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sábado, 29 de maio de 2010

O ciclismo pode salvar sua vida

Em minhas leituras e buscas diárias por informações sobre ciclismo, encontrei no blog de Roseli Ronchesi ( http://www.imagenseviagens.net/) essa bela matéria que repassso aos cicloamigos. São informações valiosas que engrandecem a cultura da bicicleta.

As estradas congeladas e arrastadas pelo vento da Islândia não parecem ser o melhor lugar para ciclistas ávidos. Morten Lange, Diretor da Federação dos Ciclistas da Islândia, discorda, ressaltando que o ciclismo pode salvar a sua vida.

Não é difícil convencer as pessoas a andar de bicicleta em um país com tanta chuva e frio?
As pessoas falam sobre o tempo ruim, as distâncias, e assim por diante. Mas mesmo que haja alguns problemas, há muitas coisas positivas que as pessoas não percebem sobre o ciclismo, como economizar dinheiro, tempo, mais liberdade e benefícios substanciais para a saúde. Há muitos mitos sobre o ciclismo que não são mais verdadeiros.
Vamos falar destes mitos: Primeiramente, andar de bicicleta é trabalho duro. Como você abordaria esta frase?
Isto pode ser verdadeiro quando você começa, mas a maioria das pessoas vão perceber que elas ganham força depois de algumas semanas. Você pode simplesmente começar com uma marcha mais leve e ter uma viagem agradável.
Número 2: A distância para o meu trabalho é muito grande para ir de bicicleta. Muitas pessoas pensam que cinco quilômetros é muito distante. Mas quando nós lançamos a campanha “De bicicleta para o trabalho” aqui na Islândia, muitas pessoas ficaram surpresas que não era nenhum problema ir de bicicleta por aqueles cinco quilômetros todos os dias, e o tempo gasto era menor do que anteciparam.
Número 3: Andar de bicicleta é perigoso.
Com freqüência, as pessoas pensam que o trânsito é intimidador e barulhento, e já ouviram falar sobre acidentes. Mas as estatísticas que dizem que andar de bicicleta é mais perigoso do que conduzir um carro têm por base o quilômetro rodado, o que não é uma comparação justa.
As pessoas não irão tão longe de bicicleta quanto de carro, assim, o que você deve comparar é o perigo baseado por hora ou por viagem. E então não há na prática nenhuma diferença entre o perigo de ir de bicicleta ou de carro. E naturalmente os ciclistas oferecem um perigo muito menor para as outras pessoas. Se andar de bicicleta substitui a condução de carro para distâncias curtas e médias, nós temos um trânsito mais calmo e todos nós ficaremos mais seguros.
Número 4: Toma muito tempo.
Você é mais rápido em uma bicicleta do que você pensa. Em muitas cidades ao redor do mundo, houve competições simuladas durante as horas de pico entre modalidades de transporte diferentes e é muito raro que o ciclista não ganhe.
Nós fizemos uma competição aqui em Reykjavik nas horas de pico da manhã, e o ciclista foi substancialmente mais rápido do que o motorista de carro e a pessoa que foi de ônibus.
De que outra forma você convence as pessoas a andar de bicicleta?
Estacionar na Islândia é na maioria das vezes de graça, e isto leva a muitos problemas. Alguém tem que pagar pelos custos de um serviço barato. Assim, em vez de pagar para expandir seu estacionamento, duas companhias de Reykjavik decidiram reduzir a demanda para estacionar oferecendo as pessoas algum dinheiro para não usar os espaços de estacionamento.
Eles pagam as pessoas o equivalente a um passe de ônibus mensal. Todos os que não usam o estacionamento recebem este pagamento, não importando se vão a pé, de bicicleta, usem o transporte público ou uma carona com um colega de trabalho.
