Essa foto ao lado foi encontrada aqui na net, e logo me vieram lembranças da minha primeira bicicleta, uma Monareta Dobramatic dos anos 70. Guardar o passado em nossas mentes é como rever um álbum de fotografias e reviver o já vivido. É muito legal! Essa bicicleta surgiu logo no começo dos anos 70 quando havia uma estupenda expansão no mercado pela Caloi Berlineta. E elas fizeram história! Naquela época, tudo me trazia felicidade, mas só aquela Monareta me fazia ir mais além. Muitas histórias de alegria foram vividas naquela bicicleta. Hoje sinto saudades daquela magrela que me levava por ruas tranqüilas! Depois da adolescência me apaixonei pelas motocicletas. Elas cintilavam ao passar diante dos meus olhos. E foram várias já pilotadas, mas aí com o tempo e as necessidades que uma família requer, o carro começou a fazer parte do meu dia a dia....fui me acomodando e hoje me pergunto o significado real do automóvel na vida do homem moderno. Basta uma olhada pela janela para perceber o crescimento exagerado de automóveis em todas as cidades do país. Será mesmo que todo mundo precisa de um carro? Vejo inúmeras pessoas que poderiam perfeitamente viver sem os seus carros. O carro para mim é necessário apenas na relação custo X benefício e também pelas exigências de conforto que uma família requer em alguns momentos do transporte. Agora, quantas pessoas estão penduradas em financiamentos bancários escravizáveis em torno de um automóvel sem a real necessidade dele? São carros que circulam 90% das vezes com apenas o motorista em suas pequenas rotas. Claro que cada um é livre para realizar seu estilo de vida como quiser, mas ainda acho que isso é só um paradigma capitalista que nos tomou como refém. O carro para uns é necessidade, para outros é só ‘status’ e para muitos outros um grande desperdício de dinheiro. Talvez um dia o carro seja para mim apenas uma lembrança como foi minha Monareta, mas estranhamente não me trará tantas alegrias efusivas quanto ela. O automóvel não me seduz. É um facilitador do meu ritmo de vida em família, e só! Seria bom se pudéssemos andar por ruas menos abarrotadas de veículos poluidores. Se pudéssemos passear sentindo o ar puro e ouvindo os pássaros a cantar em ruas tranqüilas, aí sim estaríamos muito mais felizes. O trânsito estressante nas grandes cidades, provocado pelo exagerado número de automóveis, nos deixa cada vez mais isolado, sem contato com o ser humano. O barulho por eles produzido nos grandes centros deixa todo mundo em estado de torpor, sem ouvidos e sem palavras. Quando pedalo por aí e passo em pequenas e tranqüilas cidades é que vejo o quanto poderíamos estar mais felizes nos grandes centros também. Talvez essa utopia seja realidade num futuro muito longínquo. Nesse futuro distante todos terão a consciência de que qualidade de vida é muito melhor quando conseguimos ser racionais no aproveitamento das tecnologias a nosso dispor. E hoje? O que podemos fazer? Só nos resta reagir para que o vazio de hoje não seja tão duradouro!
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