam de mais informações e conhecimento de causa e efeito sobre o meio ambiente. Ampliem o sistema de transporte coletivo e torne-o eficaz, apliquem seus neurônios em propostas que reduzam a circulação de automóveis, estimulem a utilização da bicicleta através de uma estrutura atraente e decente, valorizem a qualidade de vida do cidadão por meio do estímulo à prática do exercício físico, abram discussões com a sociedade sobre alternativas no controle de poluentes, e não responsabilizem nossa mísera flora pela limpeza do ar em nossas cidades.   

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Bicicleta X Depressão

A cada ano no Brasil cresce o número de pessoas vítimas da depressão em virtude de fatores cada vez mais conhecidos do homem pós-moderno. Causas estas que estão na maioria das vezes relacionadas com o estilo de vida individualista e sedentário da população. Nos Estados Unidos, a depressão afeta 9,5% da população em geral, e se estima que 17% de todos os norte-americanos irão sofrer algum episódio depressivo em algum momento de suas vidas. Nos EUA são gastos cerca de 40 bilhões de dólares anualmente com tratamentos médicos ou com os prejuízos causados na queda de produtividade no trabalho relacionadas à depressão. Os custos sociais no Brasil com tratamentos anti-depressivos aumentam a cada ano e isso tem tudo a ver com saúde pública. As políticas de saúde ainda não despertaram para as causas do problema, mas apenas se voltam para o modelo médico-assistencial que requer novos ambulatórios, novos profissionais, novos leitos e novos medicamentos. Em verdade, a base do problema está no estilo de vida de seu povo. A eficácia de exercícios diários numa bicicleta pelas ruas da cidade, por exemplo, produz muito mais efeito que dias em caixinhas de remédios. Mas o foco principal dos grandes efeitos de pedalar não está na intensidade ou duração de pedalar, mas em sua frequência de uso. Os fatores psicológicos positivos de pedalar se tornam ainda mais fortes quando se pedala em grupos de amigos ou pessoas afins. Isso se traduz em interação social de respeito e solidariedade. Os hormônios se mantêm equilibrados em pessoas com o hábito frequente de exercício corporal, e isso é sinônimo de saúde para quem faz uso da bicicleta. Qualquer pesquisa séria aponta a busca de atividades regulares para o controle e manutenção do corpo e da mente. A escolha da bicicleta em sua forma de viver é o encontro marcado com um estilo de vida saudável através da conquista de novos olhares do mundo que nos cerca. Fique esperto, pedale!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Boa Charge !

Essa charge foi publicada em Dezembro passado em um dos jornais locais aqui da cidade e em virtude de sua forma inusitada de representação do automóvel, achei interessante colocá-la aqui no blog.



Fonte:   :   http://www.defato.com/18_12_2010/charge.php 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

É preciso educar!

Os grandes entraves ao desenvolvimento de uma cultura que abrace a utilização da bicicleta como modalidade de transporte urbano e rural estão sempre relacionados ao comportamento, compromisso e coragem no modo de governar. Em todo o planeta há uma idolatria criada em torno do automóvel que é proporcionada por uma mídia atuante e uma indústria automotiva imperial que influem agressivamente sobre a cabeça dos gestores públicos. Governantes descompromissados com a qualidade de vida de seus eleitores e do planeta avançam em questões ilusionistas que atendem tão somente ao ego humano do poder, do dinheiro, da fama, do conforto e do consumo. O carro representa a conquista desses elementos, além da sensação da armadura de proteção. Em qualquer parte do mundo a problemática é a mesma quando se fala de ciclovias que timidamente se estruturam, mas sempre apresentando problemas estruturais de pavimentação, traçado e sinalização. No futuro próximo não haverá saída, ou se abdica de valores fantasmagóricos em que o carro é o problema e a bicicleta sua solução ... ou simplesmente o colapso que contamina o solo, o ar e a água. Prioridades que existem por aí em que governos criam leis de anti-poluição, alargam ruas e avenidas, criam novos espaços para automóveis .... Basta! O carro é o problema queiram ou não! Precisamos de governantes, homens de verdade, que dêem prioridade ao transporte público, ao pedestre e aos usuários de bicicletas. E, por falar nisso, queremos a educação estatal de qualidade que possa gerar novos cidadãos que encarem essa dura realidade com isenção moral e ética. No vídeo abaixo, organizado pela Bikeability da Inglaterra com apoio governamental, a preocupação com as novas gerações é levada a sério. Que se repliquem os homens de boa vontade nesse planeta Terra!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Bandana: quando e por que usar?