Nós devemos seguir o exemplo britânico. A campanha “Ande de bicicleta”, na Inglaterra, recebe inscrições das escolas para dar cursos de ciclismo para seus alunos e ensinar habilidades que melhoram a segurança. As crianças são ensinadas a andar de bicicleta no "trânsito normal". Sentem-se mais confiáveis e seus pais ficam menos receosos. Tais lições podem ser úteis mesmo para ciclistas adultos habituados.
O que mais teria que mudar para que andar de bicicleta se torne mais atrativo?
Eu acho que nós precisamos de uma mudança em perspectiva e como os políticos e os funcionários públicos falam sobre a segurança, a saúde e o ciclismo. A mensagem mais visível sobre o ciclismo de muitos governos, companhias de seguros e ONGs, tem sido a de ressaltar que os pedestres e os ciclistas deveriam prestar mais atenção nos carros e se comportarem com mais “responsabilidade”.
Isto geralmente significa “encurralar” os ciclistas no trânsito; fazer com quem usem roupas chamativas, dispositivos de alta visibilidade e capacetes brilhantes. Isto tudo faz sentido de certa maneira, mas não é o ciclista, e sim os carros em alta velocidade que são perigosos.
Estas mensagens negativas também ofuscam a mensagem positiva de que andar de bicicleta e caminhar é saudável, eficaz em termos de custo, e rápido. Isto deve ser mudado; os carros é que são o elefante na loja de porcelana e não o contrário. Se menos pessoas vão de bicicleta isto geralmente significa menos segurança para todos os ciclistas, menos atividade física e dessa forma uma saúde pública mais pobre, mais poluição dos carros. Os políticos e o público deveriam promover o ciclismo com significados mais positivos e introduzir limites de velocidade mais baixos. 30 km por hora deveria ser a norma para grandes e pequenas cidades.
Agora é difícil encontrar uma rota que seja segura. Você pode tanto andar de bicicleta em uma rodovia carregada para trabalhar ou pode usar um mapa e explorar a sua maneira. Dessa forma você provavelmente acaba em uma rota que seja 30 por cento mais longa do que a que os carros usam.
Então você acha que é uma questão de política pública e não de decisão do indivíduo?
A política podia ajudar. Os usuários de carros, por exemplo, conseguem muitas coisas de graça; os ciclistas não conseguem favores similares. Há subsídios para dirigir carros, como estacionamento de graça. Os ciclistas raramente recebem subsídios. E para algumas pessoas parte de seu salário é para conseguir um carro, é como um aumento de salário. Se você está usando uma bicicleta, você não consegue tais benefícios. No entanto isto está mudando, por exemplo, no Reino Unido, na Noruega, e certamente na Islândia.
Você mencionou os benefícios que o ciclismo traz para a saúde; realmente tem tal impacto?
A Organização Mundial de Saúde publicou uma ferramenta chamada HEAT for Cycling que permite que os governos avaliem as economias a partir do ato de andar de bicicleta, economias resultando da mortalidade reduzida ou menos obesidade. Está disponível na Internet.
As várias doenças como doenças cardíacas e diversos tipos de câncer são menos predominantes entre as pessoas que andam de bicicleta. Em um estudo feito na Dinamarca onde 30.000 pessoas foram acompanhadas por 14 anos, entre aqueles que praticavam o ciclismo a possibilidade de morte durante esse período era 30% menor do que entre aquelas que não praticavam.
Pelo menos duas cidades, Odense, na Dinamarca e Grimstad, na Noruega, viram economias imediatas no sistema de saúde, em conseqüência da promoção bem sucedida do ciclismo durando alguns anos.


