Meu questionamento sobre os muitos assuntos relacionados à bicicleta sempre vem, de alguma forma, convergindo numa preocupação ambiental. E essa preocupação é simples de entender, pois, em meio ao Universo que nos situamos, somente nosso planeta ainda é o ambiente seguro para a vida tal qual a conhecemos. Acredito que precisamos estar sempre atentos quanto aos mecanismos de defesa às agressões dadas à nossa própria ‘residência’, afinal é nessa casa onde se realiza nossos sonhos, projetos, família, lazer e trabalho. O foco hoje está dirigido aos nanotubos de carbono usado em quadros de bicicletas e também em muitas outras coisas. Claro, diversos componentes de nossas “bikes” estão direta ou indiretamente comprometidos com o lixo despejado no planeta, isso é fato. Mas o que pensar sobre os nanotubos de carbono que estão também colocando em risco a saúde humana? Pesquisas se desenvolvem no mundo inteiro sobre esse mais novo componente descoberto em 1991 e que forma um dos quatro estados organizados do carbono junto com o grafite, o diamante e os fulerenos. Suas dimensões vão de alguns micros a algumas dezenas de micros de comprimento e seus diâmetros são inferiores a alguns nanômetros. Estudo recente demonstrou que a interação de nanotubos de carbono com água de diferentes procedências nos Estados Unidos levantou inquietantes preocupações sobre a disseminação dos mesmos em meios aquáticos. A própria produção mundial de centenas de toneladas/ano já assusta grande parte do mundo com o perigo de contaminação ambiental. Experimentos iniciais dão conta que as micropartículas no sistema de produção industrial têm uma íntima aparência com os danos causados pelo nosso velho conhecido amianto. E olha que o prejuízo pode ser bem maior, daí a necessidade de respostas mais imediatas quanto à utilização desse produto no nosso dia a dia. O lado bom é que os nanotubos de carbono também podem ser usados em aplicações médicas de grande benefício, mas será que precisamos colocar seres humanos em risco nessa produção enquanto não saem resultados mais concretos?! Olha, o que eu posso concluir é que não precisamos ainda de bicicletas super-caras e super-leves à base de tantos riscos desconhecidos, ou precisamos? A coisa para mim é muito menos complexa: preciso apenas de uma bicicleta mais limpa e mais simples para pedalar!
3 comentários:
Dj, fulerenos são o quarto estado do carbono e os nanotubos, uma versão deles, ordenada de outra forma, porém ambos sintéticos. Naturalmente o carbono aparece como diamante, grafite e carbono apenas, em estado amorfo. Os fulerenos e nanotubos podem tb ser entendidos como estruturas organizadas de carbono, que se presta a inumeras estrututas moleculares diferentes.
Bem concordo contigo que mais um poluente, ainda mais com risco similar ao amianto, fazendo parte de algo tão limpo quando a bicicleta é uma besteira. Podemos passar sem isto. E quem anda nas cidades do mundo e vê quem usa a bike no dia a dia, percebe que o povo ainda está na idade do aço das barrafortes e barrascircular. Mais um "praqueisto" e poluente, é uma destas bobagens que a raça humana vive comentendo!
Olá Rogério, sem entrar no mérito técnico, fico bastante envaidecido por saber que compatilhas comigo de uma bicicleta mais limpa. Muitíssimo obrigado por mais esse seu comentário!
Eis uma bicicleta limpa, mas.... muito cara: http://www.youtube.com/watch?v=Fers44mUFvE&feature=player_embedded#!
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