A palavra tem origem indiana, bandhana. Seu significado não a torna uma simples ornamentação para a cabeça, porquanto vai muito além disso! A bandana teve seu tempo de glória há algumas décadas atrás, principalmente na ‘febre’ do faroeste cinematográfico em que era utilizada em torno do pescoço ou para encobrir nariz e boca. O melhor é que jamais tenha sido abandonada por jovens, esportistas ou por pessoas famosas como um acessório útil e estético. Primeiramente é bom lembrar que a bandana exerce seu papel principal, entre os esportistas, como barreira de pó e também para absorver gotículas de suor. Para quem pratica ciclismo ou apenas usa a bicicleta diariamente em climas quentes, a bandana se torna algo de grande utilidade. Um banho de suor é comum durante as pedaladas de maior duração, seja no ambiente urbano ou numa cicloviagem. Naqueles momentos de longas pedaladas o que mais incomoda é o fluxo gotejante de suor que sai em direção ao rosto e quase sempre prejudica nosso conforto de visibilidade pela irritação que causa nos olhos. A bandana tem sido um de meus acessórios prediletos tendo em vista a proteção do cabelo contra poeira, detritos e insetos, mas também por exercer uma barreira contra o deflúvio de suor para o interior dos olhos. A opção pessoal é fruto da intensa transpiração que me acompanha durante as pedaladas em longos ou pequenos percursos, sendo assim, por baixo de meu capacete sempre existe uma bandana. A bandana não deixa de ser algo ‘estiloso’ para quem se preocupa com a aparência, contudo ela atende a qualquer interesse e pode ser encontrada nas mais diversas cores e tamanhos no comércio. Independentemente de sua necessidade, use-a sem preconceitos!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Cruzamento curioso !

Abaixo vai um vídeo de uma rotatória numa cidade alemã que, a princípio, parece caótica. Após algumas observações vi que existe algumas regras a seguir. Veja se você consegue descobrir quais manobras são permitidas e quem tem a preferência. Se funciona por lá, não sei ! Mas que é curioso, isso é !

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Intertrigem

Intertrigem é uma inflamação eritematosa cutânea em área em que ocorre atrito. Este tipo de lesão é bastante comum aos ciclistas iniciantes e mesmo em veteranos. O que acontece é que durante os primeiros sinais de assadura, costumeiramente, não se toma os devidos cuidados a fim de evitar maiores complicações. As regiões de maior sintomatologia são as áreas de contato com o banco da bicicleta, portanto, aproveite para comprar um bom selim e bermudas acolchoadas que ajudam bastante na prevenção. Mas, não é só isso! Eis algumas orientações sobre alguns cuidados básicos:

a. Antes de tudo, higiene é fundamental para evitar infecções e agravamentos nos locais de assadura. De preferência, tome um banho antes e depois da pedalada ou, pelo menos, mantenha-se limpo na região da virilha.

b. Bermudas precisam estar sempre limpas antes do uso, portanto, ao chegar da pedalada lave-as imediatamente.

c. Ao perceber alguma irritação cutânea, tenha em mãos uma pomada anti-séptica para aplicação local (Hipoglós).

d. Outro aspecto interessante é se manter depilado na área próxima aos genitais, a constante fricção entre a pele e os pelos são os grandes vilões, bem como local de guarida para fungos e bactérias.

e. Como prevenção é bom utilizar uma pomada (Hipoglós ou outra similar) nas partes do corpo que estão sob maior risco. Algumas lojas de material esportivo vendem produtos anti-sépticos importados de melhor qualidade.

f. O uso de um selim acolchoado com gel é uma boa opção de conforto, mas evite algumas capas de gel que não melhoram o seu banco original e ainda faz com que seu corpo fique oscilando de um lado para o outro aumentando o atrito.

g. Mantenha a sela bem nivelada e paralela ao chão. Outro detalhe é manter a altura correta de acordo com seu porte físico.

h. Nos casos de uma irritação já instalada na região da virilha, realize aplicações de pomada antibiótica à base de Neomicina que tem a função de evitar o desenvolvimento de bactérias no local. Enquanto o processo não cicatriza o melhor é não pedalar! Em processos inflamatórios que tendem a aumentar, a melhor dica é solicitar ajuda de um dermatologista.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CICLISMO DEFENSIVO

Toda pessoa que usa sua bicicleta no ambiente urbano sabe o quanto é importante ficar atento ao trânsito. Muitos motoristas já ouviram falar em direção defensiva, mas poucos ciclistas conhecem a prática de um pedal defensivo. Esse é o nosso propósito de hoje, ou seja, passar algumas dicas para sua melhor segurança.