Morten Lange, Diretor, Federação dos Ciclistas da Islândia


"Não há na prática nenhuma diferença entre o perigo de andar de bicicleta e de carro" (Foto: Lange)


Editor: Thilo Kunzemann


Fonte: http://www.knowledge.allianz.com.br/br/energy_co2/transportation/cycling_bike_iceland_danger_accidents.html

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quem tem medo da radiação solar?

Aqui na cidade é muito comum encontrar pessoas que circulam em suas bicicletas usando grandes chapéus, bonés, luvas, ou até envoltos em suas próprias camisas como forma de se livrar do sol escaldante. Todo mundo sabe dos riscos que a intensa radiação solar pode provocar em nossa saúde, mas pouca gente sabe como realmente ela acontece. Eu procuro sempre pedalar nos horários mais cedo ou mais tarde do dia tendo em vista que sou de pele branca e de pouca proteção aos perigos de exposição solar. Entretanto, é bom que todos saibam que prevenção e canja de galinha não prejudicam ninguém! Os tecidos orgânicos do olho e da pele são os mais afetados pela radiação. A luz solar é composta pelo raio ultravioleta, radiações visível e infravermelha (calor) e também por um grande número de outros raios solares, tais como raios cósmicos, raios gama, raios-X e radiações de radiofreqüência, mas estes últimos estão presentes em quantidades muito pequenas ao nível da superfície terrestre ou são de tão baixa energia que não chegam a afetar nossas peles. Ao penetrar na atmosfera os raios são modificados e uma parte é refletida de volta ao espaço, o resultado é que apenas dois terços da energia solar que chega à superfície atmosférica penetra ao nível do rés do chão, e esta parte é composta de 5% de UV, 40% de radiação visível e 55% de radiação infravermelha. Pequenas quantidades de radiação UV promovem a síntese de vitaminas D na pele. Esta vitamina fortalece os ossos e evita o raquitismo, mas nem tudo é flores! Os raios UV são responsáveis pela maioria dos efeitos danosos provenientes da radiação solar tais como as queimaduras, o fotoenvelhecimento e os cânceres de pele. Os raios UV se diferem conforme o seu comprimento de onda e são o UVC, UVB e UVA. A UVC é completamente absorvida pela camada de ozônio da atmosfera e não penetra ao nível rente da superfície, assim a radiação UV que nos atinge consiste em UVB (cerca de 5%) e UVA (95% ou mais). Entretanto, essas porcentagens são aproximações relativas e variam com as estações, hora do dia, latitude e muitos outros fatores. Embora nos atinja em menor percentual, os raios UVB são os mais prejudiciais à saúde, mas vale lembrar que os raios UVA são responsáveis por 10% a 20% dos efeitos danosos dos raios ultravioletas. As variações da radiação solar dependem em primeiro lugar da hora do dia, e uma regrinha simples é saber que se sua sombra é menor do que sua altura, você não deve se expor ao sol sem proteção. Pela manhã e ao entardecer, quando as sombras são mais longas, a luz do Sol tem menos efeitos danosos. Ao redor do Equador os níveis de radiação variam muito menos do que em climas temperados, sendo altos durante o ano todo, porque o Sol está sempre relativamente alto no céu ao meio do dia, independentemente da estação do ano. A radiação UV diminui à medida que se afasta do Equador. Por exemplo, a média de exposição anual para uma pessoa vivendo no Havaí (20° N) é aproximadamente quatro vezes maior do que a de uma outra vivendo no norte europeu (50° N). Agora, imagina eu aqui numa latitude 5° S! Com relação à altitude também existe uma compensação e como regra geral, para cada 300 metros de aumento de altitude, o poder da radiação UV em causar queimaduras aumenta cerca de 4%. Isto acontece porque a radiação atravessa uma menor distância de atmosfera em regiões de altas altitudes como nas montanhas. Outra coisa, as nuvens no céu absorvem apenas de forma moderada os raios UV, isto acontece porque a água das nuvens absorve calor muito melhor do que absorve radiação UV. Dessa maneira, nuvens esparsas em um céu azul influenciam muito pouco o nível de radiação UVB, embora, um toldamento completo de nuvens do céu possa, ocasionalmente, reduzir a probabilidade de uma queimadura de até 50% e nuvens muito pesadas podem levar essa redução a 90%. Em outras palavras, é possível ganhar uma queimadura em um dia de verão mesmo que o tempo esteja nublado, frio e desagradável. É interessante saber que a temperatura do ar ambiente (p. ex., 0o C versus 30o C) ou a temperatura de qualquer água onde você esteja nadando, a menos que esteja mergulhando a alguns metros de profundidade, tem apenas uma pequena influência sobre a intensidade da radiação UVB incidente. A radiação UV que nos alcança sofre um efeito de colisão com moléculas no ar e nos atinge assim em diferentes ângulos na superfície da Terra, diferentemente das radiações de luz visível e calor. Deste modo, se você sai pedalando a céu muito aberto, o risco de se queimar é ainda muito grande, mesmo que você esteja protegido por uma nuvem, por árvores ou prédios. Na verdade, até dois terços da UVB nos chegam dessa maneira e apenas de um terço à metade chega em linha direta do Sol. Então aqui vai um aviso: Se você for sair pedalando por aí em pleno dia, abuse de protetores solares, roupas adequadas, ou qualquer medida eficaz de proteção à radiação solar. Sua pele e seus olhos agradecem!

terça-feira, 25 de maio de 2010

O capacete deveria ser obrigatório por lei?