1. Trajeto: Avalie antecipadamente uma melhor rota para ir ao trabalho, escola ou até mesmo ao lazer. Evite grandes avenidas com trânsito ‘pesado’ com circulação de caminhões e ônibus, pois haverá uma disputa desleal pela faixa da direita e fatalmente o ciclista será ‘empurrado’ para a calçada. Nem sempre o melhor caminho é o mais curto, portanto, seja prudente e tenha bom senso.

2. Trajes: Utilize roupas claras para que sua visibilidade seja maior e não esqueça de usar capacete, de preferência, com faixas refletoras para o período noturno.

3. Posicionamento: Nunca trafegue pela contramão, evite ângulos cegos dos automóveis e sempre sinalize suas intenções ao mudar de direção.

4. Comportamento: Não seja agressivo com passagens forçadas e desrespeito à sinalização do trânsito. Pedale atentamente e esteja sempre preparado nos casos de freada brusca. Filas de veículos podem trazer surpresas, portanto, muita atenção com abertura de portas repentinas ou pedestres que atravessam a rua entre os carros. Seja cortês e dê preferência aos pedestres.

5. Acessórios: Buzina, retrovisor e faixas reflexivas são obrigatórios na bike. Sempre que possível treine sua visão periférica para observar o que passa ao redor. Jamais use aparelhos que atrapalhem sua audição, ouvir e treinar o sistema auditivo no trânsito ajuda, em muito, na prevenção de acidentes.

6. Manobras perigosas: Muitos acidentes podem ocorrer devido aos carros que forçam a ultrapassagem e vira à esquerda ou à direita a frente do ciclista de maneira inesperada. Outro fato comum é o aparecimento surpresa de automóveis invadindo a via preferencial em cruzamento a frente do ciclista. Muita atenção e velocidade diminuída nos cruzamentos.

Portanto, pedale seguramente mas sem a obrigação de seguir timidamente, apenas seja precavido!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Passagem não é ultrapassagem!

Essa abordagem sobre trânsito em que não cito a bicicleta é algo que venho me questionando e que, ao observar noutro blog esse assunto, decidi parafraseá-lo e esclarecer o que é pouco entendido por nossos motoristas e motocicistas. Comumente também sou vítima de buzinadas quando estou na motocicleta ou no automóvel e me encontro na faixa da esquerda numa via de duas ou três faixas de sentido único, estando elas desocupadas para a passagem desses apressadinhos que querem ir além do limite de velocidade da via. Ora, eles querem “ultrapassar” pela esquerda na “marra” e ainda me ‘xingam’ ou sinalizam coisas incompreensíveis. O Código de Trânsito Brasileiro é bem explícito e acho que a grande maioria desses motoristas nem chegaram a ler. Vejamos o que diz o anexo I do CTB a esse respeito:

PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.

ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de origem.

Explicando melhor, a passagem nas vias do mesmo sentido com mais de uma faixa de circulação podem ser realizadas pelo lado direito do veículo que segue a frente na mesma direção, como já disse, essa conduta configura-se como uma passagem e não como uma ultrapassagem, conduta permitida no Código de Trânsito Brasileiro. Obviamente, respeitando a sinalização de limites de velocidade de faixas quando existir! 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Assim é em Copenhague !

Copenhague começou a transformar suas ciclovias em verdadeiras super-estradas para bicicletas tendo como objetivo aderir ainda mais pessoas a deixarem seus carros em casa. Ao lado de Amsterdam, a capital dinamarquesa é considerada uma das duas cidades mais amigas da bicicleta no planeta, inclusive há mais bicicletas do que pessoas por lá e comumente se verifica “congestionamentos”. Na principal avenida Noerrebrogade circulam aproximadamente 36 mil ciclistas por dia. O porta-voz da Federação Dinamarquesa de Ciclismo, Frits Bredal, afirma que a criação de estradas só para bicicletas chega na hora certa, pois já é comum o estrangulamento quando circulam carros e bicicletas. “Se na década de sessenta os dinamarqueses viram o carro como símbolo de liberdade, hoje a bicicleta assumiu esse papel”, diz Fritz. As ciclovias existentes na Noerrebrogade serão alargadas em até quatro metros com a preservação apenas de uma faixa para ônibus. O Mr. Bike, como é conhecido o prefeito Andréas Roehl de Copenhague, afirma que essa será a maior avenida de bicicletas da Europa. Sua meta é elevar o índice de 37% da população suburbana, mais distante da cidade e que também aderiu à bicicleta, para um índice superior a 50% em 2015, pois dentro da cidade esse índice já beira os 55% a 60% da população. Segundo Roehl, haverá ‘pit stop’ em alguns pontos onde será possível bombear pneus, tomar água e descansar. Semáforos serão instalados com prioridade total sobre os carros com a finalidade de atrair ainda mais novos adeptos da bike. Copenhague conta hoje com aproximadamente 400 km de ciclovias e fruto de investimentos de DDK 250 milhões ou 33,6 milhões de Euros entre 2006 e 2010, e um total de DDK 75 milhões já estão alocados para este ano. Outras cidades dinamarquesas como Aarhus, Odense e Aalborg estão de olho nesse plano e já pensam em novos projetos também para facilitar a vida de seus habitantes.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Conforto é a palavra de ordem!