Francamente, eu ainda não tenho uma opinião devidamente consolidada. Vejo que muitos benefícios são conseguidos pelo simples uso do capacete, embora ainda não tenha tido acesso aos testes de qualidade na sua fabricação. Quando eu o utilizo é porque estou convencido de uma relativa proteção nos casos de queda acidental, mas que grau relativo está havendo realmente nessa prevenção? Não sei, mas gostaria de saber! Em um artigo lido há algum tempo, lembro de algumas alegações contra essa utópica obrigatoriedade e assim afirmava em primeiro lugar que haveria redução no número de usuários da bicicleta, outra opinião afirmava que o capacete não previne acidente (óbvio a meu ver). Os capacetes teriam ainda pouco nível de proteção, e que ao contrário daqueles usados por motociclistas são leves, de pouca rigidez, facilmente quebráveis e inúteis nos casos de choque direto. Outro fator contra a obrigação em lei para seu uso seria a de que a diminuição no número de ciclistas, se assim houvesse em circulação, traria mais um agravante à fragilidade do ciclista, pois quanto menor o número de usuários maiores as chances de desrespeito aos seus direitos... nisso aí eu concordo plenamente! O gráfico abaixo mostra alguns dados interessantes, foram dados coletados pela ‘EUROPEAN CYCLISTS FEDERATION’. São números que mostram o percentual de utilização da bicicleta em vários países e as mortes por km pedalado, à frente de cada país aparece a porcentagem de utilização do capacete. Daí se conclui que nos países onde mais se pedala menos se usa o capacete e menos mortes ocorrem (como é o caso da Holanda).

Como se percebe é algo muito polêmico e de difícil tomada de decisão. Uma coisa é certa: Por enquanto, quem utiliza bicicleta deve estar consciente dos perigos e também deve decidir em função do percurso e da sua própria percepção quanto à necessidade do uso do capacete. Acredito que se uma lei viesse nesse sentido, seria mais uma sem efeito... Enquanto isso, vou usando o meu!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ciclovias, ciclofaixas ou algo melhor!

Ciclovia está definida, conforme o Dicionário Caldas Aulete, como pista para circulação exclusiva de bicicletas e ciclofaixa é uma faixa demarcada de via urbana que se destina exclusivamente aos ciclistas. Ora, sabemos que essa história de exclusividade já é um ledo engano! O assunto é bastante interessante quando se buscam perspectivas que ofereçam uma melhor e mais segura condição no trânsito para ciclistas. Também sei que já foi abordado em inúmeros artigos para debate, entretanto sempre enxergo a necessidade de variadas discussões para que o tema não caia no esquecimento. Por aqui não dispomos de nenhuma ciclofaixa para uma melhor avaliação, e só as poucas ciclovias existentes na cidade me servirão de base para o enredo de uma observação analítica. Claro que vou levar em consideração outras experiências relatadas por ciclistas e também de um artigo universitário britânico que encontrei aqui mesmo na net. Minha opinião aqui será meramente ilustrativa, penso que as questões técnicas avaliadas por especialistas definirão futuramente a decisão na implantação de ciclovias e/ou ciclofaixas em cada localidade. A ciclovia, por sua construção mais protegida, transmite uma sensação de maior confiança e segurança nos deslocamentos. Nestes locais de separação do tráfego de automóveis há certa impressão de aprazibilidade nos passeios trazendo estímulos de descontração e incentivo ao lazer com a bicicleta. Para quem estimula seus filhos a pedalar, a ciclovia me parece uma ótima oportunidade de tranqüilidade, mas... será? Observo que a idealização a esmo pelos gestores públicos é quase sempre inoportuna. Em muitas delas o que se vê é que saem do nada e vão dar em lugar nenhum... triste planejamento! Outro detalhe é que por estarem em lugares ‘sombrios’ se torna perigoso para um trajeto à noite. Essa coisa separada da via também me dá a impressão que os motoristas se sentem no direito de reclamar daqueles que se encontram fora dela, tremendo absurdo! Embora paradoxal, eu ainda acho que a circulação conjunta de veículos e bicicletas numa mesma via promove no motorista um exercício de respeito diário, pelo menos é o que deveria acontecer. Outro problema em ciclovias é a numerosa quantidade de pedestres que se enfileiram ao amanhecer ou no final da tarde em suas caminhadas ou até mesmo de carroças e motocicletas que também ali se enfiam... é o caos! Os retornos utilizados por automóveis é outro agravante, param em plena ciclovia... fazer o quê!? A manutenção de ciclovias é normalmente precária e quase sempre estão em péssimo estado de conservação com buracos e vegetação daninha. De outra maneira, as ciclofaixas parecem ser realmente mais perigosas quando o assunto é comparar a segurança entre elas. Tem-se que redobrar a atenção dentro das faixas que muitas vezes não são devidamente respeitadas, e por muitas ocasiões estão dimensionadas com menos de dois metros de largura e muito próximas ao meio-fio dando oportunidade de servir até como estacionamento de automóveis. Os cruzamentos também precisam ser sinalizados de tal forma que a bicicleta tenha a total preferência dentro das ciclofaixas, do contrário não há como justificar os inúmeros benefícios na utilização da bike em suas diversas atividades. Agora, ciclofaixas permitem maior abrangência de rotas dentro da cidade, bem como a menor utilização de recursos para sua implantação com menos espaço. Levanto aqui a bandeira por ciclovias, ciclofaixas e outras ideias que realmente atendam a população de ciclistas em suas diversas atividades diárias mas construídas de forma inteligente, e não meramente eleitoreiras e desqualificadas em sua engenharia do trânsito.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Do ponto de vista do motorista!

Está claro que vivemos na maioria do planeta sob as regras do trânsito de veículos automotores, e muitas vezes o ciclista é refém de sua própria fragilidade por não poder competir com os que andam em gaiolas motoras bastante pesadas. Tenho que admitir que em muitas situações haja um grande sentido nas reclamações dos motoristas quando em seu contato diário com ciclistas desavisados. A maior resposta que existe nesse confronto é “Desculpa, não vi você!”. Certamente observo rotineiramente que mesmo durante o dia, muitos pedalam suas bicicletas de modo espremido entre os carros ou até pelas laterais proporcionando uma invisibilidade nos chamados pontos cegos do motorista. Há também ciclistas que saem em muita velocidade de ruas secundárias sem o mínimo cuidado e que colocam em risco muitas vidas no trânsito já caótico. Mas o maior problema da reclamação de motoristas são os ciclistas que circulam à noite sem a mínima sinalização. Olha, não pense que uma luzinha vermelha na traseira de sua bike seja o suficiente. Para quem está numa velocidade três vezes superior à sua, aquela luzinha não dá a perspectiva de uma distância real. Ciclista responsável precisa usar faixas reflexivas com roupas claras, e quanto mais adereços na bike que possibilitem uma visão à distância melhor! Outra preocupação dos motoristas é no momento em que ciclistas fazem manobras para um dos lados sem nenhum método de sinalização. O perigo de uma manobra à esquerda é ainda maior quando o tráfego está sob a camuflagem de uma via tranqüila, nesses momentos muitos ciclistas nem se dão ao trabalho de olhar para trás e se arriscam. Eu uso retrovisor no capacete e não me arrependo! Essa perigosa condição poderia muito bem ser evitada se o hábito de gesticular antecipadamente suas ações fosse uma rotina, e olha que muitos ciclistas acham isso uma bobagem ou até mesmo se envergonham de realizá-la! Uma lástima. Os motoristas sempre acham que podem perder tempo enquanto esperam a passagem de um ciclista, mas é claro que alguns segundos não representam nada em seu trajeto. Entretanto, acho que precaução sempre é importante, e nada melhor que evitar os apressadinhos em suas gaiolas metálicas. A bicicleta é um veículo lento e, portanto, não se deve arriscar o cruzamento de grandes avenidas ou estradas sem a necessária observação no cálculo da travessia. Assim, já ouvi de muitos motoristas a reclamação do cruzamento louco de ciclistas desatentos nas pistas de alta velocidade. Aí vai um conselho, se for necessário descer de sua bike para ir de um lado a outro: DESÇA, não pense duas vezes! Minha opinião é que muitas dessas situações poderiam ser evitadas com atitudes simples, pois na era do automóvel melhor seria que todos respeitassem seus direitos e deveres.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Eu aprendi que ...


Eu aprendi que sempre temos algo a aprender.


Eu aprendi que os pensamentos constroem a vida.

Eu também aprendi que a natureza é a maior dádiva da humanidade.

Eu aprendi que a felicidade está naquilo onde a gente menos espera encontrar.