Conforme o tempo vai passando vamos de modo natural obtendo algumas artimanhas quanto ao melhor uso da bicicleta. Começo de ano, muita gente decidida a pedalar, bike nova ou simplesmente a primeira bicicleta precisa sair por aí aproveitando o que há de melhor. A princípio é interessante saber que o conforto é o aspecto mais importante na continuidade do prazer de pedalar. Como outra atividade física, seus músculos necessitam de um determinado período para se ajustar ao novo modelo dinâmico e gradualmente tudo vai se ajustando sem dores ou sofrimentos, aliás vários motivos podem comprometer seu futuro desejo de pedalar. Se a fadiga muscular persistir depois de alguns dias de pedalada, é quase certo que você está trabalhando demais! Portanto, nada de exigir esforço demais no início! Tudo precisa ser iniciado de forma gradual, senão você certamente vai empurrar a bicicleta muito mais do que pedalar ... e isso é um motivo fatal para a desistência precoce!  Partindo do princípio que sua bicicleta tem as dimensões corretas para o seu porte físico, ainda assim temos de observar algumas coisas comuns que podem comprometer o conforto, são elas:
PROBLEMAS  COMUNS              RAZÕES                                    SOLUÇÕES
Enrijecimento muscular ?                                             Desidratação                                               Alongamentos, Beba água
                                                                                                                                                              antes de sentir sede.

Dor nas pernas?                                                            Cadência baixa                                           Aumente sua cadência com
                                                                                                                                                 menos esforço nos pés.

Cansaço e fadiga?                                                   Baixo teor de açúcar ingerido.                  Ingerir alimentos que possam
                                                                                                                                                      elevar a glicose rapidamente.


Mãos dormentes ou torcicolo?                                              Guidão baixo.                               Faça ajustes no guidão e sela.


Dor nas costas?                                                               Assento desajustado.                     Ajuste ângulo e posição da sela.

 
Dor nos joelhos?                                                             Assento baixo demais,                      Elevar sela, aumentar cadência, 
                                                                                cadência baixa, tenis inadequado.            experimentar um solado de tenis
                                                                                                                                                                      menos rígido.


Nádegas doloridas?                                                    Material e tamanho de sela                      Use short apropriado e
                                                                                                 inadequados.                         adapte uma sela de boa qualidade.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Relatório do Reino Unido

Seis em cada dez pessoas no Reino Unido que utilizam a bicicleta acham que as ruas são perigosas para pedalarem até o trabalho. Metade delas acredita que até poderia ir com mais freqüência se houvessem mais e melhores ciclovias. Esse foi o que mostrou um relatório encomendado pela DfT ( Department for Transport ) e que será objeto de estudo neste ano de 2011 pelas autoridades britânicas. As 209 páginas que você pode ler AQUI exploram as atitudes e comportamentos dos consumidores em relação a uma gama de opções de transporte e às questões ambientais, e inclui uma análise detalhada do seu uso pela população que usa bicicletas para chegar ao trabalho, com respostas discriminadas por fatores incluindo sexo, idade, grupo sócio-econômico, renda familiar e local. Há um conjunto de informações importantes e que servem de parâmetro em políticas públicas, mas que também são interessantes para nós brasileiros porque parecem ser atitudes universais de comportamento humano. De modo curioso o relatório mostra que, por exemplo, em termos de levar as pessoas a deixar o carro em casa e tentar esse deslocamento de bicicleta para o local de trabalho ou para o local de estudo, a pesquisa constatou que a maioria dos inquiridos que tem acesso a uma bike não pensaram nisso. Dos que começaram a pedalar para o trabalho, dois em cada três voltou a usar seu carro. A referida pesquisa entrevistou 3923 pessoas em suas respectivas residências entre novembro de 2009 e junho de 2010. O resultado foi divulgado no último dezembro e é uma das pesquisas de maior profundidade no assunto já realizado na Inglaterra. Resta-nos saber se algo semelhante poderia ser realizado por aqui e, dessa forma, ajudar nas decisões que envolvem nosso sistema de transporte nas médias e grandes cidades