Eu aprendi que o amor só é valioso quando não se espera a troca de ser amado.

Eu aprendi que o dinheiro não deve ser o senhor, mas o escravo.

Eu aprendi que a paz só se constrói por homens pacientes e abnegados.

Eu ainda aprendi que o sofrimento é uma passagem daquele que busca a alegria de viver.

Eu aprendi que a harmonia passa pelo respeito mútuo sem restrições.

Eu aprendi que a família é o lugar mais seguro no exercício da vida.

Eu aprendi que o trabalho só é digno quando nos deixa viver.

Eu aprendi que a criança é o nosso maior mestre na disciplina do bem.

Eu hoje aprendi que escrever experiências é a mágica solidária das boas idéias.

Eu aprendi que a bicicleta representa a grande chance para quem procura melhor qualidade de vida.

E, eu aprendi que as pedalagens diárias emergem a sensibilidade e o prazer de ser um ciclista sonhador...



Agora, veja abaixo a prova em 2 vídeos de tudo que lhes falei. Seja paciente, deixe-os carregar totalmente e se concentre na grande mensagem:
VIDEO 01




VIDEO 02

domingo, 16 de maio de 2010

Entre o passado e o futuro!

Essa foto ao lado foi encontrada aqui na net, e logo me vieram lembranças da minha primeira bicicleta, uma Monareta Dobramatic dos anos 70. Guardar o passado em nossas mentes é como rever um álbum de fotografias e reviver o já vivido. É muito legal! Essa bicicleta surgiu logo no começo dos anos 70 quando havia uma estupenda expansão no mercado pela Caloi Berlineta. E elas fizeram história! Naquela época, tudo me trazia felicidade, mas só aquela Monareta me fazia ir mais além. Muitas histórias de alegria foram vividas naquela bicicleta. Hoje sinto saudades daquela magrela que me levava por ruas tranqüilas! Depois da adolescência me apaixonei pelas motocicletas. Elas cintilavam ao passar diante dos meus olhos. E foram várias já pilotadas, mas aí com o tempo e as necessidades que uma família requer, o carro começou a fazer parte do meu dia a dia....fui me acomodando e hoje me pergunto o significado real do automóvel na vida do homem moderno. Basta uma olhada pela janela para perceber o crescimento exagerado de automóveis em todas as cidades do país. Será mesmo que todo mundo precisa de um carro? Vejo inúmeras pessoas que poderiam perfeitamente viver sem os seus carros. O carro para mim é necessário apenas na relação custo X benefício e também pelas exigências de conforto que uma família requer em alguns momentos do transporte. Agora, quantas pessoas estão penduradas em financiamentos bancários escravizáveis em torno de um automóvel sem a real necessidade dele? São carros que circulam 90% das vezes com apenas o motorista em suas pequenas rotas. Claro que cada um é livre para realizar seu estilo de vida como quiser, mas ainda acho que isso é só um paradigma capitalista que nos tomou como refém. O carro para uns é necessidade, para outros é só ‘status’ e para muitos outros um grande desperdício de dinheiro. Talvez um dia o carro seja para mim apenas uma lembrança como foi minha Monareta, mas estranhamente não me trará tantas alegrias efusivas quanto ela. O automóvel não me seduz. É um facilitador do meu ritmo de vida em família, e só! Seria bom se pudéssemos andar por ruas menos abarrotadas de veículos poluidores. Se pudéssemos passear sentindo o ar puro e ouvindo os pássaros a cantar em ruas tranqüilas, aí sim estaríamos muito mais felizes. O trânsito estressante nas grandes cidades, provocado pelo exagerado número de automóveis, nos deixa cada vez mais isolado, sem contato com o ser humano. O barulho por eles produzido nos grandes centros deixa todo mundo em estado de torpor, sem ouvidos e sem palavras. Quando pedalo por aí e passo em pequenas e tranqüilas cidades é que vejo o quanto poderíamos estar mais felizes nos grandes centros também. Talvez essa utopia seja realidade num futuro muito longínquo. Nesse futuro distante todos terão a consciência de que qualidade de vida é muito melhor quando conseguimos ser racionais no aproveitamento das tecnologias a nosso dispor. E hoje? O que podemos fazer? Só nos resta reagir para que o vazio de hoje não seja tão duradouro!